Em 2014, uma operação da Verizon, companhia telefônica dos Estados Unidos resultou em uma falha na Internet mundial. Essa falha, conhecida como 512k, aconteceu quando a operadora realizou um procedimento que inclui diversos novos endereços à tabela de roteamento BGP (protocolo de roteamento de dados), responsável por organizar todos os endereços de IPv4 do mundo, padrão mais comum de IP.
Acontece que, em agosto de 2014, o limite de 512 mil endereços foi atingido, sendo necessário criar um novo teto: o de 768 mil. Agora, cinco anos depois, esse número deve ser atingido durante o mês de maio, o que pode causar uma grande falha na Internet ao redor do mundo. Isso acontece porque a maioria dos servidores globais ficam localizados na América do Norte, onde a companhia telefônica a atua.
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Por que várias pessoas podem ficar sem acesso à Internet nesse dia?
Essa falha não significa o fim da Internet. Na ocasião do 512k, houve uma grande instabilidade na rede mundial, com muita lentidão na navegação e pings altíssimos. Imaginando que o que houve em 2014 aconteça novamente, sim, podemos ter um dia com muita lentidão ou até completa desconexão de serviços globais de pesquisa ou mesmo programas de streaming, entre outros.
Brasileiros podem ser afetados? Há necessidade de se preocupar?
Sim, o Brasil pode ser afetado. Afinal, trata-se de um problema que impacta toda a rede mundial de computadores. Porém não é preciso se preocupar, já que, desde o ocorrido nos 512k, foram feitos aprimoramentos na rede com objetivo de tornar um novo evento como o 768k menos nocivo à rede.
Fabricantes de hardware, como a Cisco, acreditam que os 768k não devem trazer muitos problemas à Internet mundial, já que a maioria dos roteadores modernos é capaz de suportar milhões de rotas, o que dribla completamente a falha.
Existe alguma solução ou forma de evitar?
A forma mais eficiente de evitar os 768k é utilizando um equipamento moderno, já que roteadores mais novos tendem a vir com o firmware pronto para situações como essa. Para quem utiliza um equipamento mais antigo, sobretudo quando se trata de servidores de empresas, a solução é descartar ou não aceitar todas as rotas /24 do IPv4. Isso diminui o tamanho total da tabela BGP, inibindo o problema.
Ainda segundo os pesquisadores, as medidas para evitar o 768k já foram tomadas pelas empresas de Internet, de modo que o usuário final não tem muito com o que se preocupar. Prever exatamente qual ser�
Via MUO, Zdnet e Motherboard
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