O Lumia 1020 foi um dos grandes lançamentos da linha Lumia. Apresentado em 2013, o celular ainda chama a atenção pela câmera com tecnologia Pure View e sensor de 41 megapixels. Hoje, quase três anos depois do lançamento do smartphone da Nokia, é um pouco difícil encontrar um Lumia 1020 novo. Entretanto, há uma oferta grande de aparelhos usados no mercado por menos de R$ 1.500. Vale lembrar que o smartphone chegou em 2013 por R$ 2.399.
Porém, será que vale a pena investir em um Windows Phone mais antigo? Para te ajudar nessa decisão, o TechTudo os pontos fortes e fracos do Lumia 1020 perante a acirrada concorrência dos celulares intermediários atuais.
Pontos positivos
1. Câmera
O ponto forte do Lumia 1020 é a câmera: o top de linha de 2013 da antiga Nokia conta com um sensor de 41 MP com tecnologia Pure View. Sua resolução máxima chega a rivalizar com algumas câmeras DSLR bem caras. Mas, na fotografia digital, resolução não é tudo. Desse modo, fica a questão: a câmera do Lumia 1020 é boa?
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Em 2013, ela estava entre as principais opções de câmera em smartphones: a altíssima resolução garantia fotos com níveis de detalhe, sobretudo no zoom ou na hora de cortar, o que era simplesmente impossível nos rivais badalados daquele ano, como o Galaxy S4 e o iPhone 5. E, mesmo se considerarmos aparelhos top de linha de 2016, a vantagem do Lumia 1020 em termos de resolução na imagem é inquestionável.
A presença do conjunto de lentes com a assinatura Carl Zeiss, mesmo fabricante de dispositivos óticos encontrados em lentes específicas de fotografia profissional, também contribui para a alta qualidade de fotos. Essas lentes se dividem entre cinco de plástico e uma de vidro que, aliadas ao obturador mecânico, permitem ao celular um desempenho impressionante na hora de fotografar em condições de baixa luminosidade, conforme mostra o review do TechTudo feito em 2014.
Sua câmera deixa para trás com facilidade qualquer smartphone atual do mercado intermediário, como os Galaxy A 2016, Moto G 4 Plus e LG K10. Em relação a gravação de vídeos, o celular é capaz de capturar material a 30 quadros por segundo e em Full HD, mesma especificação encontrada nos rivais atuais.
As coisas desandam para o celular da Nokia apenas quando você considera a câmera frontal. Em 2013, as selfies não eram uma febre e a câmera dianteira era associada apenas com o uso em chamadas telefônicas com vídeo. O resultado é um sensor de apenas 1,2 megapixels.
2. Custo-benefício
O Lumia 1020 é uma opção interessante para quem procura um celular com um nível de performance equiparável a telefones intermediários do mercado atual. Mas, acima de tudo, o smartphone da Nokia pode ser uma ótima escolha para quem deseja ter uma super câmera acoplada ao celular sem gastar muito. Na faixa de preço atual desse modelo usado, não há nenhum smartphone que ofereça algo próximo em qualidade de imagem proporcionada pelo sensor amplo de 1/1,5 polegadas e de altíssima resolução.
3. Design interessante
O design do aparelho chama a atenção porque tem uma linguagem que sai um pouco do convencional: as bordas destacadas ressaltam a tela e o uso de cores mais vivas na carcaça do aparelho dá ao dispositivo uma presença mais marcante. Evidentemente, a questão é subjetiva: se você gosta de celulares mais discretos, o Lumia 1020 já começa com o pé esquerdo.
Em relações às dimensões, o Lumia 1020 tem tela de 4,5'', um pouco pequena para o padrão do mercado atual de telefones intermediários, cujos displays giram na casa das 5 polegadas.
Um detalhe a respeito do aspecto do telefone está no painel traseiro: a enorme câmera de 41 megapixels provoca uma protuberância considerável. No review do celular, realizado em março de 2014, o design foi elogiado por permitir um encaixe confortável do telefone na mão.
Pontos negativos
1. Sistema operacional
O grande problema relacionado com o Lumia 1020 é o suporte da Microsoft. O celular, que era um dos top de linha de 2013, não recebe a atualização para o Windows 10 Mobile, nova edição do sistema operacional.
Na prática, isso significa que optar pelo Lumia é conviver com suporte limitado às últimas versões do antigo Windows Phone. Além disso, o usuário terá que abrir mão de instalar apps mais recentes disponíveis para a plataforma. Isso tudo sem considerar o fato de uma grande quantidade de apps conhecidos não possuírem versão para o sistema da Microsoft.
Traçando uma comparação com o batalhão de smartphones intermediários com Android, a coisa fica ainda mais complicada para o Lumia 1020: modelos lançados nesse ano têm praticamente garantida a chegada do Android 7.0. E mesmo que essa atualização demore um pouco em aparelhos da Samsung, conhecida por atrasar consideravelmente as atualizações, os celulares de 2016 já saem de fábrica com Android 6.0 Marshmallow (em poucos casos com o Android 5.0 Lollipop), sistema com catálogo de apps muito mais amplo do que o Windows Phone.
Na prática, antes de decidir a compra, tente fazer uma lista dos aplicativos e jogos que você mais usa e confira se eles estão disponíveis para a versão do Windows Phone suportada pelo Lumia 1020.
2. Bateria
Bateria pode ser um aspecto crítico na compra de qualquer smartphone usado – não apenas o Lumia 1020 – já que esse tipo de componente está sujeito a desgaste natural pelo uso, algo que pode provocar surpresas desagradáveis com a autonomia. Antes de você decidir a compra, pode ser interessante analisar a performance do componente, tempos de recarga e verificar se o celular superaquece.
No caso do Lumia 1020, essas preocupações são ainda mais importantes, já que o telefone não tem bateria removível: caso o componente esteja gasto e com problemas, o procedimento de troca por uma nova pode sair caro.
Na possibilidade de encontrar um celular novo, essa preocupação desaparece. A bateria do Lumia 1020 tem 2.000 mAh, quantidade de energia adequada para o perfil do celular (processador relativamente lento e tela de resolução mais baixa) e está em sintonia com o que os fabricantes ofereciam em 2013.
3. Especificações: espaço restrito a 32 GB e sem cartão de memória
Aqui a idade do Lumia 1020 fica mais evidente. O celular não possui especificações técnicas empolgantes, mesmo se comparado com telefones de entrada ou intermediários atuais. O processador, por exemplo, é um Snapdragon S4 dual-core de 1,5 GHz. Para fins de comparação, o Galaxy J5 2016, que pode ser comprado novo por preços que giram na casa dos R$ 1.200, tem uma CPU de quatro núcleos a 1,2 GHz, mais rápida e econômica do que a que vai à bordo do Lumia.
O smartphone de 2013 tem memória RAM de 2 GB, algo que ainda o deixa competitivo com lançamentos mais atuais. O J5, mencionado anteriormente, também conta com 2 GB de RAM assim como o Moto G 4 Plus.
Em relação ao espaço interno para dados, as coisas ficam um pouco piores para o Lumia 1020: o celular conta com 32 GB de armazenamento, que não podem ser expandidos via cartão de memória. Esse tipo de funcionalidade está presente em praticamente qualquer rival mais atual.
Dica para quem vai comprar o celular usado
Se você não conseguir encontrar um aparelho que demorou um pouco pra ser vendido, isso significa que o telefone tem cerca de três anos nas costas. Esse tempo é bastante coisa no ciclo de vida de um smartphone e, por isso, marcas de uso devem estar presentes.
Como o Lumia 1020 alia vidro e plástico, procure desgastes na parte plástica, sinal que revela que o celular levou tombos sem capinha e que sofreu impactos. Em relação à tela, o Lumia 1020 vem com o Gorilla Glass 3, vidro resistente da Corning que era top de linha em 2013, mas inferior ao Gorilla Glass 4, presente até em smartphones baratinhos de 2016.
A grande diferença do Gorilla Glass 3 para o 4 está na resistência a riscos: torça para o antigo dono ter usado uma película de proteção, do contrário o vidro da tela do Lumia 1020 vai denunciar a idade do celular com facilidade.
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