O Master System da Sega é um videogame que ocupa um espaço especial no coração dos jogadores brasileiros. Apesar de não ter sido sucesso mundial, o console foi especialmente bem recebido por aqui. Isso fez com que muitas das maiores curiosidades e polêmicas que envolvem o Master System tivessem uma certa influência brasileira. Confira:
Lista reúne as maiores gambiarras e ‘bizarrices’ do mundo dos games
Uma aliada de peso
Provavelmente o principal motivo do sucesso da Sega no Brasil tenha sido a empresa que ela escolheu para representá-la: a Tec Toy. Esse nome ficou conhecido entre os jogadores pois a companhia não mediu esforços para transformar o Master System e o Mega Drive em produtos de sucesso. Campanhas tão bem direcionadas e dedicadas que fizeram os consoles parecerem brasileiros.
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Jogos em português
Uma das primeiras surpresas que a Tec Toy apresentou ao público brasileiro no Master System foram games traduzidos para o português, como o complexo RPG Phantasy Star. Jogos com grande foco em texto ou história ainda eram uma novidade na época, e quando os títulos não estavam traduzidos havia avisos na caixa que alertavam que era necessário ter conhecimento de inglês, como Alex Kidd in High-Tech World.
Games adaptados...
Alguns dos jogos japoneses do Master System eram baseados em desenhos que não eram conhecidos no resto do mundo, então a Sega os adaptava ao alterar os gráficos e a temática. Hokuto no Ken (Fist of the North Star) virou o genérico Black Belt, enquanto Anmitsu Hime se transformou em uma aventura de Alex Kidd, chamada High-Tech World.
...e “abrasileirados”
A Tec Toy resolveu seguir essa prática da Sega e fechou parcerias para usar personagens famosos entre o público brasileiro em jogos já existentes, mas menos populares. Assim Mônica no Castelo do Dragão foi criado em cima de Wonder Boy in Monster Land, Chapolim X Dracula: Um duelo assustador com base em Ghost House, Geraldinho no lugar de Teddy Boy e assim por diante.
Conversões do Game Gear
O portátil da Sega foi lançado no Japão um ano após o Master System chegar ao Brasil, o que fez com que eles coexistissem por um certo tempo em território nacional. Porém, como o Game Gear não decolou, a Tec Toy viu mais uma oportunidade e começou a converter os jogos do portátil para o Master System. Isso garantiu sobrevida ao console com games como Sonic Blast, Legend of Illusion, Virtua Fighter Animation e X-Men Mojo World.
Exclusivos para o Brasil
Além de jogos traduzidos, editados e convertidos do Game Gear, o fenômeno do Master System no Brasil cresceu tanto que a Tec Toy teve a chance de criar jogos próprios para o console, como Férias Frustradas do Pica-Pau. Graças à empresa, apenas no Brasil existe uma versão para Master System de Street Fighter 2, um jogo que se tornou raríssimo para colecionadores.
Os primeiros óculos 3D
Desde a época do Master System a Sega já demonstrava que gostava da ideia de acessórios em seus consoles e os óculos SegaScope 3D eram incríveis para a época. Eles aproveitavam a tecnologia das antigas televisões, as quais em vez de exibir toda a imagem, alternavam rapidamente em linhas diagonais e linhas pares e ímpares, e assim enviava cada conjunto para um olho, um 3D um pouco “tremido” mas que ainda assim saía da tela.
Retrocompatibilidade
O Master System foi um dos primeiros consoles que permitia que seus jogos fossem utilizados em plataformas futuras, como o PlayStation 1 para o PlayStation 2. Com o auxílio do adaptador Power Base Converter, o Mega Drive podia rodar jogos do Master System, e com o adaptador Master Gear Converter, até mesmo o portátil Game Gear usufruía dos games do console.
Modelos extras
Assim como a maioria dos videogames, o Master System teve versões revisadas para mudar o design e cortar custos de produção. No entanto, como o console continuava vendendo muito no Brasil, a Tec Toy pediu permissão à Sega para fabricar suas próprias versões. Isso levou à versões como o Master System Super Compact e alguns modelos vendidos até hoje sem entrada para cartucho, apenas com jogos pré-instalados.
O primeiro mascote
Antes de Sonic se tornar um sinônimo da Sega assim como Mario é para a Nintendo, a empresa chegou a ter um outro mascote na época do Master System, o pequeno príncipe do reino de Radaxian: Alex Kidd. O personagem estrelou cinco games no console, mas ficou mais conhecido por Alex Kidd in Miracle World, o qual vinha pré-instalado em vários modelos. No entanto, o personagem não aguentou a transição para o Mega Drive, e foi substituído pelo ouriço azul.
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