BioShock é uma das séries de tiro em primeira pessoa mais respeitadas dos últimos 10 anos. Com histórias intrincadas, escolhas morais polêmicas e cenários incríveis, os três jogos da franquia conquistaram muitos fãs desde o primeiro título, lançado em 2007. Conheça na lista a seguir as curiosidades e polêmicas, como inspirações dos jogos e teorias conspiratórias, que envolvem BioShock.
Confira o review completo de BioShock Infinite
BioShock no espaço
O primeiro jogo da série passou por várias revisões antes de chegar ao que todos conhecemos.
Originalmente, BioShock se passaria em uma estação espacial abandonada. Depois de abandonar esta ideia, a equipe de desenvolvimento cogitou ambientar o game em uma ilha deserta e misteriosa, liderada por um culto. Na sequência, os desenvolvedores estudaram levar BioShock para o fundo do mar, como acabou acontecendo, mas em vez da cidade fictícia de Rapture, o jogo se passaria numa base nazista submarina em que experiências deram muito errado. Por fim, veio Rapture e o game finalmente foi desenvolvido na forma que conhecemos atualmente.
Caso fosse no espaço, BioShock teria ficado ainda mais parecido com System Shock 2, jogo histórico da Looking Glass Studios desenvolvido por alguns talentos que, anos depois, criariam BioShock.
Bandidos de verdade
Uma curiosidade bastante interessante sobre os dois primeiros BioShock é que os inimigos a serem combatidos tiveram as faces modeladas a partir das fotos de criminosos das décadas de 1940 e 1950 em São Francisco, nos Estados Unidos.
30 ou 60 FPS?
BioShock Infinite tem um recurso interessante, quase raro em consoles – permite que o usuário decida se quer jogar em 30 FPS, para uma qualidade gráfica superior, ou se prefere viver as aventuras de Booker DeWitt em 60 FPS, com a ação mais fluida na tela, mas sem tanta qualidade gráfica.
Inspirado por George Orwell
Quando questionados sobre a inspiração por trás da criação do game, os criadores de BioShock mencionam diversas histórias de distopias, mundos imaginários em que pessoas vivem em estado de opressão. Em especial, os desenvolvedores mencionam
Polêmica das Little Sisters
Em BioShock, lançado em 2007, o jogador tem a opção de eliminar ou preservar a vida de crianças, as Little Sisters. No game, a escolha por um ou outro caminho impacta no final da história e é apresentada ao jogador como uma decisão moral.
Nada disso aliviou as críticas sofridas na época, já que fazer crianças de alvo, não importa o contexto, não é exatamente saudável.
BioShock em livro
Em 2011, a série foi pano de fundo para um livro. A narra situações que explicam a história dos personagens do game antes das aventuras em Rapture começarem.
Além disso, depois do enorme sucesso do primeiro jogo, houve muitas notícias sobre a adaptação para o cinema, que acabou não acontecendo.
BioShock para PS Vita
Outro projeto cancelado envolvendo a série foi o jogo para PS Vita. A Sony anunciou a ideia durante o lançamento do portátil e a promessa de Ken Levine, grande criador da série, era desenvolver um jogo exclusivo que fosse bastante diferente de tudo que os jogadores já estavam acostumados a esperar de Bioshock.
Infelizmente, pressões por prazos para entregar BioShock Infinite e desacertos entre Take Two Interactive e Sony sepultaram o projeto. Em 2014, Levine declarou que BioShock para PS Vita dificilmente sairá do papel, já que pouco trabalho foi feito em cima do título, abandonado desde 2012.
A conspiração do 451
Há um curioso easter egg que liga jogos da série BioShock com System Shock, Deus Ex, The Novelist, Gone Home e outros. Todos contam com o número 451 como códigos para abrir portas, ou como indicação de salas em edifícios.
Nos jogos BioShock, o número é sempre usado para abrir o primeiro cadeado que o jogador encontra. No primeiro jogo, o código é 0451. Em BioShock 2, o código é 1540 (451 ao contrário) e, por fim, em Infinite, o número 451 abre o primeiro cadeado do jogo.
O easter egg fica ainda mais elaborado quando percebe-se que a presença do número faz alusão ao livro Fahrenheit 451, de Ray Bradbury, romance de ficção científica ambientado numa realidade distópica – assim como BioShock.
Outro detalhe é que todos os jogos que apresentam o easter egg contam com equipes com membros do antigo estúdio Looking Glass. A empresa foi famosa nos anos 1990 por produzir jogos inovadores.
Elizabeth da vida real
Anna Moleva é uma cosplayer russa que se encantou por Elizabeth, personagem de BioShock Infinite. O cosplay que fez da personagem foi tão impressionante que a Irrational Games a elegeu como a “Elizabeth da vida real”. O rosto de Anna foi usada para a produção de material promocional do jogo, como cartazes e imagens de divulgação.
O Big Daddy anônimo de BioShock 2
No segundo jogo da série, os jogadores controlam o Big Daddy renegado. Este personagem é um anônimo, ao contrário dos protagonistas dos outros jogos.
Segundo os desenvolvedores, a decisão foi tomada para que os jogadores se sentissem mais confortáveis em assumir a personalidade do personagem, e não simplesmente aceitar as características mais definidas de alguém com nome já definido.
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