O Super Nintendo marcou época e foi um console bem sucedido em todo o mundo, vendendo 49 milhões de unidades. No Brasil, o console de 16 bits da Nintendo também conquistou o grande público, especialmente graças à sua superioridade técnica ao Mega Drive, seu grande rival. Os jogos também marcaram gerações, como Super Mario World, Donkey Kong, Mario Kart, International Super Star Soccer, Top Gear, Chrono Trigger e muitos outros.
Super Nintendo: confira os games com os melhores gráficos do console
Abaixo, vamos mergulhar na história do Super Nintendo para conhecer algumas curiosidades sobre o video-game, bem como fatos obscuros de sua trajetória de sucesso.
1 – Design para evitar acidentes com líquidos
O Super Nintendo foi projetado para dificultar acidentes que envolvem o derramamento de líquidos no console. Seu antecessor, o NES, conhecido como Nintendinho, tinha um desenho mais quadrado e um topo plano.
Unidades quebradas por bebidas derrubadas fizeram a Nintendo considerar um desenho impedindo que copos fossem colocados no console. Por isso, o Super Nintendo tem slot vertical para cartuchos e uma superfície cheia de ângulos.
2 – Super Nintendo online!
O Super Nintendo tinha um acessório que permitia conexão com a Internet via dial-up para que jogadores disputassem partidas de alguns jogos com adversários do mundo todo.
Batizado de XBand, o acessório consistia em um modem que intermediava a conexão e era exigido o pagamento de uma mensalidade para usar o serviço.
Contudo, as limitações tecnológicas da infraestrutura de rede da época e do próprio hardware do Super Nintendo sempre foram um obstáculo para que o serviço se popularizasse e funcionasse corretamente.
3 – Demorou, mas chegou
Nos anos 1990, o lançamento de qualquer produto de tecnologia demorava para chegar ao Brasil. E o Super Nintendo só chegou no Brasil em 30 de agosto de 1993, três anos depois da chegada do produto ao consumidor japonês.
Esse atraso causou uma situação curiosa em que o console da Nintendo acabaria concorrendo com o PlayStation, lançado mundialmente em 1994, mas já bastante difundido no Brasil em 1995. Como jogos para o SNES ainda seriam lançados ao longo da década, o console continuou viável por muito tempo no Brasil, mesmo depois de ter sido aposentado no exterior.
4 – 13 anos de fabricação
Todo mundo se impressiona com o PlayStation 2, que foi fabricado de 2000 a 2012 e vendeu 155 milhões de unidades. Mas o Super Nintendo também teve fôlego de mais de uma década.
A Nintendo encerrou a fabricação do console, no Japão, apenas em 2003, 13 anos depois do lançamento original do console.
5 –
Eletrônicos da época eram feitos com um tipo de plástico rico em bromo. O bromo era usado no composto para torná-lo menos inflamável e mais resistente ao fogo.
O problema é que o bromo oxida com facilidade (oxidação é o processo de ferrugem, no ferro e, no caso do bromo, a “ferrugem” tem essa coloração bege), especialmente na presença de calor. Como o videogame esquenta naturalmente para funcionar, o tom marrom no plástico do console acabava sendo inevitável com o tempo.
6 – Nintendo PlayStation
Essa é uma história mais conhecida: em algum momento da história, a Nintendo esteve perto de lançar um acessório que permitiria ao Super Nintendo ler CDs. O acessório se chamaria PlayStation e seria fabricado pela Sony.
Uma série de desentendimentos em torno da quantidade de grana que cada empresa levaria dos lucros da empreitada acabou matando o acessório. O que restaram foram alguns protótipos e a verdade de que o PlayStation, com seus 21 anos de história, só surgiu porque a Nintendo desmontou a parceria.
7 – Star Fox
Star Fox é um jogo de muito sucesso no catálogo da Nintendo e a sua primeira versão, criada para o SNES, é muito importante.
Foi um dos primeiros jogos a criar ambientes 3D e permitir a jogador interagir com eles, mesmo rodando em um hardware que, ao contrário do Nintendo 64 e do PlayStation, não foi desenvolvido para esse tipo de tarefa.
Outra curiosidade bacana sobre o jogo é que, na verdade, ele era apenas uma demonstração interna, criada pela Nintendo para testar o chip Super FX. No fim das contas, os engenheiros gostavam tanto de “testar” o SNES com Star Fox que o jogo acabou sendo lançado comercialmente.
8 – Netflix de jogos
Em 1995, usuários japoneses do Super Nintendo podiam assinar o serviço Stellaview. Ele usava sinais de rádio para transmitir jogos em horários definidos previamente pela Nintendo. Quem fosse assinante e ligasse o console na hora programada, podia jogar o game selecionado à vontade.
A plataforma tinha suas limitações, nunca saiu do Japão, mas permitia que demos e conteúdos extras para jogos fossem distribuídos.
9 – Cartuchos melhoravam a performance do console
As “fitas” do Super Nintendo podiam dar uma ajuda ao console na hora de executar algum jogo mais exigente. Star Fox, por exemplo, só podia executar as corridas em alta velocidade e ambientes tridimensionais porque o cartucho usava um chip especial, chamado de Super FX que atuava como um processador auxiliar àquele embutido no console.
10 – Muito menos que o seu celular
O Super Nintendo divertia todo mundo apoiado em um processador de um núcleo rodando a máximos 3,58 MHz, com 128 KB de memória RAM e um chip gráfico de 2,56 MHz e 64 KB de memória dedicada: tudo isso permitia jogos rodando na resolução de 512 x 448 pixels.
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