Há muitos fatores a considerar antes de comprar um óculos de realidade virtual. A chegada do Oculus Rift e do HTC Vive aumentaram o interesse pelos headsets, mas o fato é que existem pontos positivos e negativos em adquirir um modelo agora.
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Aspectos como exigências do PC, compatibilidade com outros dispositivos e disponibilidade no Brasil precisam ser observados antes de investir no acessório. Confira tudo o que você precisa saber sobre os óculos VR.
1. Hardware poderoso
A tecnologia de realidade virtual requer um computador com hardware potente. A EVGA, por exemplo, chegou a lançar uma versão especial da Geforce GTX 980 Ti pensando nos headsets. A HP é outra fabricante que está criando PCs voltados para o segmento, tendo firmado uma parceria com a HTC, desenvolvedora do HTC Vive.
É claro que as fabricantes estão aproveitando a tendência para lançar novos produtos no mercado, mas, de fato, as exigências são altas. Para se ter uma ideia, os requisitos mínimos de um computador compatível com o Rift abrangem placa de vídeo NVIDIA GTX970, processador Intel i5-4590, memória RAM de 8 GB, saída HDMI 1.3, portas USB 3.0 e Windows 7 de 64 bits.
Sendo assim, quem quiser um óculos VR provavelmente terá que desembolsar mais do que o valor do headset. Comprar o dispositivo pode implicar em ter que adquirir um novo PC ou, pelo menos, peças para fazer upgrade.
2. Preço alto
Existem algumas opções de óculos de realidade virtual por menos de R$ 100. No entanto, esse valor não corresponde aos tops de linha. O Gear VR, feito pela Samsung em parceria com a Oculus VR, sai por R$ 799. O Oculus Rift custa quase o triplo, vendido por US$ 599 (cerca de R$ 2.200, pela cotação atual).
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Ainda mais caro é o HTC Vive, cujo preço de lançamento nos Estados Unidos é de US$ 799 (R$ 2.900). Já o PlayStation VR ainda não teve preço divulgado, mas o presidente da divisão da Sony para o desenvolvimento de conteúdo já disse que o aparelho deverá custar o equivalente a um console novo – vale lembrar que o PS4 chegou ao Brasil por R$ 4 mil.
3. Celulares compatíveis
Alguns dos dispositivos de realidade virtual no mercado exigem smartphones específicos para funcionar. O Gear VR é compatível apenas com os modelos Galaxy Note 5, Galaxy S6 Edge Plus, Galaxy S6 e Galaxy S6 Edge. Já o View-Master, da Apple, suporta os iPhones lançados a partir do iPhone 5.
Para quem já tem um desses aparelhos, os modelos de óculos acima podem ser soluções econômicas – o View-Master custa US$ 29,95 (R$ 110). Caso contrário, comprar um headset mais barato não vai significar economia real, já que você vai precisar comprar um celular novo.
4. Tecnologia revolucionária
Se até aqui apresentamos aspectos negativos dos óculos de realidade virtual, é preciso lembrar a razão de tantos gastos: trata-se de uma tecnologia revolucionária. O visor de 360º dividido em dois provoca uma sensação de imersão sem precedentes, que muda completamente a experiência com games. O jogador deixa de assistir ao jogo e passa, efetivamente, a fazer parte dele.
O efeito de imersão 3D promete ser ainda maior com a chegada do áudio binaural nos headsets. A tecnologia, criada no século 19, consiste em capturar e reproduzir o som da maneira como os ouvidos humanos escutam. Assim, a gravação é feita com dois microfones, colocados um em cada lado da cabeça de um manequim. O resultado é um som tridimensional.
A Oculus VR licenciou a tecnologia da RealSpace3D e colocou-a nos fones de ouvido do Oculus Rift. O PlayStation VR é outro que conta com áudio binaural, mas a Sony desenvolveu sua própria solução. A ideia é que, junto com as imagens em 3D, esse sistema de reprodução sonora insira ainda mais realidade ao game.
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5. Google Cardboard
O dispositivo de realidade virtual mais barato é o Google Cardboard. Feito de papelão, o óculos pode ser comprado por apenas US$ 15 (R$ 50) ou montado pelo próprio usuário.
O baixo custo, porém, traz suas desvantagens. Uma delas é que o corpo de papelão está longe de ser resistente. Outro detalhe é que o device só funciona com smartphones. Ainda que o app Cardboard esteja disponível para iOS e Android, a quantidade de jogos VR nessas plataformas ainda é relativamente pequena.
6. Óculus VR nacional
Sim, existe um óculos de realidade virtual brasileiro. O produto, que atende pelo nome de Loox VR Alpha, custa R$ 124,50. O aparelho é compatível com alguns modelos de iPhone, Galaxy, Moto X e Nexus, além do LG G3 e LG G4 e Zenfone 2.
Mas o Loox VR Alpha é uma exceção. Tirando este e o Gear VR, é difícil encontrar dispositivos no Brasil. O Google Cardboard precisa ser comprado na loja americana, enquanto o Oculus Rift e o HTC Vive sequer entregam no país. Para adquirir um desses é preciso recorrer a sites de compra e venda por terceiros, que nem sempre são confiáveis.
7. Alternativas à realidade virtual
Realidade virtual não é o único jeito de conseguir a sensação de imersão. Uma alternativa à tecnologia está na combinação de imagem em 3D e 360º sendo projetada direto na retina, como faz o Glyph. Suas imagens criam no espectador a impressão de estar diante de uma TV de 65 polegadas.
Não há divisão da tela ou outros recursos empregados em VR, mas a qualidade da projeção aproxima o usuário da imagem. Custando US$ 699 (R$ 2.600), o gadget não é uma alternativa no quesito preço. O aparelho é mais indicado para quem não quer ter um headset pesado na cabeça ou sofrer com as vertigens reportadas por muitos dos que já experimentaram o Oculus Rift.
8. Tecnologia nova
O Oculus Rift só chegou em sua primeira versão para o consumidor este ano, caminho que foi acompanhado pelos concorrentes. Apesar de 2016 ser particularmente promissor para o segmento, a verdade é que todos os devices ainda são muito novos no mercado.
Isso implica em uma série de desvantagens, entre as quais se destaca a inexistência de assistência técnica no Brasil. Trocar ou consertar os aparelhos provavelmente acarretará em muita dor de cabeça, já que será preciso enviar o produto para outro país.
Outro aspecto negativo é que os óculos VR foram relativamente pouco testados pelo público em geral. Isso quer dizer que há pouco feedback além do emitido pela imprensa especializada e profissionais da área de tecnologia. Embora muitos relatos atestem o caráter impressionante da realidade virtual, é igualmente comum reclamações sobre o peso dos headsets. Games longos acabam gerando incômodo ou mesmo dor de cabeça nos jogadores.
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