Antes da era do PlayStation 3 (PS3) e do Xbox 360, o universo dos jogos era bem diferente do que é visto hoje em dia. De games que não demandavam telas de carregamento às atuais loot boxes e micro-transações, há diversos aspectos que mudaram bastante a experiência de jogabilidade. Relembre, nesta lista preparada pelo TechTudo, sete coisas dos videogames antigos que quase todo jogador deve sentir falta ao usar os consoles e títulos atuais.
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1. Não precisava instalar nada
Consoles antigos, daqueles que utilizavam cartuchos e até mesmo alguns modelos "recentes", que usavam CDs e DVDs, permitiam que você simplesmente inserisse a mídia no console e começasse a jogar. Como não havia necessidade de instalação, os jogadores não dependiam da velocidade da Internet para dar início às suas jogatinas. Isso tornava todo o processo muito mais simples e agradável.
Mais do que apenas ganhar tempo, as plataformas antigas não traziam preocupações como o quanto espaço você tem disponível para instalar um novo jogo, por exemplo. Além disso, também não era necessário comprar HD externo para dar conta de games que não param de crescer em tamanho.
2. Jogos eram completos
Se você compra um grande lançamento hoje em dia, é comum que, no primeiro dia, precise baixar alguns gigabytes de patches de atualização para corrigir uma porção de bugs. Isso ocorre porque, na hora de lançar os games, alguns erros acabam passando despercebidos, chegando à versão final dos jogos. Nos consoles antigos, isso não acontecia: o título estava pronto quando chegava aos mercados, para o bem e para o mal.
Como não tinham a perspectiva de atualizar o jogo depois de lançado, os desenvolvedores tinham processos mais criteriosos de controle de qualidade. Além disso, os games eram menos complexos, o que contribuía para que uma porção menor de bugs graves surgisse nas mãos dos jogadores.
Além disso, outra grande diferença nesse sentido tem a ver com a conexão online dos títulos. Um jogo como Destiny 2, por exemplo, só funciona de verdade quando há acesso à internet – e enquanto, é claro, os desenvolvedores mantiverem sua infraestrutura ativa. Caso algum dia eles decidam que não vale mais a pena manter o serviço em funcionamento, o game basicamente morreria, deixando de funcionar. Em um universo em que os jogos eram, em geral, offline, esse tipo de problema não existia.
3. Sem micro-transações e loot boxes
Mecânicas de micro-transações e loot boxes são uma maneira de desenvolvedores e publicadores manterem fontes de faturamento para seus jogos. Em muitos casos, essas práticas são vistas como abusivas, com games que estabelecem dinâmicas de sorte e azar e conteúdos pagos que dão vantagens competitivas a jogadores que pagam mais. Neles, o usuário basicamente dá dinheiro em troca de vitórias.
Games antigos, com pouco ou nenhum acesso online, não tinham essas mecânicas. Neles, ou o multiplayer era completamente local, com controles conectados a um mesmo console, ou as experiências online eram iguais para todos, sem demandar dinheiro em troca de vantagens.
4. Jogos vinham com manuais completos
Antes do Google, alguns games podiam ser bem frustrantes de entender. Em uma época que poucos jogos tinham design acessível e de fácil compreensão, muitas pessoas ficavam completamente perdidas jogando, sem saber como progredir. Para solucionar esse problema, muitos títulos vinham acompanhados de manuais completos, com guias estratégicos aprofundados que explicavam as características gerais de gameplay e suas formas de avançar.
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5. Gameplay era mais importante que gráficos
Até o começo dos anos 1990, a ideia de jogos 3D com gráficos realistas estava completamente fora de questão. O design de games, em geral, girava em torno do 2D ou gráficos pseudo-3D (como em Top Gear ou Double Dragon, por exemplo). Além de incentivar a criatividade de artistas e programadores para a criação desses games, essa realidade tinha efeito na diversão e gameplay que cada título gerava.
Como, no fim das contas, as limitações de hardware valiam para todo mundo, ninguém estava preocupado se um sprite ou textura piscava na tela. Além disso, não importava muito se a resolução de jogo X era menor do que a de jogo Y, ou se a taxa de quadros, por exemplo, era inconsistente. O que ganhava destaque, na época, era a diversão que cada tipo de jogo extraía do público à sua própria maneira.
6. Variedade de fabricantes
O mercado de jogos, nos tempos antigos, era mais aberto e tinha mais variedade. Além dos consoles da Sega, era comum que experiências como o Apple Pippin ou o 3DO aparecessem, prometendo um milhão de novas possibilidades ao mundo. Durante boa parte dos anos 1990, a quinta geração de consoles foi formada principalmente por 3DO, Saturn, PlayStation e Nintendo 64. Isso, é claro, sem contar com as plataformas PC-FX, Amiga CD-32, Atari Jaguar e mesmo o 32X, para Mega Drive.
Hoje, no entanto, o amplo domínio de Sony, Nintendo e Microsoft, somado a apostas em plataformas de streaming, desencorajam qualquer empresa de entrar na briga com uma plataforma nova de jogos. Isso acaba limitando a variedade de games e experiências que poderiam ser exploradas, caso houvesse mais espaço no mercado.
7. Sem loading
No tempo do cartucho, carregar um game para jogar era um processo praticamente instantâneo, que, na pior das hipóteses, levava poucos segundos. Com o advento de jogos cada vez maiores, a necessidade por mídias mais densas surgiu, levando games a CDs, DVDs e Blu-Rays, com velocidades de leitura baixíssimas. Para se ter ideia, em títulos recentes, como Red Dead Redemption 2, por exemplo, o loading em um disco rígido convencional pode superar a faixa de um minuto.
Consoles da nova geração, como PS5 e Xbox Series X/S, prometem reduzir drasticamente os tempos de loading, por meio do uso de SSDs de alta velocidade. Embora as reduções tenham ocorrido e sejam perceptíveis em games disponíveis nas duas plataformas, até hoje, poucos jogos são realmente instantâneos, deixando uma grande saudade do tempo do cartucho.
Com informações de MakeUseOf, MentalFloss, Goliath e PrimaGames
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