Na realidade, apesar das redes 5G parecerem apenas uma atualização para as redes móveis, trazendo mais velocidade e menos latência em relação às anteriores iterações. É preciso ter em conta, que a migração vai demorar vários anos, e que além disso, irá necessitar de uma verdadeira expansão a nível global!

Portanto, vamos dar as boas vindas a milhões de novas antenas, que por sua vez irão acabar por ser a espinha dorsal da ‘Internet das Coisas‘ (IoT). Com o objetivo, de suportar os milhões de aparelhos que vão começar a aparecer, desde aspiradores e câmeras de vigilância a carros autónomos.

Dito isto, vamos então perceber que mudanças iremos ter com o 5G.

Qual é a velocidade das redes de nova geração 5G?

A ITU – União Internacional de Telecomunicação, uma divisão das Nações Unidas dedicada à supervisão das tecnologias globais de telecomunicações (Rádio, TV, Satélite, Telefone e Internet), estabeleceu o IMT-2020 no início de 2012, para começar a corrida ao 5G.



Dito isto, a ITU definiu os requisitos da performance da rede 5G como velocidade de download ‘máxima’ de 20Gb/s, bem como velocidade de upload máxima de 10Gb/s (50MB/s de garantia).

Em paralelo, é necessário manter uma latência nos milissegundos (1-4ms), e suporte a pelo menos 100 aparelhos por metro quadrado (1 milhão de aparelhos por kilómetro quadrado.)

Para ter noção, em comparação, o 4G tem definido como pico de velocidade máxima 100Mb/s e upload de 50Mb/s.

Dito isto, o novo chip 5G da Qualcomm (Snapdragon X50), é capaz de velocidades até 5Gb/s, um limite teórico que excede a velocidade de várias redes de fibra ótica por esse mundo fora.

Afinal de contas, o que é que a rede 5G irá oferecer ao utilizador em casos reais de uso? Ou seja, o que vamos ter de novo no nosso dia a dia?

Uma rede 5G bem implementada, irá trazer aos aparelhos sem fios a capacidade de fazer streaming de vários vídeos 4K em simultâneo, sem qualquer tipo de ‘buffering’, ou qualquer tipo de lag!

Similarmente, também irá abrir a porta a vários serviços que requerem muita largura de banda! Como é streaming ao vivo de eventos desportivos, streaming de jogos… Ou quem sabe… Cirurgias feitas remotamente!

  • Smartphones 5G – Com 5G, os consumidores nunca mais irão sentir a necessidade de entrar numa rede Wi-Fi pública! Vão ter navegadores muito mais rápidos, downloads quase instantâneos, maior qualidade de video-chamada, streaming de vídeos com resoluções extremamente altas, e acesso instantâneo à nuvem.
  • ‘Always Connected’ PCs – Com as redes 5G, os PCs ‘Sempre ligados’, serão capazes de utilizar a conexão super rápida e de baixa latência, para aceder ao próximo nível de serviço na nuvem, bem como a videoconferências de alta qualidade, gaming interativo, e produtividade aumentada, devido à flexibilidade de ser poder trabalhar em qualquer lado.
  • HMDs – Redes de nova geração, irão permitir aumentar imenso a qualidade de aplicações VR, AR e XR.

Problemas de saúde devido à radiação das redes 5G? Temos de ter medo?

Com a transição para uma nova tecnologia de rede, algumas histórias assustadoras e muito familiares voltaram a aparecer na Internet. Eis alguns exemplos:

  • O 5G faz cancro
  • Esta tecnologia leva a tumores cerebrais
  • Os telemóveis 5G emitem tanta radiação como um microondas
  • Os telemóveis provocam cancro

Então… Os telemóveis provocam cancro? Não é verdade!

Muitas das teorias acerca da radiação dos telemóveis que estão a circular na Internet  ainda pairam sobre a indústria desde a altura do 2G. Muitos estão erradamente preocupados com o 5G por associarem que mais velocidade e eficácia significa mais radiação.

Antes de mais nada, a palavra radiação faz-nos lembrar de muitos perigos e até de bombas nucleares. Mas calma, não estamos na terceira guerra mundial.

Em suma, existem formas muito seguras de radiação. Na verdade, estamos constantemente a ser bombardeados com radiação, como os raios cósmicos do sol. Ou seja, existe uma grande diferença entre a radiação segura e as formas mais perigosas encontradas em Chernobyl ou nos Raio-X. Esta é a diferença entre radiação ionizante e não ionizante.

A radiação ionizante aparece em comprimentos de onda acima da luz ultravioleta, também conhecida como raios X e raios gama. Esta pode danificar o seu ADN, eliminado os electrões presentes nas moléculas base, conduzindo a tumores e cancro.

As ondas de rádio de frequências mais baixas, como as utilizadas em redes móveis LTE… Não são ionizantes!

Ou seja, não podem causar o mesmo tipo de dano que vimos em cima. No entanto, certos comprimentos de onda não ionizantes ainda podem causar danos! Já que produzem calor, se chegarem a um nível de potência alto.

O limite seguro imposto, por exemplo, pela FCC nos smartphones impõe uma taxa de absorção específica (SAR) de 1,6 watts por kg (1,6 W / kg) de massa. Ou seja, não consegue de forma nenhuma aquecer o seu corpo. Na Europa, e na maioria dos outros países para além dos Estados Unidos, o limite ronda os 2,0 W/kg. Estes são os limites legais absolutos de exposição. Contudo, na maioria dos casos, os valores no mundo real são significativamente menores.

Então… Quando é que o 5G chega?

Isto depende do sítio onde vive, o aparelho que está a pensar comprar… E até do seu fornecedor de rede móvel!

A meta global para o 5G está posta no ano de 2020. Aliás, as coisas até foram aceleradas recentemente devido à ratificação 3GPP de um novo standard de baixa gama do 5G LTE, que promete uma implementação entre 2020 e 2022.

No entanto, com o que está a acontecer com a Huawei… É bem provável que as coisas sejam adiadas. Afinal de contas, a gigante Chinesa é a supra-sumo das redes 5G, no mundo das infra-estruturas.

Conclusão

Em suma, apesar de todas estas datas a apontar para 2020-2022… É bem provável que as coisas demorem muito tempo a ser implementadas! Similarmente ao que aconteceu na implementação das redes 4G, em que pelo menos em Portugal (um país bem pequeno), ainda tem várias regiões sem acesso à rede.


Ademais, qual é a sua opinião acerca das redes 5G? Partilhe-a connosco nos comentários em baixo!