Legends of Runeterra (LoR) é um jogo de cartas e tabuleiro para celulares Android e iOS, além de ter uma versão para PCs Windows, com personagens e referências ao universo de League of Legends (LoL). Pelo que se pode perceber, a Riot, desenvolvedora do game, planeja ampliar seu repertório de títulos chegando a estilos bem diferentes do LoL, mas sem perder suas características. O LoR, como não poderia deixar de ser, traz muitas semelhanças ao já badalado card game Hearthstone, apesar de ter alguns detalhes bem diferentes e algumas melhorias. Confira o review do game e saiba se vale a pena baixar no seu celular.

Como é o jogo?

O LoR é um jogo de cartas bem básico e padrão, lembrando principalmente o Hearthstone, mas também outros, como Magic The Gathering e Yu-Gi-Oh. Você cria um seu deck com as cartas que tem disponíveis, tentando criar uma sinergia entre elas para formar sua tática de jogo. Existem quatro raridades de cartas: Comum, Rara, Épica e Campeão. As cartas de Campeão são as mais diferentes, já que proporcionam a chance de "evoluir" durante o jogo.

Dentre essas raridades, estão as cartas de "criaturas" e as cartas de feitiço. Os decks são montados combinando ambas, com um limite de 40 cartas. Enquanto as criaturas atacam a defendem em campo, os feitiços trazem efeitos mágicos que podem mudar o rumo da partida. No fim das contas, os dois adversários tentam bater ao máximo no Nexus inimigo - o primeiro a conseguir zerar a vida do Nexus (20 pontos), vence.

Desempenho do game

Um dos pontos bem positivos do Legends of Runeterra é como ele roda nos celulares. Ao contrário do TFT Mobile, outro game da Riot lançado em 2020 para celulares, que não é tão otimizado em smartphones, o LoR tem um desempenho muito bom. Mesmo em um celular mais fraco e antigo (o teste foi feito em um Moto X4 de 2017, com Android 9, processador Octa-core de 2.2 GHz Cortex-A53 e 3GB de RAM), o game roda suave, sem travamentos e sem problemas até se jogado no 4G.

Logo a terra de carregamento, mesmo com uma animação rolando, carrega muito rápido. Se precisar alternar do jogo para algum app, como o WhatsApp, por exemplo, também é possível voltar e reconectar sem grandes problemas ou muita demora.

A configuração de celulares recomendada pela Riot é de 2GB de RAM, sistema operacional Android 5 ou superior e iOS 9 ou maior, e processador equivalente ou acima do Adreno 306 ou do Arm64. Ou seja, o game roda desde aparelhos bem simples aos mais avançados.

Gráficos e visual

Por ser um card game, os gráficos do game não precisam de fato ser tão realistas e avançados. A Riot aposta mais em uma pegada de humor e fantasia, bem parecido com o Hearthstone. As animações dos cards são bem legais, assim como os personagens e os menus. Tudo funciona muito bem, com uma ambientação bem leve e divertida.

Jogabilidade

As partidas do Legends of Runeterra são bastante dinâmicas e, como o jogo é leve, se desenrolam muito bem. Comparando com o Hearthstone mais uma vez, o game consegue ser ainda mais rápido e direto. Muitas vezes, conseguir ler os efeitos e o que significa cada palavra-chave da carta pode ser um pouco difícil pelo celular, mas é uma questão de tempo para que você pegue o jeito e não precise mais ficar toda hora abrindo cada caixinha de diálogo para entender os significados.

No geral, porém, a jogabilidade não se diferencia tanto de um card game padrão: existe um sistema de turnos, onde você tem que esperar para fazer seus movimentos e ir jogando suas cartas conforme tiver mana para tal. A cada turno, os dois oponentes vão aumentando gradativamente sua mana e conseguindo lançar cards mais fortes.

Uma das grandes difer

... enças em relação ao Hearthstone é a forma de bloqueio dos ataques inimigos. No game da Blizzard, você atacava e defendia mais livremente, enquanto no jogo da Riot é preciso ter uma certa arrumação do campo: você só bloqueia a carta que está posicionada à frente. Não é melhor e nem pior, mas simplesmente muda um pouco a dinâmica entre os games.

Diversão

O LoR consegue prender muito bem os jogadores. No seu menu principal, ele cria diversas chances para você conseguir desbloquear pacotes de cartas, baús e cápsulas. Ao vencer um jogo, você ganha experiência e pode ir conquistando as recompensas. Além disso, ao entrar no game diariamente, você também vai ganhando itens. É uma ótima forma de te manter jogando e sempre ligado.

Uma das coisas mais legais do LoR é o sistema de cartas coringas. Com esses cards, é possível desbloquear qualquer outro que você queira, contanto que tenham a mesma raridade. Assim, o game torna-se bem mais democrático, permitindo que você tenha acesso às melhores cartas mesmo sem precisar gastar dinheiro. Claro que as coringas de maior raridade não são fáceis de conseguir, mas pelo menos já é uma forma de facilitação.

As moedas (que são adquiridas com dinheiro real), aliás, parecem ser muito mais voltadas para "enfeites" do que para melhorar os decks em si. Com elas, é possível comprar novos avatares, terrenos, emotes e outras skins - nada que afete diretamente o jogo. Só vão te fazer chamar mais atenção quando for enfrentar um adversário online.

Conclusão

Apesar de estar longe de ser um jogo com grande originalidade, LoR cumpre muito bem seu papel como um card game e jogo de estratégia. É bem feito, roda muitíssimo bem no celular, tem uma dinâmica interessante e cria várias situações para fidelizar o público. Mesmo sem ter um grande diferencial, ele parece chegar para desafiar diretamente outros games da categoria, como o próprio Hearthstone. Como ambos os jogos são muito bem feitos e têm dinâmicas próximas, é questão de gosto saber se joga com os personagens de World of Warcraft ou de League of Legends.

Apesar de ter vários detalhes para se descobrir, como os efeitos dos personagem e o que certas palavras querem dizer, passar por isso não é uma situação penosa. Além disso, por ser um jogo novo, os jogadores ainda são fracos e os decks mais simples, então é uma boa chance para crescer e se desenvolver sem penar tanto contra inimigos muito avançados.



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