O 4K “real”, sem subpixel branco, a 3840 x 2160 pixels e o HDR Premium classificam o televisor da Samsung dentro dos parâmetros do selo UHD – importante para quem procura televisores 4K com alta qualidade de imagem. Uma função interessante é a Active Crystal Color, exclusividade da Samsung, que processa imagens em tempo real para que o televisor gere cores mais precisas e de maior qualidade.

Outro aspecto técnico que chama a atenção é a capacidade do painel de atualizar a 240 Hz – ou seja, a TV pode exibir conteúdo a 240 frames por segundo. Essa taxa de atualização alta deve garantir imagens de cenas de ação com transições limpas, sem “rastros” e sombras.

O principal diferencial da The Frame é a funcionalidade que transforma a TV em um quadro. O usuário pode configurar o televisor para exibir obras de arte disponíveis a partir da coleção que é oferecida pela Samsung ou adquirir outras pinturas em uma loja virtual exclusiva do televisor.

O recurso pode ser configurado de forma automática para entrar em ação quando o televisor não está sendo usado, ou mesmo quando é desligado. Além de quadros famosos de vários estilos, o usuário também pode configurar o aparelho para exibir fotos e imagens pessoais no modo artístico.

Usando um conjunto de sensores que detectam as condições de iluminação no ambiente, a TV pode calibrar níveis de contraste, cor e brilho sozinha. Dessa forma, o modelo garante a melhor visualização possível de qualquer tipo de quadro.

Em relação ao sistema operacional, a The Frame usa o TizenOS, sistema criado pela própria Samsung. A plataforma tem bom suporte e aplicativos populares, como Netflix e YouTube, além de oferecer uma integração interessante com smartphones e tablets da marca. É possível interagir com o televisor a partir de um Galaxy e usar a funcionalidade “Chromecast”, que já vem embutida no aparelho.

A TV da Samsung não decepciona no quesito áudio. Compatível com Dolby Digital Plus e DTS Premium Sound 5.1, o televisor promete boa qualidade de reprodução. Além das tecnologias de reprodução de grife, o aparelho conta com woofer embutido e tem potência de 40 watts de saída.

Essa combinação garante à The Frame subsídios para reproduzir som com um nível de qualidade superior ao de um televisor típico. A presença do woofer, em especial, deve reforçar os graves e dar à televisão uma saída de som semelhante à experiência que o consumidor encontraria em TVs mais simples associadas com uma soundbar, por exemplo.

A característica principal da The Frame – de obras de arte – deu margem à Samsung para a criação de acessórios que o consumidor dificilmente veria em aparelhos convencionais de TV. São três tipos de acessórios:

1. Molduras: permitem personalizar o acabamento do televisor, com aspectos que imitam madeira, madeira branca e madeira clara.
2. Conexão invisível: um cabo HDMI extremamente discreto para ocultar com facilidade o fio – e que permite conexão do aparelho com dispositivos a distâncias de até 15 metros.
3. Suporte Studio: um cavalete de três pontos de apoio, similar ao usado por artistas, e que permite o uso do televisor como uma grande tela de 55 polegadas. Assim, é possível exibir arte no estilo mais próximo possível ao de um quadro de verdade.

Além das características inusitadas referentes ao uso como obra de arte, não dá para esquecer que a smart da Samsung tem especificações técnicas e recursos de top de linha. O modelo conta com tela de alta qualidade, 240 Hz, HDR Premium, som de ponta e compatibilidade com o padrão Dolby.

Isso ajuda a explicar o preço alto da TV. Mesmo com recente queda, a The Frame ainda custa mais do que outras alternativas 4K de 55 polegadas no mercado. Nesse sentido, chamam a atenção a LG, com a 55UJ6300, e a própria Samsung com a 55MU6100 – ambas opções comercializadas por preços na faixa dos R$ 3.200.