A décima geração de processadores Core i3, Core i5 e Core i7 da Intel chegou em duas linhas: os Ice Lake e os Comet Lake. Ao todo, são 19 produtos voltados para notebooks, trazendo arquiteturas de 10 e de 14 nm, respectivamente. Em parceira com outra fabricantes, como Acer, Asus, Lenovo, Dell e HP, a Intel revelou os primeiros laptops que já vêm equipados com a nova geração de CPUs na IFA 2019, feira de tecnologia que acontece em Berlim, Alemanha, até o dia 11 de setembro. Os modelos de processadores têm algumas características em comum, como o suporte ao Wi-Fi 6 e padrão Thunderbolt 3.0, por exemplo, mas trazem diferenças pontuais.
As propostas do Ice Lake e Comet Lake, por exemplo, mudam de uma linha para a outra. Enquanto os Ice Lake têm como foco a Inteligência Artificial para otimizar os trabalhos, além da promessa de melhor desempenho gráfico, os Comet Lake trazem recursos para entregar o máximo de performance. Veja, a seguir, mais detalhes sobre os chips de 10ª geração da Intel e saiba como as duas linhas se diferenciam.
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Ice e Comet Lake?
Ice Lake e Comet Lake são os nomes dados pela Intel às duas arquiteturas usadas em processadores de décima geração da marca. A necessidade de duas nomenclaturas diferentes não é trivial, uma vez que cada uma corresponde a produtos bem diferentes em suas capacidades e nível de avanço tecnológico.
Os processadores Ice Lake, por exemplo, são os primeiros da Intel em um processo de manufatura de 10 nanômetros. Esses processadores são mais eficientes do ponto de vista de consumo de energia – algo sempre crucial em laptops – e contam com duas grandes novidades técnicas. A primeira é um conjunto de instruções que permite acelerar a performance de aplicações desenvolvidas com ferramentas de programação mais antigas. Já a segunda, é a presença das GPUs integradas Iris Plus.
Essas placas de vídeo são superiores às Intel UHD Graphics mais comuns, e podem ser vistas como alternativas competentes para quem busca um modelo capaz de encarar jogos. Mas, vale lembrar que, ainda assim, as Iris Plus da Intel ficam longe da performance de placas dedicadas mais musculosas, como os modelos de Nvidia e AMD, por exemplo.
A linha Comet Lake, por outro lado, tem perfil diferente. Usando um processo de manufatura mais refinado, de 14 nanômetros – nascido originalmente com a sexta geração de processadores da Intel em 2015, as CPUs Comet Lake atingem performance superior que as linhas anteriores. Apesar disso, não se beneficiam dos avanços tecnológicos introduzidos pelo processo de 10 nanômetros.
Modelos
Até o momento, somando tudo que a Intel apresentou da décima geração, o consumidor encontra um total de 19 processadores diferentes para notebooks. A gama é ampla e cobre desde unidades destinadas a ultrabooks com pegada mais portátil, o que em geral significa chips mais simples e econômicos, até unidades com vários núcleos e promessa de performance superior. Esses últimos são voltados principalmente para notebooks mais ambiciosos e as chamadas workstations móveis.
Como identificar?
Por ser comum encontrar anúncios chamando os processadores apenas de Core i3, Core i5 ou Core i7, por exemplo, o usuário pode ficar um pouco confuso na hora de diferenciar as duas linhas. Para isso, os modelos trazem nomenclaturas diferentes.
Os Ice Lake (10 nm) trazem a letra "G" e um número logo em seguida, que indica o tipo de GPU utilizada. Isso significa, que em linhas gerais, quem procurar notebooks com CPU Intel de 10ª geração e deseja boa performance gráfica e ma
A linha Comet Lake abriga dois grupos diferentes: a série Y, tradicionalmente usada pela Intel para processadores com performance e consumo elétrico bem mais baixos, deve aparecer nos ultrabooks super portáteis e em notebooks cujo design, espessura e portabilidade são cruciais. A série U dos Comet Lake deve ser comum em notebooks intermediários e em produtos com apelo mais versátil. Essa diferenciação também acontece nos chips Ice Lake, mas as letras "Y" e "U" não aparecem no nome dos modelos.
Fique atento a velocidade e consumo
Embora os pontos acima, referentes à nomenclatura dos processadores, ajudem muito na hora de diferenciar o perfil dos produtos, é importante destacar que a regra não é universal. Um processador como o Core i3 1000G1, por exemplo, ao usar um processo de fabricação de 10 nanômetros, pode ser mais eficiente do ponto de vista energético do que um Core i3 10110U, pertencente a uma linha que tradicionalmente foca mais em baixo consumo.
Por conta disso, uma boa saída para comparar os novos processadores da Intel é ir além da nomenclatura e também observar aspectos como o valor de TDP, que é um indicativo de eficiência energética relevante.
Outro ponto de atenção é a frequência com que os processadores trabalham. Em geral, os Comet Lake atingem velocidades maiores em relação aos Ice Lake. Entretanto, dada a forma como os chips atuam, isso não necessariamente significa que as CPUs com turbo mais alto sejam mais rápidas. Com uso mais eficiente de energia e suporte a tecnologias mais avançadas, os processadores de 10 nm podem ser mais rápidos, mesmo rodando a clocks inferiores.
Via Intel, Ars Technica, Digital Trends, PC World
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