Com a chegada das memórias HBM e as novas placas de vídeo da AMD que devem usar memórias HBM2, muitos usuários cogitaram o fim da tecnologia anterior, a GDDR5. No entanto, o JEDEC, organismo que regulamenta especificações para diversos tipos de componentes eletrônicos, definiu as linhas gerais de um novo padrão, o GDDR5X, que pode aparecer nas próximas placas Pascal da NVIDIA.

Saiba como escolher a melhor fonte para sua placa de vídeo

Se o rumor se confirmar, os consumidores serão confrontados com duas opções completamente diferentes em termos de especificações: de um lado, as memórias HBM em placas de vídeo da AMD e, do outro, GDDR5X rodando nas Pascal da Nvidia. Mas qual é melhor? Confira todas as diferenças e vantagens e veja qual vale a pena. 

Imagem mostra uma GPU cercada por módulos de memória GDDR5 (Foto: Divulgação/Nvidia)

Números

O ponto central em relação ao desenvolvimento de memórias RAM para uso em situações alta demanda de performance, como é o caso das placas de vídeo, vem sendo concentrado em dois aspectos. O primeiro é a largura de banda, que pode ser entendida como a quantidade de dados que a memória consegue trocar com a GPU no menor espaço de tempo possível. O segundo aspecto é a performance por watt: melhor desempenho com consumo cada vez menor de eletricidade.

Download grátis do app do TechTudo: receba dicas e notícias de tech no Android ou iPhone

De cara, a HBM2 sai na frente porque a largura de banda permitida é maior. Módulos desse tipo podem conversar com a GPU a velocidades de até 1 TB/s (terabyte por segundo), enquanto que o GDDR5X, embora dobre as velocidades da GDDR5, deve atingir velocidades de 14 GB/s, com potencial de chegar a 16 GB/s.

Diferenças de conceitos

Memórias GDDR (5 ou 5X) usam um conceito de design em que o chip é fabricado em uma área bidimensional, ou em uma única camada. Isso significa que, para que uma placa de vídeo tenha 4 GB de memória, é necessário que exista uma grande área no PCB (circuito impresso onde memórias e outros componentes são soldados) para abrigar os módulos necessários para compor essa quantidade.

Hoje, cada módulo independente de memória GDDR5X pode ter até 1 GB. Para uma placa com 4 GB, seria necessário que existissem quatro módulos espalhados no PCB. Por outro lado, a ideia das memórias HBM diminui a necessidade de espaço, abrindo caminho para que fabricantes criem placas menores, mas com mais memória.

R9 Fury X foi a primeira placa de vídeo a contar com memória RAM do tipo HBM (Foto: Divulgação/AMD)

A Samsung, por exemplo, anunciou recentemente a fabricação em massa de módulos de memória HBM2 com 4 GB cada um. A companhia garante que em meses estará apta a fabricar também módulos com 8 GB, ou seja, será possível que uma placa de vídeo tenha apenas um chip de memória HBM2 com 8 GB, ao passo que uma GDDR5X com essa quantidade de RAM teria oito chips independentes espalhados na superfície da placa.

Kingston ou Corsair, qual a melhor marca de memória RAM? Comente no Fórum do TechTudo

Conforme a quantidade de memória aumenta, a situação piora: uma placa com 16 GB em HBM poderia ter apenas dois chips de memória. Por outro lado, uma GDDR5X teria de ter espaço para 16 módulos.

Energia

... foto componente-conteudo"> Imagem mostra uma GPU da AMD rodeada por quatro módulos de memória HBM de primeira geração (Foto: Domínio Público)

As dimensões físicas das placas em si são um fator menor sob o ponto de vista do consumidor final. Porém, a diferença de abordagem para a solução de um mesmo problema, design horizontal na GDDR5X e vertical na HBM2, geram outros efeitos no produto final.

Memórias HBM são imbatíveis em um aspecto muito sensível para indústria e, cada vez mais, para o usuário: as placas oferecem uma performance por watt de energia gasto muito superior. Isso significa melhor eficiência energética e menor quantidade de calor dissipada (que reflete em economia de energia e em conforto acústico).

GDDR5X faz sentido?

Como dá para perceber, o padrão GDDR5X é inferior em aspectos centrais relacionados a desempenho, mas isso não significa que ninguém vai usar esse tipo de memória em suas placas.

Caso a Nvidia desista de usá-lo nas principais placas Pascal, aguardadas para 2016, é possível que adote a nova memória em modelos mais simples, algo que até a AMD, mais entrosada com a tecnologia HBM, pode fazer.

O motivo é que o custo de fabricação de memórias HBM é bem mais alto, já que a arquitetura de chip empilhados é mais recente, ao contrário do método horizontal, amplamente usado na indústria desde os anos 1970.

O cenário mais provável, portanto, é que em vez de ver placas de vídeo de entrada com memórias DDR3, como é comum hoje, você passe a encontrá-las com GDDR5X, enquanto o HBM2 deve prevalecer no top de linha.



>>> Veja o artigo completo no TechTudo