A União Europeia impôs ao Google multa equivalente a R$ 17 bilhões por concorrência desleal com o Android. Em resposta à penalização anunciada nesta quarta-feira (18), o CEO Sundar Pichai deu a entender que o sistema para celulares poderá deixar de ser gratuito para as demais empresas de tecnologia caso as exigências sejam acatadas.

No entendimento do bloco, a multinacional age de forma ilegal ao obrigar fabricantes de celulares a instalar o navegador Chrome, a ferramenta de busca oficial Google e outros aplicativos em todos os dispositivos.

Sundar Pichai durante conferência do Google em 2015, quando ele era vice-presidente (Foto: Reprodução/Google)

Pichai publicou um longo artigo no blog oficial da empresa. Ele disse que desobrigar fabricantes de instalar softwares como Google Maps e YouTube em seus smartphones quebraria o ecossistema do Android e prejudicaria a renda da empresa, que diz receber 50% da sua receita de marketing digital da instalação e uso desses apps.

O CEO alertou que o modelo de negócios do Android pode mudar, e que eles consideram cobrar das empresas pelo licenciamento do sistema. Ele também lembrou que usuários têm a opção de excluir os aplicativos instalados de fábrica e que eles estarem lá não obriga ninguém a usá-los.

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Substituição do Chrome pelo Opera leva 30 segundos, sustenta empresa (Foto: Divulgação / Google)

Para a Google, a União Europeia ignora o fato de que o Android foi criado para dar oportunidade aos usuários e fabricantes. Segundo dados da empresa, por conta do software gratuito, hoje existem mais de 24 mil smartphones, de preços e nacionalidades variadas. Eles acreditam que isso permitiu aos consumidores adquirir celulares de ponta por valores mais baixos.

Com informações: Verge, O Globo e Google

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