Call of Duty: Black Ops 4 é o novo capítulo da famosa franquia FPS. O game, que chega para PS4, Xbox One e PC (via Battle.net), chega com dezenas de modos multiplayer online e sem um modo campanha. Será que a decisão foi a mais correta? Confira o review completo do jogo:
Era uma vez o Modo Campanha...
Depois de muitas reclamações por conta de enredo e tempo de duração, Black Ops 4 chega sem um Modo Campanha. Coube a Treyarch oferecer um vasto material multiplayer para compensar o preço do seu game - que continua o mesmo de um lançamento normal. Esse "vazio" é compensado pela quantidade de opções que as partidas multijogador trazem. Desde os modos mais antigos, até os mais recentes Zumbis e Blackout - que falarei mais adiante na análise.
A primeira impressão que tive é de estar diante de um jogo limitado. Sim, eu sou um ponto fora da curva e sempre fui fã das campanhas, embora tenha me decepcionado muito com o que foi apresentado nos últimos três jogos da franquia. Porém, ao mesmo tempo em que fui forçado a encarar os modos multiplayer online, mudei bastante minha opinião a respeito de boa parte deles, e percebi que eles sempre foram a cereja do bolo que sempre deixei no prato.
E para aqueles que perguntam se é possível jogar algo sozinho ou de uma maneira offline, a resposta é: sim! Black Ops 4 traz tutoriais que além de ensinar bastante sobre as novidades do game, também permitem que o jogador encare muitos desafios sem a necessidade de estar online ou com outros jogadores. Você pode participar de um treinamento — o qual recomendo muito — para conhecer cada uma das dez classes do jogo e até mesmo se familiarizar com alguns cenários, já que são os mesmos das partidas normais.
Novos e tradicionais modos
O novo Black Ops 4 mescla modos populares na franquia com outros que prometem muito, principalmente no que diz respeito ao cenário competitivo. São eles:
Assalto - Modo no melhor estilo Counter Strike. Nele, cada equipe começa com uma limitada quantia em dinheiro, onde precisa vencer partidas e evitar o abate para acumular mas grana e melhorar seu armamento. O intuito da partida é extrair uma mala de dinheiro primeiro do que o time adversário, ou eliminar todos os seus adversários na partida.
Controle - O modo alterna as equipes entre atacar e defender uma determinada área. Ele funciona de uma forma bem parecida com o popular modo do game Overwatch que possui o mesmo objetivo.
MME Caos - Sem dúvida o modo mais famoso da franquia, MME Caos traz um mata mata em equipe de seis jogadores contra seis da outra equipe. Vence o time que obter o máximo número de abates dentro de um determinado tempo.
Contra Todos - Outro popular modo que colocar de 6 a 8 todos contra todos. O seu objetivo é sobreviver o máximo de tempo possível eliminando todos os jogadores que cruzarem o seu caminho.
Captura - Mais um popular modo que marcar presença em Black Ops 4. Seu objetivo é capturar a bandeira do time adversário ao mesmo tempo em que protege a sua.
De todos eles, gostei demais de como Assalto é representado. Não vou entrar no debate se é ou não uma cópia de CS, mas é de longo o mais popular e disputado. Modos como Controle levam um certo tempo até que jogadores preencham todas as equipes, o que não acontece em Assalto, mostrando mais uma vez a popularidade que ele ganhou.
Blackout é o Battle Royale que esbanja qualidade
Uma das novidades mais aguardadas de Call of Duty: Black Ops 4 é o seu modo Battle Royale. Chamado de Blackout, ele coloca até 100 jogadores
E, para se destacar em um gênero no qual PUBG e Fortnite reinam absolutos, Black Ops 4 apostou no que faz de melhor: sua jogabilidade. Não há como negar a similaridade com os concorrentes, entretanto, quando o game começa para valer, é impossível não notar o quanto o game da Activision roda melhor e de uma forma mais natural.
Para começar, o modo roda a lisos 60 quadros por segundos até mesmo nos consoles (PS4 e Xbox One). A parte visual também não deixa a desejar, já que mesmo com um mapa enorme e repleto de detalhes, não há elementos sem detalhamentos ou estruturas simples. Ou seja, o mesmo visual de outros modos, como o antigo Campanha e os Multiplayers, se mantém inalterado em Blackout.
O que também diferencia o modo é a forma com que o jogo força as partidas a terminarem de uma forma mais rápida. A começar pelo recolhimento de itens e armamentos, que achei muito mais simples do que em PUBG, por exemplo. Praticamente todas os lugares do mapa me ofereceram um equipamento justo para iniciar o combate franco. Claro que, quanto mais eu vasculhei, melhores opções encontrei. A velocidade com que o círculo de proteção se movimenta também é mais rápida. Me arrisco a dizer que o tempo de uma partida de Blackout é metade do que uma de PUBG.
E para completar, a facilidade de encontrar veículos para uma locomoção mais rápida ajuda muito a iniciar o combate. Há carros, lanchas e até helicópteros que ajudam a atingir áreas mais distantes em tempos menores, porém, há sempre o fator exposição jogando contra. Em outras palavras, usar um desses meios de transporte faz com que outros jogadores descubram você mais facilmente no jogo. Entretanto, cabe a cada um decidir qual a melhor estratégia.
Acredito que não levará muito tempo para que Blackout seja uma referência no gênero. Talvez ainda demore um pouco por conta do seu preço, já que não é possível adquirir somente o modo separado.
Zumbis no Titanic, em Alcatraz e Arenas de Gladiadores
Black Ops 4 também é a confirmação de que o seu Modo Zumbi deixou de ser apenas um complemento e tornou-se um item obrigatório na franquia. Dessa vez, há quatro tipos de cenários para encarar as criaturas do inferno, como Cruzeiro do Desespero, que leva os jogadores para um confronto dentro do Titanic em naufrágio.
Por mais que seja um tanto absurdo ter que encarar os mortos vivos dentro da famosa embarcação, o enredo cai como uma luva para o modo. A começar pelo trajeto dentro do navio que ficou imortalizado nos cinemas. Há desde a parte externa onde o iceberg atinge em cheio o casco, até os corredores e a famosa escada onde muitos dos eventos o longo se passam por lá. Para completar, os monstros também trazem uma caracterização inspirada na obra de James Cameron, com vestimentas de funcionários e tripulantes. Confesso que procurei Jack e Rose, mas já deveriam estar à deriva no mar.
Com o game rolando, a dificuldade do modo é bem mais amena do que em outras versões. Há quatro níveis de configuração, cujo mais alta é impiedoso ao ponto do jogador não durar mais que cinco rodadas. A inclusão dos frascos e habilidades acaba criando um cara nova ao modo, fazendo com que ele seja mais tático do que o convencional, fazendo com que haja uma conversa antes da partida para organizar quem usará o que.
A grande novidade fica por conta da configuração de pilastras de habilidades. Você vai se deparar com quatro delas ao longo do cenário, e cada uma contará com um tipo de vantagem na qual você mesmo escolhe ao longo do jogo. Logo depois de uma série de partidas no Titanic, comecei a recordar mais facilmente da localização de cada um, o que me facilitou na hora de escolher qual habilidade pôr no pilar mais fácil de ser encontrado.
Além de Cruzeiro do Desespero, você também pode conferir os capítulos IX, que leva os jogadores a uma espécie de Arena de Gladiadores, e o Sangue dos Mortos, onde é preciso encarar a prisão de Alcatraz repleta de criaturas. Apesar do primeiro ser o mais divertido de todos, é interessante adentrar a famosa prisão, entretanto, achei o mapa um pouco confuso e sem grandes áreas de escapes.
Vale ressaltar que é possível jogar cada um desses modos de uma forma solitária com ou sem bots. Eles também funcionam de forma offline, o que também ajuda aqueles que buscam diversão sem a necessidade de estarem conectados.
Visual continua sendo um show a parte
A parte visual de Call of Duty: Black Ops 4 mantém o padrão de qualidade da série. Praticamente todos os seus cenários, independente do modo, trazem um nível de detalhamento que me agradou demais. E o melhor, mesmo diante de tantas informações, o jogo não perde em nenhum momento a sua velocidade e deixa de rodar a 60 fps.
A personalização do seu armamento também é muito bem representada. Agora você pode criar uma identidade única para suas pistolas, metralhadoras, etc, dando uma composição de cores e símbolos únicas. Essa possibilidade traz um elemento a mais, permitindo até mesmo que você inventasse uma marca de um clã para ser usadas nas partidas multiplayers.
E por fim, as animações antes de alguns modos, como o Zumbis, também agrada bastante. É divertido ver os acontecimentos que antecedem a presença das criaturas no Titanic, ou a movimentação dos monstros prestes a adentrarem a arena de combate no melhor estilo Gladiador.
Conclusão
Call of Duty: Black Ops 4 chega como um dos melhores jogos multiplayers da atualidade. Apesar de não contar com um Modo Campanha e trazer uma limitação para jogadores que preferem partidas offline, a inclusão de novos modos, de um Battle Royale viciante, e um modo Zumbi ainda mais divertido, justifica a aquisição do título.
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