O Dragon Ball Z é um dos desenhos animados mais populares das últimas décadas e sempre recebeu inúmeros jogos baseados nas aventuras de Goku e seus amigos. Desde então, os games da série evoluíram visualmente a passos largos, desde meros contornos monocromáticos até visuais em 3D que enganam os olhos como o impressionante Dragon Ball FighterZ para PS4, Xbox One e PC. Confira como foi a evolução gráfica dos jogos de Dragon Ball Z.
O sucesso de Dragon Ball Z demorou alguns anos para sair do Japão. Enquanto a terra do Sol nascente acompanhou as aventuras de Goku ainda em 1986, boa parte do mundo só foi conhecê-lo por volta do final dos anos 90. Por isso, muitos dos games aqui listados são exclusivos do território japonês ou foram localizados excepcionalmente para alguns países europeus onde o desenho chegou a ser exibido.
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Dragon Ball: Pilaf no Gyakushu (Mini Game - 1986)
O primeiro jogo lançado baseado na série Dragon Ball não foi para um videogame, mas para os antigos mini games de LCD da fabricante Epoch no Japão, semelhantes aos Game & Watch da Nintendo. Baseado na saga original de Dragon Ball em que Goku ainda é uma criança, o jogo tem controles rudimentares e apenas trabalha com posições predefinidas e gráficos est�
Dragon Ball: Dragon Daihikyou (Super Cassette Vision - 1986)
A série continuou com a fabricante Epoch no Japão com seu primeiro jogo mais tradicional, Dragon Ball: Dragon Daihikyou para o Super Cassete Vision da empresa. A jogabilidade era como a de um jogo de nave, mas com Goku em cima de sua nuvem voadora no lugar de um avião e disparos de Ki como seu Kame Hame Ha no lugar de tiros. Os gráficos estavam a par com consoles de 8 Bits da época e ocasionalmente havia também batalhas contra o Mestre Kame.
Dragon Ball: Shenron no Nazo (Famicom - 1986)
Após os games produzidos para as plataformas da Epoch, a maioria dos jogos de Dragon Ball passou a ser produzida e distribuída pela Bandai (hoje Bandai Namco). Dragon Ball: Shenron no Nazo misturava aventura e lutas com gráficos um pouco melhores que os do Super Cassete Vision, mas não muito. O game apenas foi lançado no Japão e na França. Nos Estados Unidos a turma de Goku foi trocada por outros personagens e o título alterado para Dragon Power.
Dragon Ball: Daimao Fukkatsu (Famicom - 1988)
Outro game que apenas foi lançado no Japão, Dragon Ball: Daimao Fukkatsu foi o primeiro RPG baseado no desenho animado. Por utilizar um ritmo mais lento e cenas de batalha predeterminadas o jogo conseguiu apresentar gráficos mais parecidos com o estilo clássico da série. Apesar de contar com poucos quadros de animação as cenas são bastante reconhecíveis.
Dragon Ball Z: Kyoshu! Saiyan (Famicom - 1990)
O segundo RPG de Dragon Ball Z criou o estilo de jogabilidade que ficou mais conhecido pelos fãs pelos próximos anos. Em Dragon Ball Z: Kyoshu! Saiyan o usuário utiliza cartas para realizar ações e as cenas de batalha mostram personagens com gráficos um pouco simplificados em trocas de socos e chutes. Este título também permaneceu apenas no Japão, mas muitos jogadores chegaram a ter acesso a uma versão traduzida de seu remake: Dragon Ball Z: Super Saya Densetsu.
Dragon Ball Z: Super Saiya Densetsu (Super Nintendo - 1992)
No Super Nintendo os games Dragon Ball Z: Kyoshu! Saiyan e sua sequência Dragon Ball Z 2: Gekishin Freeza foram combinados neste remake para o Japão. Apesar de seus gráficos terem sido melhorados em relação ao Famicom, com mais detalhes e novas cenas para ataques especiais, eles ainda estavam bem aquém da qualidade que se esperaria do Super Nintendo.
Dragon Ball Z (Fliperama - 1993)
Um dos maiores saltos gráficos dados pela franquia foi pelo primeiro fliperama de Dragon Ball Z lançado nos anos 90. Apesar de contar com poucos personagens eles eram apresentados com sprites grandes, com uma boa animação para a época e eram até mesmo capazes de voar pelo cenário. Assim como tantos jogos da série, ele nunca saiu do Japão e por isso não é muito conhecido pelos fãs ocidentais.
Dragon Ball Z: Super Butouden (Super Nintendo - 1993)
Apesar de graficamente inferior ao game do fliperama, Dragon Ball Z: Super Butouden trazia bons visuais para o Super Nintendo e ficou marcado por alguns detalhes ainda visualmente impressionantes. A série introduziu uma tela dividida que permitia aos lutadores se afastarem e com isso disparar golpes especiais como o Kamehameha e Big Bang Attack que tomavam a tela inteira.
Dragon Ball: Super Butouden teve duas sequências no Super Nintendo e um título semelhante de luta no Mega Drive chamado Dragon Ball Z: Buyu Retsuden. Um game que merece uma menção honrosa é Dragon Ball Z: Hyper Dimension do Super Nintendo que introduziu um estilo gráfico mais detalhado e agressivo, porém quando ele foi lançado em 1996 já havia jogos de Dragon Ball Z para PlayStation. Nenhum destes títulos mencionados foi lançado fora do Japão.
Dragon Ball Z 2: Super Battle (Fliperama - 1995)
A sequência do primeiro fliperama de Dragon Ball Z no Japão alterou um pouco o visual do game e com isso criou um efeito diferente. Os personagens são um pouco menores que os do jogo original porém contam com uma fina linha de contorno preto e uma aparência em geral que fazia com que eles parecessem mais com suas versões em desenho animado.
Dragon Ball Z: Ultimate Battle 22 (PlayStation - 1995)
A porta de entrada para a série Dragon Ball Z na geração de videogames com mídia ótica foi o PlayStation através de Dragon Ball Z: Ultimate Battle 22. O jogo claramente foi um avanço gráfico para a série ao trazer personagens 2D maiores, grande variedade de lutadores e boas animações, porém outros defeitos não passavam despercebidos. Todos os lutadores pareciam ter suas imagens mal recortadas e os cenários em 3D eram genéricos e de baixa qualidade.
Apesar de lançado em 1995 no Japão, o game apenas saiu nos Estados Unidos em 2003, o que fez com que muitos jogadores tivessem seu primeiro contato com os games da série através de Dragon Ball GT: Final Bout. Os gráficos de Dragon Ball Z: Ultimate Battle 22 também foram reutilizados no jogo Dragon Ball Z: Shin Butouden do Sega Saturn.
Dragon Ball GT: Final Bout (PlayStation - 1997)
O primeiro game totalmente em 3D de Dragon Ball, Final Bout apresentou pela primeira vez os personagens da famosa fraquia modelados em três dimensões. Apesar de um pouco simples devido à tecnologia da época, os lutadores eram fiéis e suas características principais bem reconhecíveis. O jogo seguia a saga Dragon Ball GT, sequência de Dragon Ball Z que não costuma mais ser considerada canônica após Dragon Ball Super.
A jogabilidade do game ainda era um pouco travada, mas muitos jogadores o apreciaram mesmo assim já que ele foi um dos primeiros a ter lançamento mundial. Desde então a grande maioria dos títulos da franquia passou a ser lançada em todas as regiões.
Dragon Ball Z: Budokai (PlayStation 2 e GameCube - 2002)
Depois de um período significativo sem novos jogos da série, Dragon Ball Z voltou com tudo em Dragon Ball Z: Budokai. Pela primeira vez graças ao poder dos novos consoles jogadores puderam ver Goku e seus amigos reproduzidos em 3D com grande fidelidade e em cenas de batalha incríveis. Para completar o jogo também tinha um excelente modo campanha que acompanhava toda a história do desenho, algo ainda não havia sido feito na época.
A versão de Dragon Ball Z: Budokai de GameCube adicionou também um efeito chamado cel shading, o qual deixava os gráficos do game com contornos pretos e assim um visual de desenho animado mais ressaltado. No primeiro jogo este efeito era exclusivo da versão do console da Nintendo, mas posteriormente ele foi adotado também nas sequências Dragon Ball Z: Budokai 2 e 3.
Dragon Ball Z: Burst Limit (Xbox 360 e PlayStation 3 - 2008)
Após várias iterações da série Budokai e seu spin-off Tenkaichi Budokai, a série chegou um pouco cansada à geração seguinte. Ainda assim, Dragon Ball Z: Burst Limit deu o toque de refinamento final para alcançar o mais alto patamar visual em matéria de games de Dragon Ball Z, com modelos perfeitamente recriados e ótimos efeitos para visual de desenho animado.
Os games que saíram em sequência, Dragon Ball: Raging Blast de 2009 e Dragon Ball Z: Ultimate Tenkaichi de 2011, apresentaram algo como pontos de vista diferentes para os gráficos da franquia, mas sem necessariamente oferecerem uma evolução inquestionável. Raging Blast puxava mais para o lado do brilho e do desenho animado, enquanto Ultimate Tenkaichi resgatava o traço do mangá. Todos eles acabaram superados pelo capítulo mais recente desta lista.
Dragon Ball FighterZ (PlayStation 4, Xbox One e PC - 2018)
Revelado durante a feira de jogos E3 2017 em junho e planejado para ser lançado em 2018, Dragon Ball FigherZ foi uma das maiores surpresas do evento. Apesar de o game ser em 3D seus gráficos foram feitos para parecerem versões 2D em alta resolução, o que permite elementos como animações mais fluídas e mudanças de ângulo de câmera durante golpes.
O desenvolvimento está nas mãos do estúdio Arc System Works, o mesmo de séries como Guilty Gear e BlazBlue, o qual também trabalhou recentemente em Dragon Ball Z: Extreme Butouden. Conhecida por seus gráficos 2D de alta resolução a produtora desenvolveu técnicas para simular 2D com modelos 3D, algo que utilizou em seu game Guilty Gear Xrd e agora em Dragon Ball FighterZ
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