Os smartwatches Wear OS podiam ser brutais… – A Google é uma das maiores empresas do mundo, uma gigante tecnológica que na cabeça da grande maioria dos consumidores, apenas tem produtos perfeitos. Mas as coisas não são bem assim.

Afinal de contas, com todo o sucesso que o Android tem feito no mercado de smartphones, seria de esperar que o sistema operativo para relógios da Google também fosse um ‘Best Seller’! O que em boa verdade, acabou por não acontecer.



O que acaba por levantar uma questão… Porquê é que os relógios inteligentes ‘by Google’ não gozam do mesmo sucesso dos smartphones Android?

Conseguem imaginar um relógio com boa integração com o Android, Assistente IA Google, e excelente suporte de aplicações? Parece genial não é? Em teoria, tudo parecia excelente, mas na prática, as coisas acabaram por não resultar muito bem.

Ano após ano, o Wear OS contínua a cair, enquanto o mercado de smartwatches contínua a crescer! Portanto, existe muito dinheiro a ser feito, mas pelos vistos não vai cair nos bolsos da Google.

Não é por acaso que a Samsung e Huawei decidiram criar o seu próprio software, para equipar os seus relógios. E claro está, também não é por acaso que a Apple aposta cada vez mais no seu Apple Watch. O mercado está cada vez mais forte, com os utilizadores a terem cada vez mais vontade de ter um dispositivo inteligente no seu pulso.



Então, se o Google Wear OS tem uma fundação tão boa, porquê é que está a falhar?

Aparentemente, as coisas não estão a correr melhor, porque a Google e Qualcomm não querem apostar neste segmento de mercado.

Portanto, durante o início de vida do Wear OS (antigamente conhecido como Android Wear), muitos foram os utilizadores excitados com o que estava a acontecer. Especialmente quando tínhamos empresas como a LG, Samsung, Motorola e Huawei a lançar aparelhos bastante interessantes.

Claro está, nesta altura, a Google também estava muito interessada na plataforma, e isso notava-se.

Contudo, esta fase durou muito pouco tempo… Quando as grandes fabricantes começaram a perceber o que estava a acontecer! Especialmente, quando a Samsung abandonou o barco Google, para apostar tudo no seu Tizen. Enquanto as restantes tiraram o pé do acelerador. Similarmente, a Qualcomm decidiu não desenvolver novo hardware, para equipar os relógios baseados no SO.

Assim, em vez de termos grandes fabricantes tecnológicas a apostar neste mercado, temos empresas mais pequenas, ou sem tradição no meio, a levar as coisas para a frente.

Caso não saiba, a fabricante com mais sucesso no mundo Google Wear OS, é a Fossil

A Fossil é uma empresa gigantesca, com raízes um pouco afastadas do mundo tecnológico. No entanto, o muito recente Smartwatch Fossil Gen 5 mostra que a fabricante leva esta indústria muito a sério. Estamos afinal a falar, do melhor relógio Wear OS do mercado.

Em boa verdade, o Fossil Gen 5 é um dos primeiros relógios Wear OS a chegar ao mercado com 1GB de RAM. Sim… Caso não saiba, a maioria dos relógios baseados neste software, chegam ao mercado com 500 ou 512MB de memória. O que nem é algo chocante, até porque estamos a falar de um relógio e não de um computador, 500MB deveria chegar perfeitamente. (Caso a Google tivesse optimizado o seu software como deveria.)

Em paralelo, temos o Qualcomm Snapdragon Wear 3100, lançado na segunda metade de 2018, com o grande objetivo de aumentar a performance do Wear OS. Mas nada disso aconteceu! Aliás, a performance do Wear 3100 é exatamente a mesa do Wear 2100… Ou seja, um processador de 2016, em relógios produzidos em 2019.

O Fossil Gen 5 é um relógio realmente apetecível com o seu 1GB de RAM… Mas quem sabe o que poderíamos ter em mãos, se o SoC fosse um pouco mais poderoso.



Curiosamente, os utilizadores têm feito várias queixas, à espera de uma qualquer resolução por parte da Google. Mas nada… Ninguém diz nada, ninguém quer saber de nada! A última grande atualização ao sistema operativo trouxe os ‘Tiles‘, no passado Mês de Maio, que até foi bastante positivo para a plataforma! Contudo, os bugs e problemas de performance continuam a marcar presença.

É verdade que o processador mais recente da Qualcomm não ajuda a plataforma, mas também há muita culpa no lado da Google

A Google já fez alguns redesigns à plataforma, para a tornar mais intuitiva. O que vários utilizadores agradeceram. Mas seria muito mais interessante ver a gigante do software a trabalhar em otimizações, e menos em coisas secundárias.

Em comparação com a performance que podemos encontrar nos relógios da Samsung, ou da Apple… O Wear OS fica um pouco envergonhado. E isto é notório, pela farta de apoio por parte da Google, e das grandes fabricantes.

O Wear OS apenas conta com o suporte de fabricantes menos conhecidas… Mas nem por isso menos espetaculares

Como dissemos em cima, a plataforma da Google contava com o apoio da Samsung, Motorola, Huawei, LG, etc… Mas agora, apenas conta com grandes lançamentos da Fossil e Mobvoi.

Nada contra as empresas, são duas marcas que estão a fazer um excelente trabalho no segmento! Especialmente a Fossil, com as suas muitas sub-marcas, onde podemos incluir a Skagen, Diesel e Michael Koors.



Contudo, como deve imaginar, um consumidor à procura de um novo smartwatch, irá sempre dar mais peso a uma Samsung ou Huawei, do que a uma Fossil ou Mobvoi.

Aliás, muito dificilmente irá encontrar um relógio Fossil numa loja de aparelhos eletrónicos. Terá sempre de ir a uma boutique de relógios, que não é muito sinceramente a loja favorita dos clientes mais ‘tech’.

Onde anda o Google Pixel Watch?

Da mesma maneira que a Google apostou numa linha de smartphones Nexus, e posteriormente a re-lançou como Pixel. Para demonstrar sobretudo tudo aquilo que o Android vale.

A gigante tecnológica deveria também já ter lançado um smartwatch Pixel, para rivalizar com o Galaxy Watch, Apple Watch e Huawei Watch GT. É algo que faz muitos fãs do mundo Android pensar, que a Google simplesmente não quer saber da sua linha de smartwatches… O que é realmente uma pena.


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