Os sistemas de doações online e crowdfunding em sites como Indiegogo e Kickstater são ótimas formas de arrecadar dinheiro na Internet – seja para causas humanitárias ou para vender produtos. No entanto, uma das fraquezas destes sistemas é a falta de garantia da veracidade da causa por quem recebe o dinheiro. As táticas podem ser usadas por criminosos para se aproveitar das boas intenções dos doadores.
Link compartilhado no Facebook pode ser pegadinha com título falso
A Trend Micro, fabricante de antivírus, selecionou os golpes mais famosos envolvendo estes tipos de abordagens. Confira a lista e saiba como se prevenir.
1. Terremoto do Nepal (2015)
Dias depois do desastre, vários e-mails pedindo doações começaram a surgir na Internet. Eles continham frases pedindo a colaboração das pessoas, como “Ajude o Nepal”, e pedia que elas fizessem depósitos em uma conta bancária falsa, que pertence ao golpista.
2. Vírus Ebola (2014)
A epidemia de Ebola que atacou a África fez com que golpistas criassem sites falsos, que fingiam ser das organizações que combatem o vírus. Estas páginas pediam aos usuários que ajudassem com doações, que eram feitas mais uma vez para contas de criminosos.
3. Atentado da Maratona de Boston (2013)
Após a explosão da bomba, uma conta falsa foi aberta no Twitter. Nos posts, o perfil prometia doar US$ 1 (R$ 3,81) para cada retuíte que conseguisse. A conta conseguiu mais de 50 mil interações antes de ser desativada pelo microblog.
4. Tufão Haiyan (2013)
A calamidade que atingiu o Haiti gerou mais de US$ 248 milhões (R$ 945 milhões) em doações legítimas, mas foi acompanhada de uma campanha intensa em redes sociais e e-mails falsos, pedindo doações para entidades falsas.
5. Storm e-bike do Indiegogo (2015)
A campanha prometia dar aos patrocinadores bicicletas elétricas de baixo custo. Entretanto, o idealizador Storm Sondors mudou as especificações no meio do projeto. Ele arrecadou cerca de US$ 5,3 milhões (R$ 20,21 milhões) de mais de 12 mil pessoas e foi processado por fraude.
6. We Tag da Kickstater (2014)
A empresa prometia um localizador com Bluetooth que não precisava de bateria e conseguiu arrecadar mais de US$ 500 mil (R$ 1,9 milhão) em poucas semanas. Entretanto, começou a evitar perguntas simples sobre o desenvolvimento da tecnologia, o que fez com que o Kickstarter suspendesse o projeto.
Para evitar cair em golpes como esses, a Trend Micro recomenda que os internautas confirmem se a organização para onde estão doando são legítimas, visitando sites oficiais e fazendo pesquisas mais aprofundadas. Além disso, é importante se informar como o dinheiro será usado (se o financiamento coletivo promete retorno) e ficar atento a pedidos e campanhas em redes sociais.
A companhia também recomenda se certificar que qualquer doação seja feita através de um site seguro com HTTPS para evitar que as informações sejam roubadas. Outra tática para pedir doações é por anexos de e-mails. Assim, confira sempre se o contato que enviou é confiável.
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