Um app falso para Android , infectou o celular de milhares de usuários brasileiros. Chamado de Recarga Celular, o aplicativo malicioso estava no ar na Google Play Store desde novembro de 2015 e foi baixado cerca de 5 mil vezes durante o período. A denúncia sobre o golpe foi feita pela empresa de segurança Kaspersky Lab, na terça-feira (1).

Descubra como os apps são banidos da App Store e Google Play Store

O programa fraudulento prometia fazer recargas em smartphones de várias operadoras do Brasil. Com isso, o objetivo principal era clonar os cartões de créditos das pessoas que baixavam o serviço. Para atrair usuários, o Recarga Celular oferecia o dobro de créditos no primeiro pagamento de cada cliente. 

App falso para Android tenta roubar recarga de celular (Foto: Luciana Maline/TechTudo)

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Aparentemente, o Recarga Celular era um app comum de recarga de créditos, apresentando telas em que era preciso inserir o número do chip e a quantidade de créditos. Logo em seguida, outros dados eram exigidos, como número do cartão de compras, data de validade, código de segurança (CVV), CPF e nome completo.

Todas as informações iam para um site registrado no Brasil, sem qualquer relação com as operadoras de telefonia, como Oi, TIM, Vivo e Claro. Depois de conseguir as informações das vítimas, o desenvolvedor do aplicativo conseguir clonar os cartões de crédito.

O golpe foi reconhecido quando os usuários passaram a comentar na loja do Google, informando que não tinham recebido os créditos e que, ainda por cima, tiveram problemas com seus cartões. Ao descobrir a fraude, a Kaspersky Lab fez a denúncia ao Google que, enfim, retirou o aplicativo do ar.

Screenshot do aplicativo falso Recarga Celular (Foto: Divulgação/Kaspersky)

“Alertamos aos usuários de Android que baixem e utilizem somente os apps oficiais das opera

... doras de telefonia na hora de recarregar o celular. Desconfie de supostas promoções oferecidas pelo apps, isso é um claro sinal de que se trata de um golpe”, alertou o analista sênior de segurança da Kaspersky, Fábio Assolini.

A dica pode ser útil, considerando que não é a primeira vez que esse tipo de golpe ocorre no sistema operacional do Google. Em 2014, por exemplo, foram encontrados os dois primeiros trojans bancários para dispositivos móveis desenvolvidos no Brasil. Ainda em outubro de 2015, um outro aplicativo falso de recarga de celular fez algumas vítimas, sendo retirado do ar pouco tempo depois.

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