O Facebook está estudando todas as formas de perceber o comportamento do usuário e assim criar novas funções na rede social. A empresa de Marck Zuckerberg registrou nos Estados Unidos três patentes que descrevem tecnologias capazes de detectar emoções do internauta por meio dos sensores do celular, da câmera ou de textos escritos no perfil e em conversas com amigos. As invenções serviriam para gerar mais engajamento da rede social, ajudando a reagir a publicações de amigos ou a selecionar melhor o conteúdo exibido no feed.
Veja abaixo o que cada diz cada documento publicado no órgão regulatório de patentes dos EUA (US Patent and Trademark Office) e para o que servem.
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Em nota enviada ao Mashable, o Facebook esclareceu que a simples existência das invenções não significa, necessariamente, que os recursos serão usados na plataforma. “Muitas vezes buscamos patentes de tecnologias que nunca implementaremos, e elas não devem ser tomadas como uma indicação de planos futuros”, disse um representante da rede social. Contudo, vale lembrar que no ano de 2015 uma patente do botão não curtir e outra que expressaria sentimentos foi revelada. Com o nome de reações (Facebook Reactions), em 2016, a nova função foi implementada pelo site de Zuckerberg logo em seguida.
Rastreamento de expressões
A patente com conteúdo mais polêmico envolve um mecanismo de rastreio do rosto do usuário pela câmera do computador ou do smartphone. Ao navegar pelo feed, a rede social poderia identificar a expressão facial da pessoa para reconhecer qual conteúdo gera emoções como raiva ou alegria. Com essa informação, o Facebook poderia controlar o feed para impedir ou reforçar certo tipo de reação.
Esse documento é o que descreve a invenção mais intrusiva das três, e pode abrir caminho para um nível mais acentuado de vigilância e perda de privacidade. A patente parece mostrar a adaptação de uma tecnologia de reconhecimento facial que já existe atualmente, porém ainda sem monitoramento em tempo real.
Criação de emojis “reais”
Outra invenção registrada pelo Facebook, envolve um sistema inteligente de reações que usaria expressão do usuário. Uma vez no feed, seria possível gerar uma imagem animada para responder a um post com a própria emoção, sem se limitar às atuais cinco opções ("amei", "haha", "uau", "triste" e "Grr").
De novo, o software usaria a imagem da câmera para obter imagens do rosto e criar a reação personalizada. O Facebook seria capaz de identificar exatamente qual emoção a pessoa estaria sentindo ao visualizar conteúdo no feed.
Interferência em conversas de texto
O último documento não envolve tecnologia de rastreamento facial, mas descreve a identificação de emoções. A patente mostra como o Facebook Messenger — ou outro app de mensagens da empresa, como o WhatsApp — poderia ler o conteúdo de conversas do usuário para dar ênfase a certas palavras e frases.
Dependendo do teor do chat, alguns termos poderiam ser destacados automaticamente para reforçar a emoção. Para isso, o Facebook poderia usar tanto o significado das palavras digitadas quanto os movimentos feitos pelo usuário no celular. Com ajuda de dados do acelerômetro e outros sensores do celular, seria possível descobrir momentos de nervosismo, por exemplo.
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