MacBooks com processador M1 já são uma realidade no mercado, e chegam para substituir os modelos da Apple com chips Intel. A nova CPU é desenvolvida pela própria marca, utilizando arquitetura ARM, a mesma presente no iPhone 12, e prometendo alto desempenho e maior duração de bateria. Já a Intel, mais tradicional no mercado de componentes, alega que seus modelos têm maior compatibilidade de software e performance superior que a novidade da maçã em alguns cenários especificos. A seguir, o TechTudo levantou perguntas e respostas sobre as diferenças entre os computadores encontrados com cada chip.
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Os modelos com Intel são melhores para edição?
Considerando números e detalhes de arquitetura, o MacBook Pro com M1 deve ser melhor que as antigas versões. O design do chip completamente integrado e o acesso a um único pool de memória RAM, favorecem o laptop da Apple com chip próprio diante do MacBook Pro de 13 polegadas com chip Intel e placa gráfica Iris Plus.
Em números de benchmark sintéticos, que comparam o desempenho bruto dos processadores, a vantagem é clara do M1. Usando o Geekbench, a CPU da Apple chega a 1.700 pontos nos testes single-core – em que apenas um núcleo do chip é usado – e de 7.500 em exercícios multi-core. Os dois resultados são superiores ao que o MacBook Pro 16" com Core i9 de décima geração oferece.
Chegando nas experiências do dia a dia, as vantagens para o M1 continuam. O site NoFilmSchool, especializado em criação de conteúdo, colocou o modelo com M1 contra o MacBook Pro com Intel usando softwares recentes de edição. Na comparação, o MacBook com CPU da Apple se mostrou mais rápido no uso de ferramentas como DaVinci Resolve, por exemplo.
Já o 4KShooters comparou o MacBook Pro com M1 com o Book 13, da Razer, que possui Core i7 de 11ª geração e GPU Intel Xe Graphics. Usando o Premiere, foi possível estabilizar uma captura de vídeo 4K de 20 segundos em 3 minutos e 6 segundos no computador da maçã. Já o modelo da Razer levou 4 minutos e 21 segundos para a mesma tarefa, mostrando mais uma vez a superioridade do hardware da Apple.
A única ressalva que precisa ser feita é na hora de encarar os resultados. Comparações que usam versões nativas para Intel rodando no MacBook com M1 terão desempenho inferior. Isso acontece porque o sistema precisa basicamente 'traduzir' as instruções da aplicação escritas para a CPU com arquitetura tradicional, o que pode resultar em gargalos.
Entretanto, quem já tiver acesso a softwares atualizados em versões específicas para tirar melhor proveito do M1 deverá encontrar vantagens claras de desempenho do processador próprio da maçã. Isso inclui toda a suíte da Adobe atualmente, além de ferramentas como o DaVinci Resolve e softwares de criação de conteúdo da Apple.
Onde a Intel tem vantagem diante dos M1?
A Intel tem se esforçado para divulgar as vantagens de seus processadores diante das CPUs ARM da Apple. Embora os dados sejam reais, a empresa vem defendendo suas tecnologias usando alguns critérios que simplesmente privilegiam seus chips.
Um exemplo é a promessa de que seus processadores com arquitetura x86 são mais rápidos na navegação de Internet. Usando o WebXPRT 3, um benchmark que simula esse tipo de uso, a promessa é bater o M1 em quase 300%. Outros tipos de cenário são a aplicação de macros no Excel – comparando diretamente versões do software para ARM e x86 – além da exportação de documentos em PDF.
A Intel também destaca o desempenho dos seus chips em tarefas envolvendo Inteligência Artificial. Usando o Gigapixel AI, a empre
Sobre o gráfico presente acima, vale uma ressalva: os resultados de comparação que mostram processadores da marca superiores em aplicações da Adobe consideram testes em que o M1 rodou versões nativas para Intel, portanto, sujeitas a performance inferior. Testes com software Adobe para M1 são mais representativos e tendem a invalidar os resultados da Intel.
A bateria dura mais nos modelos M1?
A arquitetura e conjunto de instruções ARM por trás da Apple têm como destaque a tendência de maior eficiência computacional. Isso resulta em maior quantidade de trabalho realizada por um custo menor de energia. Segundo a Apple, os notebooks com M1 prometem 17 horas de uso navegando na Internet e 20 horas assistindo vídeo, enquanto o modelo com Core i5 disponível no momento estaciona em 10 horas.
MacBook com M1 não esquenta e nem faz barulho?
Uma consequência da promessa de consumir menos energia, é que a Apple afirma que seus produtos também esquentam menos. O MacBook Pro 13 com M1 conta com um sistema de refrigeração ativa com ventoinha, a exemplo de qualquer notebook convencional. Soma-se a isso o fato de que alguns reviews e análises do computador afirmam que dificilmente o produto esquenta.
Além do conforto no uso – barulho e ruído constante e ritmado do cooler pode incomodar com o tempo – esse detalhe tem impacto também na performance. Quando um processador de qualquer tipo esquenta demais, automaticamente rebaixa seus níveis de performance como uma forma de baixar a temperatura interna.
Além disso, evita danos físicos e desgaste acentuado num fenômeno chamado de throttling. Qualquer produto está sujeito a isso, como é o caso dos MacBook Pro de 15”, por exemplo. Agora, se o processador tem uma tendência natural de esquentar menos por ser mais eficiente, você pode esperar níveis de desempenho mais consistentes.
Qual versão é mais barata?
Considerando as versões que a Apple vende oficialmente no Brasil, as edições com o M1 são mais baratas, dando sustentação à promessa da marca de que o uso de seus próprios processadores permitiriam baratear seus dispositivos. No caso do modelo Pro, a edição com M1 e SSD de 256 GB fica por R$ 17.299 na loja oficial da marca. Já a configuração mais simples com Intel – de 16 GB de RAM e SSD de 512 GB – sai por R$ 23.899.
O mesmo vale para o Pro com M1 e 512 GB de armazenamento: essa versão custa R$ 19.799 junto à Apple, enquanto o MacBook Pro de 13 polegadas top de linha com Core i5, 16 GB de RAM e SSD de 1 TB custa R$ 26.399 atualmente. É importante ter em mente que a RAM dos dispositivos com M1 é de 8 GB.
A Apple removeu o MacBook Air com Intel do catálogo para o mercado brasileiro. No momento, a marca oferece duas versões do Air com M1: uma com GPU integrada de sete núcleos, 8 GB de RAM e SSD de 256 GB por R$ 12.999. Já a versão com M1 com GPU de oito núcleos, 8 GB de memória RAM e SSD de 512 GB fica em R$ 16.099.
Afinal, qual vale mais a pena?
Para responder isso, você precisa ponderar os resultados de benchmark. Além disso, vale considerar diferenças a partir da sua necessidade, orçamento e a disposição em investir em uma plataforma que ainda está no início. Caso não queira se arriscar, talvez seja interessante optar por modelos de MacBook com Intel. Neste caso, é importante ficar atento ao suporte, que já tem data para acabar.
Do ponto de vista de desempenho e custo, não há muito o que argumentar. Os MacBooks Pro de 13 polegadas com M1 são mais baratos e mais rápidos, ao menos se você considerar os valores da Apple. Olhando para o mercado na totalidade, é possível que o fim do suporte para versões Intel puxe os preços desses modelos para baixo, o que pode torna-los mais atrativos.
Portanto, é importante considerar que a migração da Apple para M1 é um destino natural. E, com o tempo, aplicações para macOS começarão a privilegiar o processador da Apple, deixando os Intel de lado, mesmo que a empresa ainda prometa alguns anos de suporte.
Com informações de PCWorld, BusinessInsider, MacRumors (1 e 2) 4KShooters, NoFilmSchool e ZDNet
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