Os carros são sempre uma atração a parte na CES. Na edição de 2018, mais um grande passo em direção a veículos mais seguros, mais conectados e autônomos foi dado em Las Vegas. No pavilhão reservado para as soluções automobilísticas, diversas marcas demonstraram o que promete ser esta nova experiência atrás do volante; isto é, se o volante continuar a existir.
Entre protótipos e modelos pronto para as ruas, a Hyndai mostrou sua visão de carro do futuro. A gente experimentou este conceito de autônomo de nível quatro, no qual o veículo tem total capacidade de se auto conduzir, já sem a necessidade de um humano em seu interior. O modelo traz um painel holográfico que serve como assistente pessoal e conversa com o usuário permitindo o consumo de vídeos e informações durante a viagem. Em algumas situações, se o piloto decidir assumir o controle, um volante retangular é colocado à frente do motorista.
Quando um ser humano decide assumir, o sistema embarcado continua operando e é capaz de identificar situações de risco ao comparar, em tempo real, as ações do motorista com um banco de dados de incidentes. Uma câmera de espectro infravermelho analisa os movimentos faciais e oculares do piloto. Além disso, se o sistema perceber que o carro está fazendo movimentos arriscados como sair da pista de rolagem ou atravessar faixas de forma perigosa, a plataforma determina que o motorista não tem condições de guiar e assume o controle do veículo para o modo de condução autônomo.
Muitas empresas já testaram pequenas frotas de veículos autônomos em estradas e ruas da cidade. Mas, até o momento, sempre com um humano atrás do volante para assumir caso a tecnologia falhasse. Uma das principais discussões durante a CES foi exatamente sobre isso, aposentar as “babás humanas” dos veículos autônomos. A Toyota anunciou que pretende demostrar seu modelo comercial na Olimpíada de Tokyo, em 2020. A Ford também declarou sua intenção de ter um carro autônomo nível quatro em produção a partir de 2021.
Outras empresas estão um pouco mais adiantadas. E pelo que a gente viu por aqui, o primeiro carro autônomo que a maioria das pessoas deve ter contato deve ser através de alguns serviços de entrega. Pizzas! A Ford anunciou uma parceria com com a Pizzaria Domino’s para entregas autônomas; a Toyota fez a mesma coisa com a Pizza Hut. Mas nem tudo se resume a comida. Empresas como a Amazon também já trabalham a iniciativa de usar veículos independentes para recolher e entregar pacotes. Agora, se os taxistas ficaram bravos com o surgimento do Uber, imagina quando os taxis forem assim: autônomos e capazes de te levar ao seu destino sem qualquer intervenção humana? Esse é mais um projeto bastante avançado apresentado aqui na CES 2018 e só é possível graças à evolução dos sensores que rodeiam os modelos - cada vez mais precisos e com capacidade para identificar não só outros veículos como pedestres, semáforos, ciclistas e até animais na pista.
Agora, se você é daqueles que abomina a ideia de autônomos, gosta de dirigir do seu jeito, olha só esta nova tecnologia apresentada pela Nissan: uma interface cérebro-veículo. O sistema é capaz de interpretar os sinais do cérebro do motorista através desta espécie de fone e usar a informação para duas finalidades: a primeira é fazer com que o piloto tenha reações mais rápidas. A ideia está longe de conduzir o carro por pensamento. O propósito é, por exemplo, corrigir uma direção ou frenagem uma fração de segundo mais rápido que o normal, o que pode tanto melhorar a experiência do condutor como evitar um possível acidente. Outra aplicação é usar a atividade cerebral do dono do carro para oferecer uma condução autônoma mais parecida com sua forma de dirigir. Se
Se até pouco tempo atrás falar em carro autônomo era coisa do futuro, acredite, esta realidade já está acontecendo.
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