Resident Evil (Biohazard, no Japão) é o clássico do horror máximo nos videogames, para muitos fãs que acompanham de longa data esta saga. Ainda que os games atuais da série tenham se voltado mais para a ação e aventura, o primeiro título ainda se mantém como o maior representante do horror de sobrevivência. Com o lançamento de Resident Evil HD Remaster, relembre esta história.
Jogamos Resident Evil Revelations 2: game recupera horror dos clássicos
Foi em 96 que tudo começou
Resident Evil é o maior representante do gênero de horror de sobrevivência. Em 1996, a Capcom lançou o primeiro capítulo desta saga, que viria a se tornar parâmetro anos depois, e gerou ainda uma série de sequências, spin-offs e outros produtos relacionados, como livros, quadrinhos, brinquedos e até filmes.
Com produção de Shinji Mikami, Resident Evil se tornou não apenas parâmetro, mas também um clássico. Apesar dos gráficos da época não terem envelhecido bem, o jogo, lançado originalmente no PSOne, fez enorme sucesso por sua ambientação assustadora, jogabilidade que inovava em muitos pontos e, claro, uma história intrigante.
A saga da Umbrella
Na história, tudo se passa em uma mansão, nos arredores de Raccoon City. É lá que duas equipes STARS vão investigar um terrível acidente biológico, que pode ter resultado em uma contaminação descontrolada. Dividida em duas equipes, Bravo e Alpha, a STARS logo se depara com o que invadiu toda a mansão.
O Bravo é enviado primeiro, mas logo perde contato com a base. É quando o Alpha Team entra em ação, apresentando ainda os heróis Chris Redfield e Jill Valentine, para lidar com o desaparecimento da equipe anterior e também resolver o problema na mansão – ao chegar no local, cachorros monstruosos recepcionam a equipe, que logo descobrem que as criaturas e pessoas do local foram transformados em zumbis e outros monstros.
Duas vias
No início do game, era possível escolher com quem jogar: Jill ou Chris. Cada um mostrava caminhos diferentes e também, de certa forma, uma dificuldade um pouco diferente entre si. Jill era a escolha da grande parte dos jogadores, o que resultou na popularidade de cenas históricas, como a frase “Oh, é um monstro”, na sala de jantar da mansão, logo no início da aventura.
Além disso, também era possível interagir com outros personagens do Alpha Team, que viriam juntamente com Jill e Chris, como Barry Burton, a sobrevivente Rebecca Chambers, do Bravo Team, e o líder do Alpha e capitão da STARS, Albert Wesker – que mais tarde se revelaria como o grande vilão deste primeiro capítulo, e também da série como um todo.
Múltiplos finais
Resident Evil também inovou por ter inúmeros finais, ainda que pelo menos um deles
Há outros finais, porém, mais tristes, onde apenas alguns personagens saem com vida da mansão, deixando para trás alguns parceiros. Além disso, a mansão, que seria destruída no melhor final, fica intacta no pior deles. Vale lembrar que ter múltiplos finais não era algo muito comum na época, principalmente em um jogo que não era RPG.
Resident Live Action
Resident Evil já ganhou cinco filmes com atores reais e está para ganhar mais um, em 2016, mas o que muitos fãs mais novos podem não saber, é que a cena de abertura do primeiro game da série já trazia atores reais interpretando o papel dos personagens – de forma bem curiosa, pois mais pareciam cosplays oficiais.
A cena apresentava os membros do Alpha Team do STARS, com seus trejeitos próprios, como o cigarro de Chris, a passada de mão no cabelo de Wesker e o jeito “meigo” de Jill Valentine na sua época mais jovem. É verdade que a produção deste trecho em filme lembrava um “filme B”, mas a intenção era justamente essa, já que uma das maiores inspirações da saga foi o diretor de filmes de zumbi, George A. Romero.
Direcor’s Cut
Resident Evil ganhou sua própria “versão do diretor”, em 1997. Esta edição foi lançada para compensar o grande atraso que a sequência, Resident Evil 2, sofrera, e também para dar algo inédito aos fãs.
A versão do diretor do game era mais difícil: tinha itens trocados de lugar, locais da mansão que não era mais acessíveis ou eram acessados por outras partes, monstros que apareciam em momentos diferentes e por aí vai. Em 1998, a versão do diretor ganhou outro relançamento, chamada de “Dual Shock Version”, para aproveitar a chegada do novo controle do PSOne, com alavancas analógicas.
O remake
Em 2002, a Capcom relançou Resident Evil como um remake completo, para GameCube. É justamente este remake que serve de base para a produção do atual HD Remaster, e até então não havia aparecido em nenhum outro console, com exceção de um relançamento no Wii, há alguns anos.
Já a versão para PS4, PS3, Xbox One, Xbox 360 e PC promete ser uma reedição fiel deste título, mas com gráficos atualizados para a nova geração de consoles. Os fãs vão voltar à mansão para descobrir ainda mais segredos, agora que o público foi expandido e mais jogadores poderão aproveitar este clássico.
O que há de diferente?
Quem jogou o Remake de 2002, sentirá pouca diferença, a não ser pelo visual – este está realmente mudado, bem mais bonito e adaptado para TVs atuais. Contudo, vale lembrar que o esquema de controles também promete ser diferenciado, já que os joysticks atuais pouco lembram o do GameCube, em sua época.
Não espere, porém, por mudanças nos monstros, locais de itens ou de salas, como ocorreu na versão do diretor, com o primeiro jogo da série, ainda no PSOne. Aqui a ideia da Capcom é realmente a de expandir o público, para que todos tenham a chance de aproveitar o clássico e também de lembrar como era Resident Evil em suas raízes, já que hoje a saga está bem diferente.
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