FIFA 21 é o novo simulador de futebol da Electronic Arts, que será lançado no próximo dia 9 de outubro. O game fica disponível para Playstation 4 (PS4), Xbox One e PC (Origin) com preço de R$ 299, em versões que também vão funcionar na nova geração de consoles com Playstation 5 (PS5) e Xbox Series X/S, que chegam em novembro deste ano. Entre as principais novidades do FIFA, vale destacar a jogabilidade, que mudou consideravelmente em relação à versão de 2020, e os menus de FUT e modo carreira, que ganham opções de gerenciamento dos clubes, jogadores e até estádios.
Outra mudança significativa vem na possibilidade de entrar e sair livremente de partidas simuladas, no melhor estilo FIFA Manager, enquanto o modo Volta ganha mais estrelas para jogar. O TechTudo testou o FIFA 21 e traz o review completo da nova versão do simulador da EA Sports.
Quer comprar jogos, consoles e PC's com desconto? Conheça o Compare TechTudo
Maior realismo até contra a máquina
Quem joga FIFA há algum tempo já percebeu as diferenças entre um jogo contra a máquina, independente do tipo de partida, e contra outra pessoa em modos online. Na nova versão do game, a EA tentou diminuir esse gap nos dois níveis mais altos de dificuldade, trazendo um modo competitivo.
Essa opção, que pode ser ligada ou desligada nas configurações do game, faz com que os jogadores controlados pelo computador tenham ações mais inteligentes, baseadas sobretudo no estilo de jogo dos principais pro players de FIFA no mundo.
Na prática, são muitos dribles na entrada da área, cruzamentos na hora certa e ataques mais objetivos – e, basicamente, você que lute. Isso, somado a um sistema de marcação que já era complicado, dificulta bastante a vida de quem está jogando, mesmo se tiver alguma experiência no game. Mas, vale lembrar: basta desligar o recurso que as dificuldades tradicionais continuam ali presentes.
Além desse modo competitivo, a máquina também conta com recursos de Inteligência Artificial para fugir de jogadas óbvias, principalmente passes e cruzamentos. O posicionamento dos atletas que não estão sendo controlados também está levemente mais inteligente, facilitando estratégias de bola enfiada ou cruzamentos para a área, entre outros exemplos.
Marcação e controle de bola
Voltando à marcação, as disputas de corpo, como já vem acontecendo há algum tempo, estão mais realistas, assim como bolas aéreas – algo que pode ser bom e ruim ao mesmo tempo. Para conter um ataque com a bola rolando, é uma boa ideia chamar um companheiro de equipe para marcar.
Mas o que acontecia de forma simples, com um segundo marcador correndo na direção do adversário, agora ficou mais complicado. O mesmo comando permite apenas uma contenção, em que o jogador cerca o oponente, e, para dar o bote, o usuário precisa trocar o comando. Em jogadas de alta velocidade, por exemplo, essa característica pode atrapalhar bastante.
Já jogou a Libertadores no FIFA? Conheça o modo feito em parceria com a Conmebol:
Outra novidade é o controle de bola, que tem mais estilos disponíveis. L1, R1 e L2 (ou LB, RB e LT, no Xbox) trazem formas diferentes de levar a bola, seja com a mesma bem próxima ao corpo ou com ajeitando a mesma de forma mais brusca, mas ainda com ela por perto. Essas novas virtudes permitem tanto escolher uma preferência quanto lidar com diferentes situações dentro do jogo.
Além disso, a puxada de bola, disponível nos últimos games da franquia pelo R1, agora precisa de L1 e R1 pressionados ao mesmo tempo, corrigindo um aspecto até um pouco forçado do FIFA.
Para quem prefere um estilo de jogo mais baseado na posse de bola e com enfiadas certeiras de bola, agora
Deu ruim na simulação? É só entrar em campo
Dependendo do modo de jogo, uma simulação cai super bem. Jogar todas as partidas de uma temporada pode ser um pouco cansativo após algum tempo, e muitas vezes o usuário quer avançar no jogo e pegar adversários mais desafiadores, por exemplo. Mas, em outras versões do game, não há muito a fazer: no máximo é possível assistir ao desenrolar da partida e acompanhar a sucessão de acontecimentos. Isso muda no FIFA 21.
Agora, é possível escolher entre jogar a partida completa, simular ou até fazer uma simulação rápida, que pula o jogo e mostra o resultado em poucos segundos. Seja começando um jogo ou escolhendo a simulação normal, o usuário pode, a qualquer momento, entrar ou sair de campo e acompanhar a partida como um treinador.
Dessa forma, é possível realizar alterações, mudar formações ou até pedir para o time ser mais agressivo sem estar no jogo em si. Mas, caso seu time tome um gol e não esteja correspondendo às mudanças, é possível ir a campo e resolver, literalmente, na bola.
Ao mudar de um para o outro, uma contagem regressiva aparece na tela, em que o sistema reproduz as condições simuladas até ali apenas em números e símbolos representando os personagens do jogo.
Modo carreira ainda mais 'FIFA Manager'
A parte "visual" do modo carreira mudou bastante nos últimos anos. A EA investiu na parte de criação de personagens, trazendo treinadores e treinadoras que podem ser customizados de acordo com as preferências do usuário. A novidade do FIFA 21 é bem mais técnica, e está ligada ao desempenho dos jogadores dentro de campo.
Estão presentes conceitos que lembram simuladores de Manager, como o próprio FIFA Manager, que foi descontinuado na versão 2014. Dessa forma, o game permite uma gama de novas ações que vão além de comandar a equipe no gramado.
As estratégias de treino, permitem selecionar treinamentos durante a semana e definir o que será trabalhado naquele determinado dia, permitindo ajustar três aspectos: nitidez, físico e humor dos atletas. Assim, o usuário precisa definir se comandará treinos todos os dias, ou se dará um descanso reforçado após o jogo, influenciando diretamente a reação dos jogadores.
Muitas sessões de prática seguidas, por exemplo, vão irritar alguns jogadores, além de deixá-los mais cansados para a próxima partida. Mas, ao não treinar, os atletas vão ficar com um nível menor de nitidez, diminuindo as chances de uma boa exibição em campo. Essa característica vai aumentar bastante o tempo de jogo no modo, mas é um prato cheio para fãs da franquia voltada para gerenciamento de clubes da EA.
Além dos treinos, a forma com que jogadores vão se desenvolver também pode ser alterada pelo treinador. Alas podem ser mais defensivos ou buscar mais a bola no meio de campo, assim como atacantes podem treinar para melhorar aspectos que deem maior controle de bola para também servir seus companheiros. Controlar as habilidades que vão perder pontos em atletas mais velhos também é uma possibilidade bastante interessante.
FUT com novos menus e mais opções online
O menu e as possibilidades de edição do Ultimate Team, modo equivalente ao myClub do PES, também ganharam mudanças interessantes. Ao invés de seguir a interface geral do jogo, são três seções separadas nessa modalidade.
Em uma delas é possível controlar o time e suas possíveis contratações, enquanto outra dá acesso a uma área com configurações gerais e uma visão mais clássica de diferentes opções de jogo, torneios, e um novo modo Co-op. Também ficou mais fácil chamar amigos para jogar, com uma espécie de pop-up no menu principal com diferentes opções de partida.
Por fim, o game permite selecionar diversas configurações relacionadas ao clube e à torcida, indo desde visual do estádio até cantos de torcida, além dos já tradicionais cards de bola, uniformes e escudo do time.
Não há muitas mudanças na estrutura do modo, que ainda traz os Desafios de Montagem de Elenco (DME), Squad Battles, torneios online e o estilo de construção da equipe, que deve levar em consideração nacionalidade, liga em que cada jogador atua e outros aspectos.
VOLTA
Já o VOLTA, uma espécie de novo FIFA Street que vem no simulador desde a edição passada, também tem mudanças pontuais. Entre elas, vale destacar um leque maior de opções para criar e customizar os jogadores do seu time, além da participação de diferentes personalidades do mundo da bola, indo desde jogadores de fato até freestylers e influenciadores.
Agora também é possível jogar online contra amigos no campo menor, além de ter opções como o modo Co-op e simples amistosos nas principais cidades do mundo, incluindo Rio de Janeiro e São Paulo.
Usuários podem jogar com craques como Kaká, Zidane e Lampard, que já aparecem como estão hoje em dia, e Cantona, que vem mais novo na modalidade – o francês também aparece como Icon no FUT. Além disso, jogadores atuais também estão mais participativos, com nomes como Mbappé, do PSG, e Alexander-Arnold, lateral do Liverpool, como alguns dos destaques.
Essa integração entre o VOLTA e o restante do game também aparece no menu de amistosos, que permite jogar uma partida em campo pequeno com equipes disponíveis no modo tradicional do game.
Em relação à jogabilidade do modo “street”, a sensação é de um jogo mais fluido e menos robótico. Se no primeiro tudo era resolvido em segundos e a partida seguia em um ritmo frenético, agora o game parece um pouco mais realista, com fintas e movimentos bem definidos.
Times brasileiros e nova narração
Mais uma vez, o game vem sem jogadores que atuam no futebol brasileiro de forma licenciada. Algumas equipes sequer aparecem no jogo, mesmo com a parceria entre EA e Conmebol para trazer times de Libertadores e Copa Sul-Americana ao FIFA – caso do Corinthians, que ficou de fora das duas competições em 2020. Além disso, há um novo clube genérico na liga brasileira, o Oceânico FC, que não tem nenhum equivalente real no país.
Apesar disso, a EA traz alguns aspectos que lembram ainda mais as equipes em campo. Um exemplo é o uso de números “incomuns” em times titulares, com um camisa 27 no Flamengo, remetendo ao atacante Bruno Henrique, e um camisa 14 no Vasco, utilizada por Germán Cano na vida real.
Para equipes que jogam a Libertadores em 2020, há ainda uma narração específica da dupla brasileira, Gustavo Villani e Caio Ribeiro, dialogando diretamente com os torcedores do time campeão. O Flamengo, por exemplo, tem um trecho do hino cantarolado, enquanto o Palmeiras é lembrado como maior campeão nacional.
Essa nova narração brasileira também merece um destaque. A chegada de Gustavo Villani foi bastante positiva, trazendo, de fato, a emoção que é possível acompanhar nos canais do Grupo Globo. Seus bordões estão presentes e o estilo é bastante descontraído, como contou Villani em entrevista ao TechTudo.
Na ocasião, Guga falou sobre os desafios ao substituir Tiago Leifert como narrador da franquia e citou que teria optado por um estilo mais “sério” – pelo menos em relação ao antigo dono da posição –, mas sem deixar a descontração de lado.
O trabalho foi muito bem feito e os jogos têm um tempero a mais com os comentários da dupla. Apesar disso, o game em si decepcionou um pouco ao selecionar as falas de ambos. Além das falas repetidas ao longo de uma única partida, há um atraso nas reações que incomoda em alguns momentos.
A nível de América do Sul, vale destacar as feições realistas de jogadores de quatro clubes, mantendo o que já acontecia com a DLC da Libertadores no FIFA 20: Racing e Independiente, da Argentina, além de Universidad Católica, do Chile e Millionarios, da Colômbia. Os dois clubes hermanos têm inclusive seus estádios representados fielmente no game e podem ser utilizados livremente no modo carreira – o que não acontece com as equipes brasileiras que entram pela parceria com a Conmebol.
Gráficos e playlists
Apesar de não trazer muitas melhorias em relação ao FIFA 20, os gráficos em FIFA 21 apontam para uma adequação à nova geração de consoles. Enquanto jogadores parecem cada vez menos bonecos e ficam com aspectos mais reais, os torcedores pararam um pouco no tempo e seguem com padrões simplificados. Apesar disso, vale elogiar a ambientação dos estádios, que dá uma certa saudade das arquibancadas do mundo real.
A seleção de músicas feita pela EA também chamou atenção. Se historicamente o FIFA traz músicas não tão desconhecidas e praticamente lança alguns hits ao mundo, dessa vez a desenvolvedora incluiu diversos lançamentos recentes do pop mundial.
Entre eles, vale destacar "Me Gusta", da Anitta, e duas faixas da Dua Lipa que fazem parte de seu último álbum, Future Nostalgia. Artistas como Tame Impala, Diplo e outros nomes conhecidos também estão presentes. As playlists são separadas entre VOLTA e o jogo em si, mas é possível mesclar ambas para ouvir os diferentes estilos selecionados para o game.
Preço e disponibilidade
O FIFA 21 fica disponível para Playstation 4 (PS4), Xbox One e PC, via Origin, com preço de R$ 299. Na PSN, da Sony, o game aparece em uma versão para PS4 e PS5, já visando a substituição de console por parte dos usuários. Por lá, o game aparece 10 centavos mais barato, a R$ 298,90. A Microsoft faz algo parecido com a opção para os novos Xbox Series X/S, que também é compatível com a geração atual. Já membros da EA Play pagam menos: R$ 269,01. O game já está em pré-venda e chega às lojas no próximo dia 9 de outubro.
Por que alguns jogadores passam a bola diferente no FIFA? Tire suas dúvidas no Fórum do TechTudo
>>> Veja o artigo completo no TechTudo
Mais Artigos...
- Beta fechado de Valorant faz sucesso e enfrenta problemas nos servidores
- App falso do Telegram para Android foi baixado mais de 100 mil vezes
- Asus lança Chromebook 2 em 1 e exibe modelos 'tops' em feira no Brasil
- Review JBL Quantum 400: fone gamer traz muitas funções e só erra em detalhes
- BRB Fla: como abrir conta no banco digital e solicitar cartão de crédito
- Notebook gamer MSI: veja cinco modelos e preços disponíveis no Brasil
- Dia das Mães: veja lista com dez presentes tech
- Como ocultar foto no Facebook de quatro formas diferentes pelo celular
- Vídeo de PES 2016 mostra os melhores jogadores lendários do myClub
- Rainbow Six: Siege: relembre nerfs polêmicos do jogo da Ubisoft