The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia é um game inspirado pelo anime de nome similar - que no Brasil também é conhecido como Nanatsu no Taizai, ou Sete Pecados Capitais. O jogo foi lançado para PS4 pela Bandai Namco e adapta toda a primeira fase do desenho animado, cobrindo seus principais fatos com algum conteúdo interessante para os fãs, além de missões paralelas que complementem a história. Mas será que ele vale a pena? Leia nossa análise e entenda mais a proposta da aventura:

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Os Sete Pecados Capitais

The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia é uma história focada em fantasia, com ação e magia. O anime original se passa em uma realidade onde humanos e monstros coexistem, o que gera alguns conflitos. É neste cenário que conhecemos uma força de cavaleiros do reino, formada por pessoas extremamente poderosas – este grupo é chamado de “Os Sete Pecados Capitais”.

Confira a análise de The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia (Foto: Divulgação/Bandai Namco)

Cada um de seus membros carrega um nome e um título – Pecado do Dragão (Ira), Pecado da Raposa (Ganância), Pecado do Urso (Preguiça), e por aí vai. O problema é que esta guarda foi banida do reino após um golpe de estado orquestrado por forças ocultas, e agora, desbandados, eles lutam para retomar seu poder e provar sua inocência.

Aqui temos a introdução dos heróis e a aventura que começa com Meliodas, o Pecado do Dragão. Ele é um jovem loiro de estatura pequena, mas que guarda grande poder dentro de si. Ao longo de sua jornada, ao lado da princesa Elizabeth e do porco Hawk, eles tentam encontrar os outros Pecados para corrigir as injustiças e salvar o reino.

The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia é baseado no anime de mesmo nome (Foto: Divulgação/Bandai Namco)

A história é interessante, mas bem básica, encontrada em formatos similares em qualquer outro anime de pancadaria e aventura. O jogo adapta o desenho animado de forma até fiel, com detalhes que ficam de fora do enredo original, mas que ganham destaque por aqui. Ainda que não seja a narrativa mais autêntica do mundo, ela diverte quem curte o gênero.

Missões, missões e mais missões!

A jogabilidade principal de The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia é dividida em missões. O game começa com uma batalha entre Meliodas e as forças do reino, em que o jovem “herói” precisa eliminar seus inimigos em um período curto de tempo. Apesar de termos combate contra numerosos personagens, este não é um jogo no estilo “Musou”, ou seja, onde lutamos contra um exército de guerreiros, em mapas gigantescos. Na verdade, ele é bem contido.

The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia é dividido em missões (Foto: Divulgação/Bandai Namco)

O maior trunfo de The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia é sua simplicidade. Para evoluir na história o jogador precisa apenas selecionar as missões no campo “Quest”, dentro da taverna de Meliodas, para poder lutar e progredir. Conforme avança, objetivos paralelos surgem, e é necessário cumpri-los em alguns casos para que novas tarefas relacionadas ao enredo principal sejam destravadas. E

... assim seguimos até o final da aventura, alternando entre “quests” e combates.

Por ser o primeiríssimo título da série, ele é bem simples em geral. Há uma variação aqui e outra ali, como a personalização dos heróis, com base em equipamentos e magias. Nas batalhas, você obtém cristais que servem para evoluir estes pontos. Há ainda a possibilidade de selecionar personagens diferentes, conforme são destravados, para as tarefas, além de missões exclusivas para um e outro.
The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia tem um trunfo, que é sua simplicidade (Foto: Divulgação/Bandai Namco)

Ser básico assim é até uma opção interessante, que provavelmente tem relação com o pouco material para ser trabalhado. O anime tem apenas uma temporada, com a outra iniciando sua transmissão ainda no Japão, o que possivelmente não deu muita liberdade para se trabalhar e evoluir muito além do previsto. Além disso, a falta de variedade e diversidade de jogabilidade pode afastar não conhece o desenho. Desta forma, ele consegue agradar somente quem já é fã, com poucas chances de converter quem ainda não viu a obra original.

A luta dos pecados

As batalhas são em arenas 3D, mas contidas. Como citamos, não há combate em campos muito abertos. Porém, o jogo mantém elementos destrutíveis, com base nos golpes, o que dá um resultado visual legal. Os embates são de um contra um e te colocam em diversas situações, controlando personagens da série, começando por Meliodas. Até mesmo Elizabeth participa, mas acompanhada por Hawk.

The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia tem combates criativos (Foto: Divulgação/Bandai Namco)

As lutas são criativas. Elas se parecem bastante com outros jogos de anime, com comandos similares, como Naruto Ultimate Ninja Storm e Dragon Ball Xenoverse ou Tenkaichi Budokai. Quem gosta deste tipo de combate, vai curtir o que ver por aqui. Mas, mesmo com muitos personagens, eles podem soar repetitivos. Não há uma certa progressão nas habilidades, apenas nos poderes gerais – o mesmo ataque vai continuar visualmente o mesmo, mas vai ser apenas mais forte, por exemplo.

Há a possibilidade de jogar online ou em um modo de duelos offline. Este é um ponto interessante, pois separa da jogabilidade principal um elemento visto no game como um todo. Dá mais opção do que fazer, para o caso de você querer passar um tempo lutando ou gastar apenas alguns minutos adicionais na aventura, sem necessariamente se prender ao enredo.

Gráficos de anime

Apesar de ser em 3D, os gráficos de The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia imitam bem o anime original. Não é usada a técnica “cel-shading” vista em Dragon Ball ou Naruto, porém. A produção opta por ter algo mais voltado para o 3D tradicional, ainda que os personagens estejam bem fiéis em termos visuais.

The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia tem batalhas contidas (Foto: Divulgação/Bandai Namco)

Isso se repete nos cenários e mapa geral. The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia não tem problemas em mostrar suas origens no design e isso é bom, pois pode agradar a maioria dos fãs. Ele não é dublado e nem tem legenda em português, infelizmente, mas todas as vozes são as mesmas do japonês, o que dá uma melhor sensação de fidelidade.

Conclusão

The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia é um jogo com algum esmero, bem produzido e com gráficos que lembram bastante o anime original. Mas ele é meio “básico demais”. Tem combates interessantes e muitos personagens representados de forma fiel. Sua jogabilidade não varia tanto dos pontos principais, o que não vai ajudar a converter novatos. No fim das contas, ele deve agradar bastante quem é fã do desenho animado, mas não vai chamar a atenção de quem ainda está para assisti-lo.

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