A LG anda tendo anos difíceis no mercado de smartphones. Em 2016, o ousado design modular do LG G5 não pegou. No ano seguinte, o G6 era até bonito, mas tinha uma ficha técnica inferior às de competidores. Mas, quem vive de passado é museu e cá estamos, em 2018, com o LG G7 ThinQ: um aparelho bonito, poderoso e que aposta em recursos de inteligência artificial. Será que ele merece uma chance sua? Confira agora no nosso review.
Ao invés de tentar reinventar a roda em 2018, a LG optou por aderir às últimas tendências do mercado. Ou seja, o G7 ThinQ tem tela com bordas mínimas, nenhum botão na parte frontal, leitor de digitais logo abaixo da câmera traseira e... um notch! Sim, o aparelho tem aquele corte na tela igual ao do iPhone 10. Mas a LG adicionou uma forma de esconder esse detalhe através de uma configuração do sistema. Funciona bem. Mas, sinceramente, essas franjas vieram para ficar e nem é tão difícil se acostumar a elas.
Falando um pouquinho mais do design, o G7 tem uma proporção de 19:9, o que significa que ele é um pouquinho mais alto do que o convencional. Mas a LG fez um bom trabalho ao desenha-lo. Afinal, essas bordas retas e o corpo mais estreito fazem com que o G7 ThinQ seja ótimo de segurar e não passe a sensação de que vai cair a qualquer momento como um Galaxy Note 9. Por falar em quedas, ele traz proteção Gorilla Glass 5 e é resistente à água. Assim, dá pra dar aquela lavadinha na torneira se sujar. Mas sem abusar, hein!
Outro ponto que gerou bastante questionamento é que a tela de 6,1 polegadas QHD do G7 usa um painel IPS LCD ao invés do OLED, que é a tecnologia do momento. Apesar disso, os prejuízos não tão perceptíveis. A LG fez um bom equilíbrio de cor, a resolução não deixa a desejar e a experiência de vídeo fica dentro do esperado. O único momento em que o LCD se entrega é quando a função Always On é ativada em um ambiente escuro. Aí dá pra perceber que tem uma fonte de luz por trás do display.
A câmera do LG G7 é dupla e tem 16 megapixels, sendo que uma das lentes é ultra grande angular. Ou seja, ele vai captar área maior da imagem. Mas, sinceramente, câmera não é o grande forte deste aparelho. Ele até se dá bem na maioria dos cenários. Mas a gente nota dificuldades em cenas com condições de luz mais adversas que rivais como o Galaxy Note 9 e o iPhone 10 não têm. E o mesmo pode ser dito da câmera frontal de 8 megapixel: é boa, mas não empolga.
Já quando o assunto é desempenho, o G7 consegue manter uma boa experiência na maior parte do tempo. O processador Snapdragon 845 e os 4 GB de RAM rodam jogos e aplicativos sem travamento, e o armazenamento de 64 GB é suficiente. É verdade que 6 GB de RAM evitaria que games como Pokémon Go tivessem que ser encerrados quando minimizados para liberar memória. Mas isso não é um grande problema. Ainda. Já a bateria tem apenas 3000 miliampere-hora, o que é bastante baixo. Então, não espere muito mais do que 10 horas de duração com um uso moderado.
Chegando ao final, o LG G7 ThinQ foi lançado com o Android 8.0 de fábrica com uma interface modificada. Como dito anteriormente, o sistema roda liso e sem travamentos, mas a personalização da LG certamente ainda precisa de refinamento. Fora isso, a empresa fez boas escolhas ao integrar serviços próprios de inteligência artificial com aplicativos do Google. Ah, o Google Assistente até tem um botão dedicado, que é uma mão na roda. Por fim, o G7 ThinQ conta com uma tecnologia de som chamada Boombox, que é capaz de reproduzir altos volumes e oferecer bons graves. Mas, pra isso funcionar, o celular precisa estar sobre uma superfície plana.
Bem, como é possível perceber o LG G7 ThinQ tem altos e baixos. Certamente, ele não é um aparelho de tirar o fôlego dos fãs de tecnologia. Mas talvez um dos seus grandes trunfo
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