O FIFA 20 recebe a Copa Libertadores no próximo dia 3 de março de 2020 em uma DLC gratuita para PlayStation 4 (PS4), Xbox One e PC. Com a competição, chegam ao game da EA quatro novos times brasileiros: Flamengo, São Paulo, Palmeiras e Vasco da Gama. O Corinthians, que já não estava presente no jogo e também não garantiu vaga direta na fase de grupos do torneio, é a principal ausência. As equipes aparecem com seus uniformes oficiais, mas ainda sem jogadores reais. Apesar disso, os kits podem ser adquiridos no Ultimate Team, assim como outros itens licenciados com a parceria.
A ambientação durante as partidas é o ponto forte da novidade, já que é possível perceber o estilo de jogo mais truncado e a torcida característica do continente, além da presença de clubes de toda a América do Sul. Mas, também por questões burocráticas, não será possível ver muitas opções de estádios sul-americanos. O TechTudo foi até a Argentina para testar a novidade a convite da Eletronic Arts e conta as primeiras impressões da competição no game a seguir.
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A Libertadores aparece no game da mesma forma que a Champions League. Há um modo próprio para o torneio, que também fica disponível no modo carreira. A opção de jogar partidas da competição como amistosos também está presente, e o usuário pode escolher entre fase de grupos, semi-final ou final. De acordo com a EA, será possível ainda escolher os times da competição para jogar contra clubes de todo o mundo, mas isso ainda não estava disponível durante nossos testes.
É bastante interessante poder iniciar uma carreira com um time brasileiro e participar da Libertadores ou disputar uma vaga no torneio. Mas, vale ressaltar: isso só é possível com as 15 equipes que já estavam disponíveis no jogo anteriormente, o que decepcionou bastante. Isso se dá porque os clubes disponíveis na nova DLC chegam apenas por conta da parceria com a Conmebol, sendo impossível utilizá-los em outro contexto no FIFA 20. Dessa forma, Flamengo, São Paulo, Palmeiras e Vasco aparecem exclusivamente como times da entidade sul-americana, e não do Brasil.
Apesar disso, na hora do jogo, a experiência é muito interessante. Nossa primeira partida foi na fase de grupos do modo torneio, entre Olímpia, do Paraguai, e Flamengo. Vale destacar os jogadores reais da equipe paraguaia, além do uniforme licenciado de ambos os times, assim como o patch que indica o número de taças conquistadas por cada um. Do lado brasileiro, chamou atenção o cuidado da EA em reproduzir o patch de campeão.
Outro ponto muito legal da parceria com a Conmebol é a presença da Copa Sul-Americana, que traz confrontos de mata-mata e pode ser jogada tanto no modo carreira quanto como um torneio separado. Durante nossos testes, experimentamos começar uma carreira com o Botafogo e substituir um dos times brasileiros classificados originalmente – o que pode ser uma boa ideia para quem quer começar o modo já disputando as competições internacionais. Durante a partida, as mesmas características de ambientação e estilo de jogo.
O designer da EA responsável pelo desenvolvimento da Libertadores, Alex Constantinescu, afirmou ao TechTudo que a reprodução dessa atmosfera do futebol sul-americano passou por um trabalho intenso de coleta de dados, além do consumo de transmissões da Conmebol. Ainda de acordo com ele, a chegada da competição no game é o primeiro passo dado junto à parceria, e há a intenção de desenvolver mais materiais relacionados. Ao responder sobre aparências reais em jogadores licenciados, Constantinescu alegou que, ao menos por enquanto, apenas atletas de quatro equipes têm faces fielmente reproduzidas. São elas Millionarios, da Colômbia, Universidad Católica, do Chile e Independiente e Racing, da Argentina.
Um ponto bastante interessante para os brasileiros é a presença dos itens no Ultimate Team. Apesar da ausência de campos e atletas que atuam no país, os uniformes oficiais ficam disponíveis no game. Entre as equipes adicionadas por meio da parceria, vale ressaltar que os kits de goleiro não foram esquecidos – outro problema de longa data da franquia da EA com os times do Brasil.
Já em relação aos demais times, River Plate e Boca Juniors, da Argentina, além de Colo-Colo, do Chile, que apareciam com identidades genéricas no jogo, tiveram seus nomes e uniformes licenciados, aparecendo também no FUT como opções de cartas.
A EA acertou em cheio ao fechar a parceria com a Conmebol, melhorando sua imagem em relação ao futebol sul-americano. Além disso, a presença das principais competições de clubes do continente reforça a concorrência com o PES, que investiu no licenciamento de ligas e times da América do Sul nos últimos anos. Vale lembrar que a EA Sports também já anunciou a eLibertadores, competição virtual de FIFA 20.
O jogo em si reproduz bem o que é a Libertadores, e a experiência foi muito positiva. Ter os principais times do Brasil representados no game é outro ponto importante, assim como os uniformes licenciados disponíveis no Ultimate Team. Apesar disso, o jogo ficou devendo em relação a jogadores e estádios brasileiros, mais uma vez ausentes por questões burocráticas – assim como o Corinthians, que ficou de fora. De qualquer forma, mais do que uma boa impressão, a chegada da competição ao FIFA 20 promete visibilidade para o futebol no continente e traz esperança por uma presença ainda mais forte das equipes brasileiras no futuro.
*O jornalista viajou a Buenos Aires a convite da Eletronic Arts
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