O início da década de 2010 foi de consolidação das redes sociais como meios de comunicação e interação. Naquela época, os smartphones ainda estavam em ascensão. Por isso, era no computador que os usuários conversavam e curtiam os acontecimentos dos amigos. Além disso, o cenário era diferente e alguns dos aplicativos consolidados hoje, como Instagram e WhatsApp, sequer faziam sucesso, embora já existissem. Por outro lado, algumas das plataformas mais populares da época já foram até desativadas, como o Orkut e o MSN. A seguir, relembre sete redes sociais que bombavam em 2010.
O TechTudo comemora 10 anos em dezembro de 2020! Desde o seu surgimento, em 2010, o site vem descomplicando a tecnologia para você e assim se consolidou como o maior portal de technology news do Brasil, segundo a Comscore. Para comemorar a data, o site lança uma série especial para relembrarmos como a tecnologia evoluiu nesse tempo. E conte com o TT para descobrirmos juntos o que nos aguarda pelos próximos anos!
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1. Orkut
No topo em 2010, o Orkut já começava a dar indícios de decadência. A rede social foi criada em 2004 e pertencia ao Google - seu nome foi dado em referência ao engenheiro turco que projetou o sistema, Orkut Büyükkökten. A versão em português surgiu um ano depois. Em 2008, o site ganhou a funcionalidade do bate-papo, que permitia navegar e conversar com seus amigos.
Como o grande público do Orkut era brasileiro, em 2008, o Google anunciou que o Google Brasil passaria a ter controle mundial sobre a rede social. As comunidades eram o grande atrativo do site e reuniam fãs de um assunto para debates com fóruns, enquetes e eventos que reuniam pessoas do Brasil inteiro. Além disso, os atributos, também populares, eram uma forma de “classificar” os usuários em níveis de “confiável”, “legal” e “sexy”.
Dez anos depois de seu lançamento, a rede social foi desativada. Segundo pesquisa da Experian Hitwise, o Orkut perdeu cerca de 95% dos acessos fixos no Brasil em um período de três anos entre 2011 e 2013. A rede mais popular do país, em abril de 2011, tinha aproximadamente 50% dos acessos entre os internautas brasileiros, mas foi ultrapassada pelo Facebook ao longo do tempo. Em abril de 2013, os usuários fixos do Orkut foram reduzidos a 2%. Em junho de 2014, a plataforma foi desativada.
2. Twitter
Popular e consolidado em 2020, o Twitter buscava seu espaço em 2010. Criada em 2006, a rede passou por diversas mudanças até chegar no produto de hoje. De início, a ferramenta permitia mensagens (tuítes) de até 140 caracteres, mas em 2017 passou para 280. Em 2008, Barack Obama usou o Twitter para agradecer os eleitores quando se tornou presidente dos Estados Unidos e, em 2009, as eleições do Irã também ajudaram a aumentar a popularidade da plataforma. A rede social se tornou um lugar onde os usuários comentavam quase que instantaneamente sobre o que acontecia no mundo.
Em 2010, os assuntos mais comentados do Twitter envolviam personagens brasileiros. Entre as “Pessoas/Celebridades”, Dilma Rousseff, então presidente eleita, foi o segundo tema mais comentado do ano no Brasil, atrás apenas de Justin Bieber. Nesse ano, o Twitter chegou a registrar cerca de 65 milhões de tuítes por dia.
Em 2011, o Twitter foi traduzido para diversas línguas, inclusive o português, e a atualização ajudou a popularizar a rede social no Brasil. Entre as principais funções, a rede social oferecia o “retweet”, uma forma de compartilhar uma mensagem de outra pessoa para o próprio ciclo do usuário. Além disso, com o tempo, outros recursos foram adicionados, como a Twitter List (lista que funciona como um “grupo” para ler tuítes de determinadas pessoas), e os Trending Topics, que mostram os assuntos mais quente
3. MSN
Em 1999, nasceu o MSN, serviço de mensagens da Microsoft. Em 2010, o mensageiro chegou à 11ª versão, o “Windows Live Messenger 2010”. Esse novo modelo tentava se modernizar, visando a integração com outras redes sociais, e só rodava em Windows Vista e 7. Segundo a Microsoft, em 2009, a aplicação estava disponível em 36 idiomas e cerca de 330 milhões de pessoas entravam no mensageiro por mês.
Em uma época sem aplicativos de mensagens famosos, o MSN se consagrou como o mensageiro mais popular da Internet. Além de conversar por texto, os usuários também podiam fazer chamadas de vídeo, ligando a webcam, e mandar figurinhas interativas, os “winks”. Além disso, era possível podiam jogar paciência, campo minado e jogo da velha enquanto conversavam.
Em 2010, era comum fazer a tela do amigo balançar quando usava a função “chamar atenção”, para que o usuário fosse notificado para responder uma mensagem, ou colocar uma música em seu status. Entretanto, o MSN foi descontinuado pela Microsoft em 2013 e o programa foi incorporado ao Skype.
4. Foursquare
O Foursquare é uma rede social relacionada à geolocalização, onde os usuários faziam “check-in” nos lugares em que visitavam. Assim, sua localização aparecia no site e também no Twitter e Facebook, caso estivesse conectado a esses serviços. A aplicação também era suportada em celulares com os sistemas Android, iOS, Windows Phone, BlackBerry e Symbian. Além disso, os usuários tinham trajetos e comentários sobre o lugar.
A rede social também dava medalhas, como uma espécie de conquista de um jogo, conforme a pessoa fazia check-ins. Essas medalhas classificavam os usuários como “Prefeito” ou “Superestrela” de algum lugar, por exemplo, de acordo com o número de vezes que a pessoa visitava e mostrava aquela localização no Foursquare.
Criado em 2009, o Foursquare registrou um crescimento de 3.400% no ano seguinte, em que contava com aproximadamente 5 milhões de usuários. Em 2011, o número de pessoas na rede social chegou a 15 milhões. A rede social ainda existe, mas, em 2014, foi “dividida” em dois aplicativos diferentes. Um manteve o nome de Foursquare, responsável pela parte geográfica, com mapas, e o Swarm, que era a parte que manteve a gamificação da rede social, com os sistemas de pontuação e medalhas.
Veja também: quatro coisas que você nunca deve postar nas redes sociais
5. MySpace
O MySpace é uma plataforma com um sistema interno de e-mail, fóruns e grupos. Já foi a rede social mais popular do mundo, em um período de 2005 a 2008. No auge, em 2005, o MySpace foi comprado por US$ 580 milhões pela News Corporation, dona da FOX. Seis anos depois, quando já estava começando seu declínio, a rede social foi vendida por US$ 35 milhões.
O site contava com boletins, espécie de recado que o usuário deixava em um quadro para que seus amigos pudessem ver, grupos e até um mensageiro próprio, o MySpaceIM. Os perfis eram personalizáveis com código HTML e ainda permitiam que os usuários expressassem humor por meio de emoticons e blogs próprios. O MySpace era popular pelo compartilhamento de músicas, o que possibilitava novos artistas a espalhar seu trabalho para a comunidade da rede social. Artistas como Arctic Monkeys e Lily Allen surgiram lá.
As críticas sobre o MySpace vieram no período após a venda da rede à News Corporation, pelo seu marketing de anúncios agressivo no site. Ultrapassado pelo Facebook, que era uma plataforma mais amigável, a rede social perdeu espaço. Em 2012, foi relançada com foco em música e tinha Justin Timberlake como um dos acionistas. A plataforma existe até hoje, mas já não faz o mesmo sucesso.
6. Tumblr
O Tumblr é uma plataforma de blogging, que permitia publicar imagens, vídeos, citações, áudios e textos, geralmente pequenos. Os usuários podiam seguir outras pessoas e, assim, ver o conteúdo postado por elas em seus respectivos painéis - uma espécie de linha do tempo. Também era possível “gostar” e “reblogar” os conteúdos, o que seriam semelhantes às “curtidas” e “retweets”, por exemplo.
Lançada em 2007, a rede social foi aos poucos entrando nos smartphones, com versões para iOS, Android, Windows Phone e BlackBerry. Em 2011, o Tumblr contava com 4,2 bilhões de publicações, espalhadas por cerca de 19 milhões de blogs. A plataforma ficou popular pelas fotos e frases que eram compartilhadas, mas, por ser uma rede social com muita liberdade, passou a ter grande quantidade de conteúdo adulto e pornográfico.
Em 2013, o Tumblr foi comprado pelo Yahoo! por US$ 1,1 bilhão. O conteúdo adulto fez com que, em 2018, o aplicativo fosse banido da App Store, da Apple, até que houvesse proibição de conteúdos pornográficos. Com isso, o tráfego na plataforma caiu, diminuindo ainda mais o lucro da empresa, e o Tumblr foi vendido por menos de 2,6 milhões de euros em 2019.
7. Blogger
Como o nome sugere, o Blogger é uma plataforma para criar blogs. Sob o comando do Google, o serviço ficou popular pela facilidade e o modo intuitivo para publicar conteúdos. Além disso, vários blogs podem ser hospedados em uma mesma conta do Blogger, com diferentes endereços a partir do subdomínio “blogspot.com”.
Lançado em 1999, a plataforma foi comprada pelo Google em 2003. Já em 2010, contava com novidades como páginas estáticas e gadgets, que facilitavam a edição dos criadores dos blogs. Os concorrentes do Blogger eram, principalmente, o WordPress e o Tumblr. Entretanto, a ferramenta do Google era popular pela praticidade, além da diversidade de opções de temas para personalizar o blog. Além disso, era possível colocar anúncios e monetizar a página por meio do Adsense.
Via Experian Hitwise, Google, Tumblr e G1
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