Philips Hue é o segmento da Philips que trata de iluminação inteligente. A marca oferece diversas opções de kits e lâmpadas no mercado brasileiro, prometendo deixar sua casa conectada de forma simples e prática. Com app completo e brilho forte, as luzes inteligentes da fabricante são referência no segmento, trazendo padrões como integração aos assistentes de voz Google Assistente e Alexa, além de permitir a criação de rotinas envolvendo outros dispositivos IoT.
Apesar disso, alguns pontos específicos podem deixar a desejar, como a “dependência” de um hub de casa conectada para funcionar e a necessidade de ter outro app para controlar as luzes via Bluetooth. O TechTudo testou o Starter Kit A60 com três lâmpadas e uma Hue Bridge e conta a seguir os principais pontos positivos e negativos do sistema de iluminação da marca.
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Pontos positivos
Luz forte e com boas opções de cor
Ao comparar os bulbos da Philips Hue com os de outras marcas concorrentes no Brasil, foi possível perceber uma boa diferença na iluminação durante o dia a dia. No Starter Kit A60, são três lâmpadas de 9 Watts e 806 lúmens, todas no padrão E27.
Em relação ao brilho, o número é inferior a alguns rivais, caso da opção da Pixel TI, por exemplo, mas idêntico ao que promete a Smart Lâmpada Wi-Fi da Positivo Casa Inteligente. Apesar disso, ao comparar a experiência com os diferentes produtos, é possível afirmar que a iluminação dos bulbos da Philips teve leve vantagem quanto à força da luz.
Já em relação às cores, é interessante observar que os modelos seguem um padrão do segmento, com diversas opções. O diferencial fica por conta de estilos predeterminados, que simulam desde cenários naturais, como “Pôr do Sol”, “Crepúsculo”, até modos próprios para relaxar, concentrar ou dormir com mais facilidade.
O usuário também pode escolher a cor de forma “manual”, a partir de uma espécie de círculo cromático com milhares de alternativas. E, diferente de alguns concorrentes diretos, os produtos da Philips se mostraram bastante fidedignos ao reproduzir os variados tons.
App completo e integração rápida
Reforçando o fato de ser referência nesse mercado, a Philips Hue tem um aplicativo bastante completo. Se as opções predeterminadas de cor já são um diferencial, a possibilidade de integrar suas luzes a dispositivos de mídia para acompanhar a iluminação nas telas ou seguir as músicas é bastante interessante.
Vale lembrar aqui que é necessário ter um hub Hue Sync para utilizar esse recurso na TV, enquanto o recurso fica disponível via app para computador. Há ainda a possibilidade de integrar o serviço a dispositivos da Razer, algo bastante interessante para criar um ecossistema gamer em torno do seu PC, por exemplo.
Outro destaque do software é a possibilidade de acessar alguns padrões “experimentais” da Philips via Hue Labs, sendo necessário baixar conteúdos como a simulação de luz do sol ou de presets de iluminação externa. Além do app principal, a fabricante também oferece outras opções,como programas voltados para tipos de uso específicos, como festas e jogos.
A parte de rotinas, por sua vez, segue o padrão esperado, e o usuário pode agendar horários para ligar ou desligar as luzes, ativar controles quando estiver fora de casa, criar padrões de uso, entre outros exemplos.
As lâmpadas da Philips também podem ser controladas por meio de comandos de voz com Google Assistente ou Alexa. O serviço aparece inclusive com certo destaque tanto no app da Amazon quanto no Google Home, facilitand
A partir disso, é possível não apenas ligar ou desligar as luzes simplesmente falando com caixinhas de som inteligentes Nest Mini, Echo Dot, entre outras, mas também há um leque maior de opções de uso, já que os dispositivos ficam ligados em uma rede com aparelhos de todos os tipos.
Dessa forma, é possível criar padrões como ligar a luz automaticamente ao entrar em casa destravando uma fechadura inteligente ou até criar uma rotina para facilitar o sono à noite juntando temperatura do ar-condicionado e a iluminação.
Instalação simples
O kit testado pelo TechTudo foi o Starter Kit A60, com bulbos E27. Esse tipo de conexão é o padrão no Brasil, sendo muito fácil substituir uma lâmpada comum pelo produto inteligente. O conjunto também inclui um hub para conectar as luzes, que traz apenas um botão e três LEDs que indicam status referentes à conexão. Para adicionar os dispositivos ao serviço pelo app, basta criar uma conta, registrar a Hue Bridge e adicionar as lâmpadas.
Os modelos ficam em modo de pareamento ao ligar/desligar o interruptor algumas vezes, o que varia de conexão via Wi-Fi para Bluetooth. De qualquer forma, não é necessário ser nenhum especialista no assunto para instalar o sistema, e outra opção é inserir o número de série dos bulbos pelo app. A partir daí, o usuário já pode configurar as luzes, integrar a iluminação aos serviços de casa conectada, entre outros exemplos.
Pontos negativos
Preço ainda alto
Muito por conta da proposta premium, as luzes da Philips Hue têm preços mais altos frente aos concorrentes. Vendidas em kits ou separadamente, no caso das opções com Bluetooth, as lâmpadas custam a partir de R$ 359,99 no varejo nacional, sendo encontrada em versões de 9 ou 9,5 Watts. Já o Starter Kit A60 que utilizamos durante os testes tem valor mínimo de R$ 1.096, trazendo três bulbos e uma Hue Bridge.
Atualmente já existem marcas brasileiras oferecendo produtos com a mesma proposta por preços bem abaixo. A recém-lançada Smart Lâmpada Retrô, da Positivo, por exemplo, está disponível para comprar no site da fabricante por R$ 149, enquanto o bulbo comum, com 10 Watts de potência, aparece no e-commerce a pelo menos R$ 109.
Já a Pixel TI, outra marca que concorre na categoria, oferece sua lâmpada inteligente por mais, começando em R$ 299, enquanto a linha Smarteck, da Steck, tem um bulbo à venda por a partir de R$ 109. Portanto, se a ideia é começar a deixar a casa smart pagando menos, pode ser mais interessante buscar por fabricantes nacionais - mas sempre considerando a qualidade do produto em si.
Mais difícil sem a Hue Brige
A lâmpada disponível por a partir de R$ 359,99, vendida sozinha, provavelmente será a opção de quem quer dar início a um ecossistema de iluminação inteligente. Sua vantagem, de acordo com a Philips, é a possibilidade de conectar diretamente ao celular Android ou iPhone (iOS) via Bluetooth, facilitando a experiência e dispensando a necessidade de uma Hue Bridge ou outro hub IoT para utilizar o modelo.
Isso é, de fato, um facilitador, já que rivais de Positivo e Steck, entre outros, oferecem apenas produtos com conectividade Wi-Fi. Mas, por outro lado, o usuário só consegue aproveitar de fato as integrações de casa conectada se tiver uma forma de conectar todos os serviços.
A marca fala em conectar até 10 dispositivos de luz em uma mesma conta pelo app, que tem versão própria para usar os produtos via Bluetooth. Portanto, caso a ideia seja ter um sistema de iluminação todo com dispositivos da marca, isso faz sentido. Mas, ao optar por acessórios de outras fabricantes, mesmo restringindo a itens de iluminação, o usuário vai precisar trocar de aplicativo a todo momento, já que não será possível integrar os serviços.
Há soluções para quem não quiser comprar um kit completo, já que a Hue Bridge não é vendida separadamente. Usuários com caixas de som inteligentes como as Echo Show e Echo Studio, da Amazon, que funcionam como hubs independentes, podem integrar os serviços sem ter a ponte da Philips.
Há ainda roteadores com suporte a conexões IoT, muitas vezes trazendo padrões de segurança como ZigBee. Dessa forma, não se faz necessário ter uma Hue Bridge para usar os produtos, mas a experiência também fica limitada aos apps Alexa e Google Home.
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