O lançamento da nova geração dos iPhones pela Apple na última quarta-feira (12) veio acompanhado da chegada do novo processador A12 Bionic, também desenvolvido pela marca. Apresentado como um dos primeiros processadores de 7 nanômetros do mercado e capaz de desempenho 15% maior do que seu antecessor, o A11, o chip que calça os iPhones XR, XS e XS Max tem ainda mudanças significativas no processamento gráfico, de inteligência artificial e na eficiência energética. Testes iniciais já revelaram que o iPhone XS é 233% mais rápido para downloads que o iPhone X. Abaixo você entende quais são as novidades já reveladas.
A12 Bionic vs. A11 Bionic
Assim como o A11 Bionic, o novo processador da Apple é também um hexa-core que usa dois núcleos para tarefas de alta demanda, e reserva outros quatro para aplicações mais simples, como navegar na internet e nas redes sociais, que podem ser resolvidas por unidades de processamento mais lentas, mas que consomem menos energia.
O A12 tem ainda quatro núcleos para o processador gráfico contra os três que o A11 carrega. Esses núcleos, que formam aquilo que se chama de GPU, aumentam a capacidade do processador para encarar tarefas que são intensivas do ponto de vista do processamento de imagens na tela.
Na prática, isso se converte em ganhos de performance de 50% em gráficos, algo que deve tornar o A12 Bionic um processador muito mais poderoso em jogos, por exemplo. Além do quarteto de núcleos da GPU, há ainda um Neural Engine octa-core, direcionado a tarefas de inteligência artificial.
Todos esses avanços delineiam números e dados revelados pela própria Apple e são, em grande parte, fruto da migração de um processo de fabricação de 10 nanômetros para outro, de 7 nm – tornando o A12 Bionic um dos primeiros processadores do mundo a chegar ao consumidor com essa característica.
O que são esses 7 nanômetros?
Nanômetros (nm) é uma unidade de medida equivalente a 1 metro dividido por um bilhão, ou ainda, o bilionésimo de um metro. Essa medida é importante no mundo dos semicondutores porque é usada para classificar a distância entre terminais dos transistores individuais que formam um processador.
Transistor, de uma forma muito simples, seriam como engrenagens que fazem a CPU, como o A12 Bionic e todos os seus componentes funcionarem.
No caso dos processadores, quanto menor for a distância entre os terminais dessas “engrenagens”, menor a distância que a eletricidade terá que percorrer. Isso significa que o processamento ocorre em menos tempo e que o gasto de energia tende a ser bem menor, já que ao vencer uma distância menor entre cada um dos bilhões de transistores dentro do chip, há menos resistência elétrica. E, onde há menos resistência, há menor geração de calor e consequente menor consumo de energia.
Nas contas da Apple, esse menor consumo registra uma eficiência 40% maior em favor da nova CPU.
Outro efeito de se usar transistores menores é o ganho em espaço livre dentro do chip, o que permite a criação de um quarto núcleo de GPU ou de mais espaço para o processamento de inteligência artificial.
Em resumo, dizer que o A12 Bionic é um chip de 7 nanômetros contra os 10 nm do A11 é dizer que ele tem uma escala menor, e que isso garante maior performance, maior eficiência energética e dá margem para que componentes internos mais poderosos sejam desenvolvidos, como GPU com mais núcleos e processador de inteligência artificial mais robusto.
Neural Engine
Um elemento muito importante do novo A12 é a capacidade de processamento do chamado aprendizado de máquina, cujas aplicações são decisivas em aplicações com inteligência artificial.
Segundo a Apple, a Neural Engine do novo processador é formada por oito núcleos de processamento e pode dar conta de 5 trilhões de operações por segundo de aprendizado de máquina: essas operações consistem no reconhecimento de padrões em dados e são usadas p
Para comparar, o Neural Engine do A11 Bionic era capaz de entregar 600 bilhões de operações do tipo.
Diferenças para fotos
Um ponto importante sobre as novas capacidades dos processadores da Apple está na capacidade que eles oferecem de um processamento de imagens mais preciso e de maior qualidade. Segundo a Apple, o A12 entra em campo na hora de aplicar filtros HDR mais progressivos e inteligentes à fotos e vídeos, dando uma precisão e riqueza de cores e contraste maior aos materiais obtidos pelas câmeras dos novos celulares.
Benchmarks e dados que faltam
A Apple segue uma linha diferente ao abordar as especificações técnicas de seus produtos: ela evita, por exemplo, divulgar a capacidade bruta de bateria, ou a quantidade de RAM dos iPhones. Com os processadores, essa política se traduz em não abrir o jogo quanto à velocidade nominal do chip: não há dados oficiais sobre qual o clock que o processador atinge.
Outra lacuna a ser preenchida no futuro próximo diz respeito a aferições do desempenho do processador em ferramentas de benchmark, como o Geekbench. Já existem alguns resultados animadores que comparam muito positivamente o A12 diante do A11 em circulação, mas eles carecem de confirmação.
Via Apple
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