Star Wars Battlefront 2 é o novo jogo inspirado pela série de cinema criada por George Lucas e lançado no PS4, Xbox One e PC. O título segue de perto o que foi visto na primeira versão, lançada em 2015, e acrescenta boas novidades, como um modo campanha, que funciona offline. Ainda assim, há elementos polêmicos, como caixas com itens aleatórios e partidas que não passam a exata emoção de um game desta saga. Será que os fãs ficarão satisfeitos com a nova versão? Confira nossa análise completa para descobrir:
Testamos o beta de Star Wars Battlefront 2, que empolga, mas nem tanto
Apresentando Iden Versio
Como todo novo produto Star Wars que saiu após a compra da Disney, Battlefront 2 tenta adicionar algo inédito na cronologia já intrincada da série. Agora o que temos é um modo campanha focado em Iden Versio. Mas quem é a moça? Não estranhe se realmente não conhecer, pois se trata de uma personagem inédita, criada especialmente para esta aventura.
Versio é uma agente especial do Esquadrão Inferno, grupo de elite de pilotos do Império, que tem a missão de retomar o poder, após a derrota sofrida no filme Star Wars O Retorno de Jedi. A campanha de Battlefront 2 é focada na jovem, com a missão de levar seu grupo a locais perigosos e também se provar digna do posto para seu pai, almirante e comandante de uma nave poderosa.
Com momentos que variam entre bons e medianos, a campanha de Star Wars Battlefront 2 não se destaca em nenhum momento. Há partes em que vemos – e jogamos – com personagens clássicos, que não vamos detalhar para não entregar spoilers, mas ainda assim não é algo que vá ficar guardado na sua mente por muito tempo.
Na verdade, a história de Battlefront 2 tem toda a mesma jogabilidade do modo multiplayer, e por isso ela dá a impressão de ter sido criada apenas para treinar o usuário para jogar online, mais ou menos como é feito em qualquer outro título do gênero FPS. Ainda assim, o maior problema está no fato de a campanha ser até divertida, mas não ter grandes momentos.
Multiplayer, o coração de Battlefront
Star Wars Battlefront sempre foi uma série multiplayer, mesmo nas versões mais antigas, lançadas em gerações passadas. É aqui onde o jogo brilha, onde promove guerras de proporções épicas com as famosas unidades inspiradas pela série, quando temos conflitos de tirar o fôlego e te prender por horas com o controle na mão. Ou quase isso.
Star Wars Battlefront 2 é um jogo que parece ter conteúdo vasto, mas a maioria fica no “mais do mesmo” e você não nota uma certa diferenciação entre os modos. Assim, além da campanha, o jogador tem a oportunidade de aproveitar o título em dois outros segmentos principais: multiplayer e arcade. O primeiro é focado nas batalhas online, que por sua vez têm modalidades extras, para até 40 participantes, enquanto o segundo é um modo cooperativo para até dois jogadores, que pode ser aproveitado online ou offline.
O multiplayer, por exemplo, apresenta o Ataque Galático, para
Os heróis e vilões também dão as caras nos modos principais, mas são desbloqueados conforme sua performance. Essa é uma funcionalidade que estava presente nos Battlefront clássicos. Quanto mais mortes ou objetivos cumprir, mais pontos tem para comprar unidades especiais, e isso inclui os personagens lendários, como Darth Vader, Kylo Ren ou Luke Skywalker, mas também soldados mais poderosos e com armamento mais pesado.
Um jogo com melhor identidade?
Battlefront 2 também tem a boa novidade de personalização de heróis e soldados. Você pode modificar até mesmo as unidades especiais por meio de cartas, as chamadas Star Cards, que são desbloqueadas em caixas especiais. Por um lado isso é muito bom, por outro traz toda uma nova discussão sobre jogos que te obrigam a gastar demais.
É que, com as Star Cards, Battlefront 2 também trouxe as loot boxes, caixas que dão brindes aleatórios para quem consegue abrir ou comprar uma. Essas caixas são oferecidas conforme você avança na progressão do jogo, comprando com créditos fictícios obtidos nas partidas. Durante o lançamento o game também permitia comprá-las com dinheiro real, o que desapontou muitos fãs, por forçar gastar uma certa quantia que permitia ficar melhor no modo online – o que poderia desequilibrar as partidas.
“Permitia”, pois a EA voltou atrás e desativou, temporariamente, a possibilidade de comprar as caixas com dinheiro real, tendo como base o retorno dado pela comunidade. Até o fechamento esta análise, a função não havia retornado, então não sabemos como ficará Star Wars Battlefront 2 neste sentido, no futuro.
Ainda que seja por trás de boas ideias, o sistema de caixas acabou não dando tão certo quanto o esperado. Porém, personalizar os soldados em combinações únicas é uma boa forma de prolongar a experiência com o jogo, então não dá para negar que é até divertido colecionar as cartas e organizá-las no menu feito para isso.
Um jogo de tiro sem muitas inovações
Em termos de jogabilidade, Star Wars Battlefront 2 não inova tanto quanto poderia. O jogo é bom, sólido, divertido de jogar e com boas ideias. Há espaço para novidades, como o “minigame” que te permite recarregar a arma de forma mais rápida, além da inclusão de batalhas realmente espaciais, mas nada muito além disso. Ele ainda é um jogo de tiro bem tradicional e que respeita suas origens.
Se por um lado isso é bom, pois não “muda time que está ganhando”, por outro lado fica a impressão de que há pouco incentivo para quem comprou o game de 2015 adquira também este. Claro que temos unidades inéditas, armas nunca antes vistas e agora conteúdo do filme Star Wars Episódio 7 O Despertar da Força, como mapas e personagens. Mas será que vale a pena investir em um título que parece uma expansão?
Visualmente ele está muito bonito. Aqui a evolução é clara e mostra que, em termos gráficos, a EA não brinca em serviço. Tanto personagens quanto cenários estão muito detalhados e há efeitos visuais durante as partidas de impressionar. A dublagem, por outro lado, vem em péssima qualidade, sem respeitar nem mesmo as vozes utilizadas nos filmes por aqui.
Conclusão
Star Wars Battlefront 2 parece que dá motivos para que os fãs reclamem. Fortemente baseado em um sistema de itens e cartas para reforçar soldados, ele inicialmente dava vantagens para quem pagava mais por isso no multiplayer. Ainda que este sistema tenha sido desativado, o jogo como um todo não apresenta tantas novidades que vão além de torná-lo quase que uma expansão do game anterior. Divertido, com boas novidades e uma campanha simpática, mesmo que sem momentos expressivos, o jogo vale para quem é muito fã e, mesmo assim, só se você quiser entrar muito no clima do filme que estreia em dezembro.
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