A linha de celulares Galaxy S21 foi anunciada pela Samsung como próxima aposta no segmento de smartphones premium. O temor de alguns clientes se confirmou: os telefones ficaram sem carregador e fone de ouvido. Por outro lado, é a primeira vez que um produto da linha S ganha suporte à caneta eletrônica S Pen.

Galaxy S21, Galaxy S21 Plus e Galaxy S21 Ultra chegam para competir com o iPhone 12 e o vindouro iPhone 13. O lançamento ocorre durante o evento online Samsung Unpacked. Por ora não há data para chegada dos equipamentos ao Brasil.

Galaxy S21 Ultra

Comecemos pelo produto mais completo da nova leva. O Galaxy S21 Ultra é o único com quatro câmeras na traseira e suporte à caneta S Pen. Ele é pensado para consumidores que realmente precisam tirar o máximo proveito do dispositivo móvel – e não se incomodam em desembolsar mais para ter esta experiência.

O conjunto fotográfico se divide assim:

  • Ultra-wide de 12 MP e 120º (f/2.2)
  • Principal (wide) de 108 MP (f/1.8)
  • Teleobjetiva 1 de 10 MP (f/4.9)
  • Teleobjetiva 2 de 10 MP (f/2.4)
  • Frontal de 10 MP (f/2.2)

A tecnologia de Dual Zoom – possível graças às duas teleobjetivas – possibilita aproximação de até 100 vezes. Para chegar neste resultado, o S21 Ultra combina zoom ótico e zoom digital.

O gerente de produto Renato Citrini, da Samsung, explica que houve significativos avanços em relação ao Galaxy S20 Ultra lançado em 2020. Agora a estabilização é maior, de modo que o usuário consegue operar o zoom sem correr tanto risco de a foto final superaproximada não ficar fiel ao que ele estava imaginando.

Já a captação de luz ficou mais veloz para condições de baixa luminosidade. Neste caso, a promessa é de maior rapidez para reconhecer e focar o ambiente ou as pessoas que estão numa determinada cena à noite.

A tela de 6,8 polegadas ganhou uma nova tecnologia relacionada com a taxa de atualização. O Galaxy S20 Ultra já tinha 120 Hz, o que na prática fazia com que o display atualizasse 120 vezes por segundo. Este recurso acabou se tornando um empecilho para a bateria, conforme relatei na análise do Galaxy Note 20 Ultra (também com a função).

O S21 Ultra agora opera entre 10 Hz e 120 Hz. O próprio smartphone faz o ajuste de maneira automática, a depender do que é exibido. Se for jogo, a taxa é maior para garantir mais fluidez. Se for um texto no WhatsApp, será menor, pois não impacta negativamente na experiência de usuário.

Ainda segundo Citrini, da Samsung, o menor impacto no consumo de bateria será percebido pelos adeptos do S21 Ultra.

O modelo mais potente do primeiro semestre conta ainda com o Ultra Wide Band, também conhecido como UWB. Este chip funciona como um radar para equipamentos próximos e auxilia na troca de informações com outros aparelhos.

Ele permite, por exemplo, habilitar a função de Chave Digital, para que o smartphone se torne a chave que destrava a porta e permite dar partida em carros compatíveis com a tecnologia. A Samsung destacou que o Galaxy S21 Plus também conta com UWB.

A caneta S Pen funciona exclusivamente no S21 Ultra, pois depende de uma camada extra de hardware. As pessoas poderão fazer anotações manuscritas, rabiscar, desenhar ou manipular planilhas e outros documentos de forma simples.

O recurso funciona com qualquer S Pen em edições passadas do Galaxy Note ou da linha de tablets da Samsung. Apesar da compatibilidade, o acessório deve ser adquirido à parte. Também é importante dizer que não há espaço no corpo do Ultra para guardar a canetinha.

A Samsung pretende vender capinhas que incluem a c

... aneta em mercados selecionados. Não há detalhes sobre a venda do produto no país.

Já o Dual Bluetooth tem a proposta de poupar energia quando o celular está pareado com vários acessórios via comunicação sem fio.

Por fim, o brilho máximo da tela do Ultra pulou para 1.500 nits. Neste caso, a promessa é de melhor visualização do que está no display quando o usuário estiver debaixo de sol forte.

Galaxy S21 e Galaxy S21 Plus

A principal diferença entre S21 e S21 Plus está no tamanho da tela, que ficou em 6,2 polegadas e 6,7 polegadas, respectivamente – ambas em painel AMOLED Dinâmico 2X. Os demais recursos são equivalentes.

Por exemplo, o esquema de fotografia:

  • Ultra-wide de 12 MP e 120º (f/2.2)
  • Principal (wide) de 12 MP (f/1.8)
  • Teleobjetiva de 64 MP (f/2.0)
  • Frontal de 10 MP (f/2.2)

Repare que o Ultra tira fotos de até 108 MP, enquanto S21 e S21 Plus alcançam 64 MP. Na prática, pouca gente utiliza as imagens no tamanho máximo, mas a captação em dimensões gigantescas dá mais opções na hora de recortar as imagens e compartilhar com amigos nas redes sociais.

Câmera porreta

A fabricante sul-coreana aposta alto em tecnologias de imagem que vão além da ficha técnica. Qualquer variante do S21 conta uma função de Visão do Diretor na captação de vídeo. O smartphone passa a registrar simultaneamente imagens de todas as câmeras em resolução 4K.

As cenas aparecem o tempo todo na tela e o dono pode escolher qual imagem estará no arquivo final.

Além disso, é possível dividir o clipe de vídeo de modo a exibir as imagens de duas câmeras simultaneamente. Há duas formas de aproveitar este modo de vídeo:

  • Tela dividida em metades
  • Picture in Picture (PIP), em que as imagens de uma das câmeras ocupa um espaço maior e as da câmera secundária ficam numa janela menor.

Toda a linha S21 roda Android 11 e One UI 3.0, a interface mais recente da Samsung.

Sem entrada microSD

A linha S21 repete uma característica que existe desde sempre nos iPhones: a ausência de entrada para cartão microSD. O gerente de produto Renato Citrini me disse que hoje em dia os consumidores têm opções robustas de armazenamento na nuvem. Por exemplo, Amazon, Google e Microsoft têm soluções que se integram com o smartphone.

No entanto, armazenamentos mais parrudos custam dinheiro e ainda cabe lembrar que o Google Fotos deixará de ter uso ilimitado daqui a alguns meses.

Ao menos a linha sucessora do S20 começa em 128 GB, ao contrário do iPhone 12, cujo armazenamento mais básico fica na metade disso: 64 GB.

Sem carregador e fone de ouvido

A caixa do Galaxy S21 não inclui carregador e fone de ouvido, bem como já ocorre no iPhone 12. Os sul-coreanos repetem a explicação da Apple: dizem que a decisão tem fins ambientais. Além disso, a Samsung afirma que o perfil do consumidor está mudando e que parcela dos clientes opta pela recarga sem fio – um mesmo carregador pode atender a vários dispositivos.

Está em curso no Brasil uma verdadeira guerra dos carregadores: de um lado estão empresas como Apple e Samsung; de outro, órgãos de defesa do consumidor; e os clientes ficam no meio, sem saber o que fazer.

Processador Exynos 2100

A Samsung anunciou na terça-feira (12) o processador Exynos 2100, de fabricação própria. Ele é o cérebro dos novos Galaxy, com potência de sobra para todas tarefas, de acordo com a fabricante. Ainda é preciso averiguar como o chip vai se sair em testes de performance.

A favor da companhia está o processo de fabricação em 5 nanômetros. Trocando em miúdos, é uma forma mais avançada de produzir este tipo de componente – já usada pela Apple e pela Qualcomm. Há maior eficiência energética, o que se traduz em economia de energia.

Alguns países e territórios terão Galaxy S21 com processador Snapdragon 888, da Qualcomm. Não será o caso do Brasil.

Já a memória RAM é de 8 GB no S21, de 8 GB no Plus e de 12 GB ou 16 GB no Ultra. Vai depender da combinação ofertada em cada país.

Cores

  • Galaxy S21 e Galaxy S21 Plus: branco, cinza, violeta e rosa
  • Galaxy S21 Ultra: preto e prata

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