Já pensou em abandona seu celular, crachás, chaves e outros acessórios de controle e aparelhos eletrônicos para sempre? O especialista russo, Evgeny Chereshnev (Che) vice-presidente global de marketing de varejo das Kaspersky Lab, contou ao público, na palestra que abriu o primeiro dia de atividades no palco principal, como é viver com um bio chip implantado na sua mão esquerda.
Entre os motivos para experimentar em si mesmo uma tecnologia ainda em desenvolvimento, Che explica que vê a chamada internet das coisas por outro angulo, com o usuário no centro. “Hoje, você precisa de um dispositivo para ativar tudo. Se você tem um bio chip nas mãos, isso muda”, explica.
Em vídeos, o executivo mostrou aos campuseiros como opera ações imediatas e smart na rua rotina. O cyborg, como se apresenta, sequer usa crachá para entrar nos escritórios da Kaspersky. “Eu entro em qualquer área restrita apenas com as mãos, usando a tecnologia ‘touch and go’”, mostra.
Che lista vários benefícios para o uso do bio chip ir adiante, como abrir portas, acabar com senhas, criar e checar dados médicos, desbloquear aparelhos como celulares, fazer pagamentos, confirmar sua licença pra dirigir ou passaporte via autenticação online, em qualquer lugar do mundo, e outras.
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Entretanto, não é só facilidade que motiva os avanços na área. A Kaspersky, que oferece soluções antivírus, acredita que o bio chip é mais seguro em vários aspectos. Diferente das senhas tradicionais, rouba-lo e falsificá-lo é mais difícil. O usuário, dono do chip, também é dono dos seus próprios dados e não é rastreado nos smartphones, com conexões sem fio sincronizando dados.
O especialista chama o rastreamento constante de gigantes como Google e Facebook de falta de liberdade, e usa o termo ‘feudalismo digital’. “Eu tenho um sonho, por isso estou aqui. Podemos mudar essa realidade. Precisamos criar o conceito de dados pessoais como propriedade privada”, encerra.
Ao TechTudo, Che contou que tem um chip bem pequeno na mão esquerda, com 2 x 12 mm, para que não haja rejeição do seu corpo. Sobre manutenção, o executivo explica que ainda não precisou fazer ajustes e que, diferente de outros implantes, o bio chip não causa problemas no raio-x do aeroporto.
Polêmica, a experiência é uma previsão que pode se tornar popular em poucos anos. Para o pesquisador, palestras como essas na Campus Party, cujo tema é “Sinta o Futuro”, podem ser uma ferramenta decisiva de informação para que as pessoas pensem privacidade, dados pessoas e novas formas de conexão.
“A tecnologia se desenvolve muito rápido e isso vai depender dos desenvolvedores também. Podemos estar falando de dez, ou 20 anos, mas acho que tudo vai depender do preço e quão seguros serão”, conta. Atualmente, bio chips são muito caros para o consumo fora de um ambiente de pesquisa e ainda são explorados na área de criptografia e segurança como parte de testes.
“Os primeiro serão os geeks, depois outros grupos, até se popularizar. Podemos estar falando de pessoas implantando chips em seus corpos em dois ou três anos”, prevê o executivo da Kaspersky.
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