Full Throttle Remastered é a remasterização de um jogo da LucasArts feita pela Double Fine. Depois de Grim Fandango e Day of the Tentacle, o game sobre motoqueiros era um dos mais aguardados pelos fãs de adventures da década de 90. Agora, o título chegou ao PS4, PS Vita e PC. Confira o review completo de Full Throttle Remastered.

Full Throttle Remastered é anunciado para PS4 e PS Vita

"Quando penso em Maureen, lembro de asfalto e encrenca"

Full Throttle Remastered conta a história de Ben, líder da gangue de motoqueiros Polecats. Um dia, o dono de uma grande empresa automotiva se encontra com a gangue para relembrar os velhos tempos de juventude em que também era um motoqueiro, apenas para aparecer morto, com a gangue como principal suspeita.

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O objetivo é tentar provar a sua inocência, além de salvar o futuro da empresa automotiva. A história de Full Throttle funciona bem melhor quando aproveitada em sua totalidade do que resumida dessa forma. Mas o que mais impressiona em sua remasterização é o quanto ela envelheceu bem.

Desde as piadas até a maneira como a trama se desenvolve, tudo parece fresco e divertido, até mesmo para quem já jogou o game diversas vezes. A única desvantagem para o público alvo da nova versão é o fato de ele não trazer nada de novo. Os puzzles ainda são os mesmos, assim como a solução deles.

Isso acaba fazendo com que o jogo, que já é relativamente curto por si só, acabe durando pouco mais de uma hora e meia de gameplay, sem muito incentivo para jogá-lo por bom tempo.

Remasterização feita do jeito certo

Um dos grandes receios de alguns fãs era como ficaria a jogabilidade e os gráficos de Full Throttle Remastered. Após terminar o game, é possível dizer que tudo funciona tão bem que chega a dar gosto de jogar.

O game apresenta gráficos refinados, que utilizam o visual cartunesco do título original, sem parecer uma caricatura daquilo que todos já conhecem. Mesmo assim, se você está com um espírito saudosista, pode ativar os gráficos originais do game. Isso pode ser feito com a dublagem, com algumas vozes retrabalhadas, e sua trilha sonora.

A jogabilidade no PC é praticamente a mesma de anos atrás, com uma pequena interface em que você escolhe usar itens, socar, chutar, observar e falar com outros personagens. No joystick, isso acaba funcionando muito bem, tendo o cursor sendo controlado pelo analógico e a interface respondendo bem aos comandos do controle. O fato de o game ter pouquíssimas cenas em que você precisa agir rápido, a experiência se torna tranquila.