Call of Duty: Black Ops Cold War é o mais novo jogo da famosa franquia da Activision, lançado no dia 13 de novembro de 2020. Disponível para PlayStation 5 (PS5), Xbox Series X/S, PlayStation 4 (PS4), Xbox One e PC, o FPS marca o retorno da série Black Ops às suas origens: a Guerra Fria.

Com clara aposta em nostalgia para os antigos fãs da série Black Ops, o título já chegou quebrando um recorde: sua versão digital foi a mais vendida da história da franquia no dia do lançamento. O TechTudo testou o novo Call of Duty em um PS4 e conta, nas linhas a seguir, as principais impressões do jogo.

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História

Antes de começar a jogar, é interessante entender a linha do tempo da série Black Ops. O novo Call of Duty retorna aos tempos da Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética, foco do Black Ops original de 2010, e é uma continuação direta dos acontecimentos daquele game, marcando o retorno de personagens como Alex Mason e Frank Woods.

A notícia é boa para fãs antigos da série que não se identificam com as pegadas futuristas de alguns sucessores. Pensando neles, o novo jogo tem como uma de suas apostas a nostalgia. Logo no início da campanha, por exemplo, é preciso pilotar um RC-XD, o famoso "carrinho" da série, para destruir um objetivo distante.

Inspirada por eventos reais, mas com personagens fictícios, a história é focada no espião da CIA Russell Adler. Ele é autorizado pelo presidente dos EUA Ronald Reagan a montar uma operação para captura do soviético Perseus. Além de Woods e Mason, Adler recruta o agente Bell, controlado pelo jogador.

Entre as novidades, o game traz a possibilidade de personalizar o personagem que joga a campanha, além de cenas com múltiplas opções de diálogo. O jogador pode decidir o que seu personagem faz ou fala, alterando um pouco o rumo da história, que possui mais de um final.

A história é envolvente, e a possibilidade de interferir nos diálogos dá uma leve sensação de imersão. Algumas missões têm partes em modo stealth, que podem pedir uma dose extra de paciência para completar (sair atirando é uma opção, mas pode ser um desafio nos níveis Hardened ou Veteran). Também há casos em que os objetivos são pouco intuitivos e precisam ser encontrados pelo cenário.

O jogo traz ainda missões paralelas que não são obrigatórias. É possível coletar "evidências" ao longo de algumas das missões principais, de modo a permitir a resolução dessas "side missions". Quem assiste a filmes e séries ambientados na Guerra Fria deve sentir o clima de espionagem proposto pelo jogo.

Modos de jogo

O Call of Duty: Black Ops Cold War traz os já consagrados modos de Campanha, Multiplayer e Zombies, além de um atalho para a modalidade gratuita Warzone. Além da Campanha, tratada no tópico anterior, boa parte dos olhos dos fãs sempre vão para o Multiplayer.

Nele, algumas novidades curiosas, como cada time chegar em um tanque ou helicóptero para a partida, em vez de simplesmente aparecerem "do nada" no mapa. No início de cada partida, fica claro em que local o jogo ocorre: se na Berlim da Alemanha Oriental, em Miami ou na União Soviética, por exemplo.

Alguns mapas facilitam a vida dos campers, e algumas armas também favorecem os mais "apelões". Nos primeiros dias de jogo, já é possível encontrar players fazendo quick scope, explorando os diversos explosivos ou "camperando" em cantos estratégicos do mapa. Quem gosta de sair correndo por aí que fique atento.

Entre as armas, aliás, algumas opções clássicas como

... MP5, AK-74u, M16, AUG, RPD e M60, além das pistolas 1911 e Magnum e do acessório Tomahawk, por exemplo. Não há uma infinidade de armas, mas o modo Gunsmith traz muitas opções de personalização para cada uma delas.

O modo Zombies retorna, por enquanto com apenas um mapa tradicional, com a opção de limitar o jogo a 20 rounds ou não. A clássica música Damned, dos menus de Zombies da série Black Ops, marca presença. Além do mapa principal, o Dead Ops Arcade também está de volta e é uma excelente opção para se divertir com amigos.

Gráficos e som

O novo Call of Duty tem o desafio de ser compatível com duas gerações de consoles, podendo ser considerado um jogo "de transição". Nos testes do TechTudo, realizados em um PlayStation 4, os gráficos não fizeram feio. Alguns cenários possuem imperfeições, mas demonstraram muito potencial para a versão do PS5.

Aliás, aqui um ponto muito importante: a versão digital "padrão" para PS4/Xbox One não garante a edição otimizada para PS5/Xbox Series X. É preciso comprar a versão Cross-gen ou a Ultimate para poder jogar nas duas gerações de consoles com todo o potencial que elas oferecem.

No quesito som, o jogo tem efeitos bem interessantes, mas alguns com volume padrão muito mais altos que outros. Ao definir um volume bom para os diálogos, por exemplo, há o risco de os tiros que você leva ficarem muito, muito altos. É possível fazer alguns ajustes nas configurações de áudio do game.

No mais, contornadas as diferenças, a experiência sonora é bem interessante, principalmente se você tiver à disposição um home theater ou um bom headset gamer.

Jogabilidade

Este ponto é fundamental em um jogo como o novo Black Ops. O game é mais um capítulo da franquia Call of Duty e precisa agradar os jogadores fiéis, que migram de título a cada lançamento. Em contrapartida, por ser uma continuação direta de um jogo de 2010, é interessante atender também às demandas dos antigos players.

Não há grandes mudanças em relação aos títulos mais recentes da franquia, mas vale pontuar que o jogo é desenvolvido pela Treyarch, a mesma de toda a série Black Ops, e pela Raven Software. A "pegada" da jogabilidade é um pouco diferente de games da Infinity Ward, responsável por Modern Warfare, por exemplo.

Durante a Campanha, eventualmente são usados dispositivos como câmeras ou é necessário abrir ou fechar portas, às vezes violando uma fechadura com um clipe — nada muito complexo. Contribui para o clima de espionagem, mas pode ser um pouco irritante para os que preferem combate a todo tempo.

A inversão dos botões de mira/tiro e granada está disponível, o que é importante para os fãs mais antigos, e mais uma vez é possível configurar a sensibilidade do controle analógico até o 14 (insane), padrão máximo na maior parte dos jogos da franquia.

Conclusão

Se você é um antigo fã da série Call of Duty: Black Ops, terá uma experiência interessante no novo jogo. Acompanhando a evolução da franquia, o BOCW é bem diferente e mais complexo que o Black Ops de 2010, mas o game pode valer pela nostalgia e pela possibilidade de jogar um novo CoD na nova geração de consoles.

Os mais fiéis, que acompanham os novos Call of Duty ano após ano, também têm motivos para migrar. Call of Duty: Black Ops Cold War representa o retorno às origens de uma série importante da franquia.

Além disso, o tema Guerra Fria ganha ainda mais relevância com o cenário geopolítico atual, em que alguns especialistas já consideram o conflito comercial entre Estados Unidos e China uma espécie de "Segunda Guerra Fria". Jogos com temática histórica são sempre bem-vindos.

Via VG247

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