O hábito de jogar videogame é adotado por 38% da população brasileira, segundo dados de uma pesquisa lançada pelo Brasil Game Show em 2020. Os jogos eletrônicos podem trazer inúmeros benefícios à saúde física e mental dos jogadores, e, hoje em dia, auxiliam até mesmo no aprendizado de crianças mais novas.

Embora mais de 65% dos jogadores se definam como gamers (de acordo com dados da Pesquisa Game Brasil 2020), há alguns outros aspectos que poucas pessoas sabem sobre a atividade. Na lista a seguir, confira oito curiosidades que você provavelmente não sabia sobre jogar videogames.

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1. Muitos jogos são criados especialmente para crianças mais novas

A cada dia que passa, crianças mais novas têm contato cada vez mais precoce com dispositivos eletrônicos, como smartphones e tablets. Por isso, atualmente não é incomum observar crianças já no período da primeira infância jogando games nos celulares de seus pais.

Pensando em atender a esse público, as desenvolvedoras de jogos eletrônicos, como a Orange Studios Games e a Spin Master Studios, têm investido cada vez mais no desenvolvimento de games educacionais. Com eles, buscam estimular as crianças a desenvolver novas habilidades e novos aprendizados enquanto jogam.

2. Jogar videogame estimula o trabalho em equipe

Embora nos consoles mais antigos a jogabilidade multiplayer fosse bastante limitada, com os avanços tecnológicos e, principalmente, da internet, hoje em dia é possível com facilidade participar de partidas com mais de dois jogadores. Isso, além de conferir ao universo dos games um novo modelo de gameplay, trouxe uma grande vantagem aos usuários: o aprendizado do trabalho em equipe.

Jogos como League of Legends (LoL), Counter-Strike e até mesmo Among Us não funcionariam direito caso as equipes não se unissem para trabalhar em sincronia. Dessa forma, os títulos acabam estimulando o trabalho em conjunto, guiando seus jogadores à união para um resultado final positivo.

3. Videogames não incitam ou influenciam a prática de violência

É comum encontrar na Internet ou no dia a dia a crítica de que os jogos atuais são problemáticos à juventude. Um dos principais alvos são os jogos de tiro, que costumam ser duramente criticados pela crença popular de que incitam a violência. As pesquisas realizadas por acadêmicos, no entanto, mostram o contrário.

Um estudo de 2013, desenvolvido pela Associação Americana de Psicologia, mostrou que videogames, mesmo aqueles que se pautam sobre a violência, trazem uma série de benefícios para o aprendizado e a saúde de crianças. Além disso, a Universidade de Oxford, em uma pesquisa publicada pela The Royal Academy em 2019, demonstrou que não existe algo que relacione diretamente o comportamento agressivo de jovens à prática de jogar games violentos.

4. Jogos de tiro podem melhorar a sua visão

Segundo as pesquisas realizadas em 2012 pelo Laboratório de Desenvolvimento Visual da Universidade McMaster, em Ontário, é possível melhorar a visão com ajuda dos videogames – em especial, com títulos de tiro em primeira pessoa (FPS). No entanto, vale dizer que, para que esses resultados fossem encontrados, foi necessária muita disciplina dos participantes da pesquisa, que jogavam em horários pré-estabelecidos e por períodos controlados.

O estudo apontou que esse tipo de jogo entrega ao usuário o ambiente e as características perfeitos para o aprimoramento da visão humana – ou seja, um amplo campo de visão para monitoramento, além de velocidade, atenção e constantes descargas de adrenalina. Nesses títulos, o jogador não pode ficar apenas olhando para a tela, mas sim precisa agir para sobreviver.

... Essa atividade acaba alterando os processos neuro-químicos e dá mais plasticidade ao cérebro humano.

5. Games estimulam seus jogadores a ser multitarefa

Diversos jogos exigem bastante atenção, especialmente em situações com tarefas simultâneas. Títulos como Café Mania, ChefVille e The Sims são excelentes exemplos disso, já que o jogador deve lidar com uma série de acontecimentos, além de descobrir como conduzi-los e solucioná-los. Com a prática, observar e resolver essas inúmeras tarefas simultâneas pode ajudar em situações cotidianas, como no trânsito, na escola e no trabalho, por exemplo.

6. Nem todo videogame obriga o jogador a ficar horas sentado em frente à tela

Desde o lançamento de consoles como o Nintendo Wii e o Xbox 360, já não é mais possível dizer que, para jogar games, é necessário passar horas sentado em frente à televisão. Isso porque atualmente a maioria dos consoles é compatível com jogos que capturam e reconhecem a movimentação do jogador, como é o caso da franquia Just Dance, por exemplo.

Por isso, vários outros títulos de sucesso, como a franquia Zumba Fitness, além dos Wii Fit e Wii Sports, são utilizados como ferramenta para a prática de exercícios físicos e perda de peso.

7. Jogos auxiliam pessoas a lidar com problemas relacionados ao estresse, à ansiedade e à depressão

Após sugestões e depoimentos de consumidores, algumas desenvolvedoras de jogos, como a PopCap, começaram a financiar pesquisas sobre seus jogos. Com isso, acabaram descobrindo que games de raciocínio e quebra-cabeça, como o Bejeweled, por exemplo, auxiliam na melhora do humor e do ritmo cardíaco de seus jogadores.

A hipótese é de que, em meio à vida moderna, as pessoas não conseguem de fato se desconectar, e momentos ociosos acabam gerando ansiedade, estresse e até mesmo pânico. Por isso, esses jogos que estimulam o raciocínio lógico de forma leve e descontraída acabam colocando o jogador em um estado de relaxamento não tedioso, o que é extremamente benéfico.

8. Jogos de realidade virtual auxiliam na redução da dor

Testes realizados em diversos hospitais universitários nos Estados Unidos mostraram que pacientes que sofriam com dores crônicas sentiam grande alívio quando jogavam títulos de realidade virtual (VR). O estudo funcionava assim: primeiro, os pacientes classificavam a dor que sentiam em escalas numéricas de 0 a 10. Depois, eram submetidos a sessões de jogos e atividades em óculos VR.

Os resultados foram positivos, apresentando uma redução de 1,5 a 3 pontos na escala de dor. Esses números foram especialmente significativos principalmente quando comparados aos gerados por tratamentos não-imersivos, que não reduziam sequer um único ponto.

O grande objetivo desses testes era reduzir o uso de analgésicos e de outros medicamentos para alívio da dor nos pacientes. Hoje, eles podem escolher entre mais de 20 experiências imersivas diferentes na plataforma utilizada.

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