O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, publicou, através de seu perfil na rede social, um comunicado sobre escândalo envolvendo uso indevido de dados de cerca de 50 milhões de pessoas. O CEO afirma que tem a responsabilidade de proteger as informações dos usuários e, que, caso não consiga fazê-lo, sequer deve servi-los. “A boa notícia é que as ações mais importantes para prevenir que isso ocorra novamente, foram tomadas anos atrás”, explicou. Além disso, anunciou outra três medidas que buscam reduzir o acesso de desenvolvedores terceiros a informações das contas dos usuários.
No texto, Zuckerberg recorda que, em 2014, foi anunciada uma mudança completa na plataforma, a fim de limitar bastante o acesso de desenvolvedores a dados de usuários. Ou seja, esses as empresas detentoras desses programas não poderiam mais solicitar informações sobre amigos, a não ser que o próprio autorizasse o app. Além disso, desenvolvedores também passariam a ter que solicitar permissão do Facebook para pedirem acesso a dados mais sensíveis. No entanto, a aplicação de Aleksandr Kogan, que captou informações de cerca de 300 mil usuários e de seus amigos e, depois, os disponibilizou ilegalmente para a empresa de análise de dados Cambridge Analytica foi disponibilizada em 2013.
O que muda?
“Esta foi uma quebra de confiança entre Kogan, a Cambridge Analytica e o Facebook. Mas também foi uma quebra de confiança entre o Facebook e as pessoas que compartilham seus dados conosco e esp
- Investigação
Primeiramente, irão investigar todos os aplicativos que tiveram acesso a uma grande quantidade de informações dos usuários antes da mudança de plataforma realizada em 2014. Também serão conduzidas audições em qualquer app considerado suspeito. Caso o desenvolvedor não concorde com a investigação, será banido, assim como aqueles que forem pegos por terem utilizado informações pessoais de forma irregular. Além disso, as pessoas afetadas por essas aplicações serão notificadas, inclusive aquelas que utilizaram o programa desenvolvido por Aleksandr Kogan.
- Restrição
A segunda medida tomada será restringir ainda mais o acesso de informações dos usuários por parte dos desenvolvedores de apps. Eles deixarão de ter acesso aos dados daqueles que ficarem mais de três meses sem usar a aplicação. Além disso, para logar em um programa terceiro, será necessário informar somente nome, foto de perfil e endereço de e-mail. “Exigiremos que os desenvolvedores não só obtenham aprovação, mas também assinem um contrato para solicitar acesso a suas postagens ou a outros dados privados. E teremos mais alterações para compartilhar nos próximos dias”, prometeu o CEO.
- Transparência
Por fim, a rede social quer que as pessoas entendam a quais apps permitiram o acesso às informações da conta. Por isso, no próximo mês, disponibilizará, acima do Feed de Notícias, uma ferramenta que informará as aplicações usadas e uma maneira fácil de revogar as permissões de acesso. O recurso já existe, mas atualmente, fica “escondido” nas configurações de privacidade.
Entenda o caso
Na última semana, um ex-funcionário da empresa de análise de dados Cambridge Analytica denunciou que a companhia teria comprado as informações de milhões de usuários da rede social. O fornecedor teria sido um pesquisador da Universidade de Cambridge, Aleksandr Kogan, que, em 2013, criou um app chamado “thisisyourdigitallife” (“esta é sua vida digital”, em livre tradução), utilizado por 270 mil pessoas. Nos termos de uso, o participantes não só deram permissão de acesso a seus dados no Facebook, mas também para visualizar as informações de todos os seus amigos rede, atingindo, assim, cerca de 50 milhões de usuários.
A política da plataforma permite aos desenvolvedores o acesso aos dados de amigos de usuários de apps apenas com fins de melhorar a experiência nos aplicativos. A venda dessas informações ou uso para publicidade é proibida. Para complicar ainda mais a situação de Zuckerberg e seu time, as informações obtidas pela Cambridge Analytica teriam sido usadas para um experimento de empresário norte-americano Steve Bannon. Através das chamadas operações psicológicas, queria mudar a cabeça das pessoas durante a campanha eleitoral norte-americana de 2015. Através de uma série de técnicas que incluem a rumores, fake news e má informação, buscava influenciar os eleitores a se posicionarem a favor do então candidato Donald Trump.
Em seu post, o CEO da rede social confirma que, em 2015, souberam do caso através de jornalistas do The Guardian e baniram o app de Kogan da plataforma. Além disso, solicitaram ainda que ele e a empresa de análise de dados certificassem formalmente que haviam deletado todas as informações sobre os usuários adquiridas indevidamente. “Eles forneceram essas certificações”, explica Zuckerberg.
Na última semana, no entanto, veículos internacionais mostraram que eles talvez não tenham realmente apagado esses dados como informado. “Nós imediatamente os banimos de usar qualquer de nossos serviços; A Cambridge Analytica afirma que já deletou os dados e concordou com uma audição forense realizada por uma empresa contratada por nós para confirmar essa informação”, pontuou o CEO.
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