(Análise) Ghost of Tsushima: Atualmente, a PlayStation 4 reina o mercado de consolas, mas como deve saber, tudo tem um fim… Por isso, a ‘rainha’ está prestes a dizer adeus para dar lugar à nova PlayStation 5. Uma consola de nova geração que vai tentar repetir o feito da sua antecessora, quando finalmente chegar ao mercado no final do ano.
No entanto, tudo indica que a ‘velhinha’ consola se irá despedir dos fãs em grande! Ao fim ao cabo, depois do lançamento do obrigatório mas muito criticado The Last of Us Part 2. Temos agora Ghost of Tsushima, um jogo de mundo aberto que apesar de não revolucionar em nada o género, é um pacote capaz de oferecer tudo aquilo que os jogadores mais exigentes querem na sua vida. Seja gráficos, jogabilidade, adaptabilidade ou até longevidade, é que este jogo (se fizer todas as quests) nunca mais acaba!
Mas vamos por partes.
(Análise) Ghost of Tsushima: Simplesmente brutal (em todos os sentidos da palavra)
Introdução
Muito resumidamente, Ghost of Tsushima é um jogo desenvolvido pela Sucker Punch (Sly Cooper e Infamous). Com a grande missão de tentar meter o jogador na pele de um samurai que está prestes a passar por muita dor, e que na verdade, também está pronto a passar muita dessa dor aos seus inimigos.
É uma aventura épica, passada numa época igualmente épica (1274 – Japão Feudal), que deverá chegar finalmente às prateleiras no próximo dia 17 de Julho. Dito tudo isto, toda a acção acontece na ilha de Tsushima, que curiosamente é um local real, e na verdade, a história também tem como base uma invasão também ela muito real. No entanto, todas as personagens e histórias do jogo são completamente fictícias.
Em suma, a Sucker Punch quer transportar os jogadores para um mundo muito parecido ao original da época! Um objetivo que na minha opinião foi cumprido.
Entretanto, em Ghost of Tsushima, vestimos a pele de Jin Sakai. Um dos últimos samurais vivos na ilha depois do primeiro confronto com os invasores (Mongols). Um samurai com uma sede de vingança imensa, mas também inteligência suficiente para perceber que a maneira tradicional (e honrosa) dos samurais não irá ser suficiente para derrotar este novo inimigo.
Daí o Ghost de Ghost of Tsushima! Que é basicamente o lado do nosso herói que vem à tona, quando este simplesmente deita a honra para o lixo, e faz tudo o que está ao seu alcance para salvar a ilha. Ao fim ao cabo, este jogo é mesmo isso, ver Jin a transformar-se em algo bem diferente daquilo que é politicamente correto para a época. Algo que não só influencia a sua personalidade, como também a maneira como temos de jogar todo o jogo.
Muito resumidamente, estamos a falar de um título com uma jogabilidade que não é complicada, mas que ao mesmo tempo, está constantemente a oferecer novas ferramentas ao jogador, o que claro está, tem o potencial para se tornar um pouco complexo.
Em suma, o que não faltam ao ‘Ghost’ são ferramentas para atingir os seus fins…
E meus amigos, quando começamos a dominar o arsenal deste menino, é que a coisa fica mesmo viciante e começamos a perceber a genialidade deste projeto da Sucker Punch. Tanto podemos ser um samurai tradicional super ‘skilled’ e cheio de honra, como um super assassino capaz de passar a ferro uma base cheia de inimigos numa questão de minutos, sem nunca sermos vistos ao saltar de telhado em telhado, escondidos num mar de flores, ou simplesmente a passar em cima de cordas nas bases dos inimigos. Nós é que escolhemos o que queremos fazer ou ser neste mundo.
Ghost of Tsushima: Gráficos
A Sucker Punch fez um trabalho que realmente merece prémios, ao conseguir reproduzir ambientes fieis à época, super detalhados, numa consola que caso não saiba, foi lançada em 2013 e está prestes a ficar obsoleta.
Aliás, se meter os gráficos no máximo na minha PS4 Pro, a consola passa grande parte do seu tempo no limiar do ‘derretimento’, tal é o trabalho das ventoinhas nas cenas mais exigentes. No entanto, vale a pena ter a consola em sofrimento para aproveitar este projeto da SP ao máximo.
Ainda assim, verdade seja dita, são visíveis algumas das limitações da atual geração de consolas, especialmente se formos comparar a versão final de Ghost com alguns dos trailers e vídeos de gameplay lançados ao longo dos anos. (Espero que a Sucker Punch lance uma atualização do jogo para a PS5!)
Atenção ao detalhe
Entretanto, na parte da atenção ao detalhe, o estúdio não só contratou especialistas em combate para conseguir oferecer um sistema super satisfatório para o jogador (mais baseado nos filmes de samurais do que no combate 100% real), como também mandou equipas para o Japão de forma a capturar sons de aves e outros animais locais, para garantir um ambiente fiel à realidade, o que claro está, irá ajudar na imersão da história.
Ghost of Tsushima: História e Jogabilidade
Por falar na história, esta é outra parte que também está muito bem conseguido, visto que até nas quests secundárias, dei por mim a dar toda a minha atenção ao que se estava a passar no ecrã!
É que ao contrário de muitos RPGs de mundo aberto, estas quests têm um propósito real, sendo capazes de oferecer prémios muito satisfatórios ao jogador. Ao fim ao cabo, é simplesmente brutal ouvir lendas de armas ou armaduras, e depois fazer tudo por tudo para as conseguir encontrar e equipar.
Aliás, o sistema de equipamento é também ele super interessante, visto que uma armadura não é simplesmente melhor que outra! Cada uma delas tem um propósito bem diferente, para que Jin consiga alcançar os seus objetivos.
Ou seja, pode ter uma armadura mais indicada para duelos, outra mais indicada para uma jogabilidade mais ‘Ghost’ (Stealth e Assassinato), e outra mais indicada para lutar de longe (Arco e Flecha), etc… Neste aspeto, o jogo também se adapta ao estilo de quem tem o comando na mão, visto que podemos gastar os recursos necessários nos upgrades das armaduras e armas que mais utilizamos, deixando para segundo plano tudo o resto.
Por falar nisto, não é só o equipamento que recebe melhorias ao longo da aventura!
As próprias habilidades de Jin Sakai podem ser aprendidas ou melhoradas com Skill points que vamos ganhando ao longo das quests. Isto já para nem falar de outras técnicas mais avançadas denominadas de ‘Técnicas Míticas’, que apenas podem ser aprendidas em duelos até à morte no fim de algumas quests bem longas.
Ou seja, aqui também podemos adaptar o nosso samurai ao nosso estilo de jogo, gastando mais pontos no lado Samurai ou no lado Ghost, dependendo daquilo que realmente queremos ou precisamos.
Ghost of Tsushima: Conclusão
Resumindo e concluindo, é muito difícil não recomendar Ghost of Tsushima. É um jogo que não só irá oferecer muitas horas de matança Mongol, como também irá conseguir transportá-lo para uma época longínqua, ao mesmo tempo que é capaz de fazer passar muitos dos pensamentos que estão a passar pela cabeça da personagem principal. Estamos constantemente a tentar lidar com uma autêntico luta interna dentro dos pensamentos e própria alma de Jin Sakai.
Eu não quero dar spoil, mas quase senti uma lágrima a cair quando um fiel amigo nos deu tudo o que tinha para dar… Para depois simplesmente cair no chão no seu último fôlego, quase como se fosse uma missão cumprida… A missão de não desiludir o Samurai!
Dito isto, para estes jogos, que me fazem sentir o que se está a passar no ecrã desta maneira, tenho obrigatoriamente de dar um…
Nota: 10/10 – Um jogo brutal para o último suspiro de uma consola igualmente brutal!
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