A WWDC 2015 vai ficar na história. Ao menos para dois brasileiros, que faturaram o Apple Design Awards, o “Oscar dos aplicativos”, um dos prêmios mais importantes do mundo mobile. Mas além do Jump-O, o app campeão, outros jovens mereceram destaque especial na conferência de desenvolvedores da Apple.
Apple anuncia apps vencedores do Design Awards 2015; brasileiro na lista
Além do Jump-O, cuja inspiração veio do bullying sofrido por seus criadores, tanto o Lana, que ajuda pessoas com deficiência linguística, quanto o Ludwig, que ensina música para deficientes auditivos, conseguiram um grande destaque no evento.
Raphael Augusto da Silva, de 23 anos, surpreendeu ao aparecer no vídeo que homenageou os desenvolvedores, durante a palestra de Tim Cook. “Esse sentimento fantástico que a música me proporciona, eu quero que todos sintam. Mesmo os que não podem ouvir”. Com essa frase, no vídeo exibido no telão, Raphael apresentou seu Ludwig para toda a comunidade Apple.
E a ideia por trás do app é simples: trata-se de um piano que trabalha com cores e vibrações, através de uma pulseira – e lembra muito o jogo Guitar Hero. “A gente usa os outros sentidos para criar uma nova experiência para os deficientes. O objetivo é sentir a música por meio destas cores e vibrações. Queremos realmente ensinar a música para o deficiente auditivo”, explica Raphael.
O jovem, que estuda em Campinas, é um dos cinco integrantes do grupo, que conta ainda com Ivan Ortiz, André Castro, Pedro Rafael Domotor e Joaquim José Fantin Pereira. Raphael explica que o convite para o vídeo da Apple veio após alguns contatos com a empresa para tirar dúvidas – que acabou por encantar a matriz, em Cupertino. O projeto Ludwig, que começou em 2013, ainda não chegou à App Store, mas isso deve acontecer num futuro próximo, segundo o criador.
O estudante de ciência da computação na Mackenzie, em SP, Emannuel Carvalho, também conseguiu destaque para seu aplicativo, o Lana, que se propõe a ajudar pessoas com deficiência linguística. “A ideia é que as pessoas possam fazer os exercícios em casa, e o médico possa acompanhar. O app faz com que os exercícios se adequem da melhor maneira”, diz.
Basicamente, o app funciona com reconhecimento de voz e cards. Conforme o paciente vai respondendo e participando, os resultados são enviados e avaliados pelo profissional de saúde. A identificação de cards é um dos exercícios propostos para a evolução do paciente. Mas demandava deslocamento até o consultório – e um limite diário de sessões. Agora, é possível praticar o máximo possível.
Por sua vez, o jump-O é o grande campeão do WWDC 2015: faturou o Apple Design Awards pela primeira vez para o Brasil com uma ideia minimalista, que nasceu a partir de um problema pessoal dos criadores, os curitibanos Gabriel Rocha e Victor Gimenez. “Foi um jogo feito após uma experiência nossa de criança, de sofrer bullying na escola. O personagem principal é um círculo, já que nós éramos gordinhos, e o mundo todo era quadrado. Era uma sensação que tínhamos, de que não encaixávamos no mundo”, explica Gimenez, que acrescenta mais um detalhe: não se pode atacar o cenário, só se defender. Quando se tenta revidar, os grupos de bullying aumentam.
O game foi lançado em 2014 e, segundo Gimenez, em três dias o jogo virou top 3 nas App Stores de Brasil e México. “Aí nesta segunda, foi uma total surpresa. Quando chamaram nosso nome, ficamos colados na cadeira. O que a gente faz agora?”, brinca Gabriel Rocha, sobre o momento em que seu nome foi anunciado no Apple Design Awards, categoria Schoolarship (e, ironicamente, o prêmio da Apple é… quadrado!).
Enquanto ainda não conseguem viver de apps – a dupla diz ter faturado apenas cerca de US$ 110 com publicidade -, Gabriel e Victor também não pensam em levar o jump-O para outras plataformas. “Agora estamos pretendendo lançar mais níveis. Somos desenvolvedores de jogos, não de iOS. Por isso estamos pensando ainda no que fazer”, diz Gimenez. “Uma coisa importante foi que provamos que o jogo podia ser legal sem ser esteticamente bonito, pelos padrões”, acrescenta Rocha
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E para quem ainda duvida da força dos aplicativos, bastam cinco minutos com os brasileiros pelos corredores do Moscone Center, em São Francisco, para entender. De fotos a dicas, o grupo é alvo constante do “assédio” de colegas desenvolvedores de todo o mundo. Durante a abertura da WWDC, Tim Cook reconheceu o esforço dos desenvolvedores com a seguinte frase: “Não há limite para o que você pode fazer”. E nossos brasileiros parecem saber muito bem disso.
* Fabrício Vitorino viajou para São Francisco a convite da Apple
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