Carro conectado, autônomo e que não polui o meio ambiente. Essas são algumas características que muitos acreditam que o carro do futuro terá. Até que isso realmente aconteça, há ainda um longo caminho a percorrer, seja no aprimoramento da segurança ou na regulamentação por parte dos governos. A insegurança das pessoas ainda é grande – principalmente após o acidente envolvendo um carro autônomo da Uber, ainda em fase de testes.

Além da possibilidade de carros guiados por robôs, existem projetos envolvendo impressoras 3D, biometria e até realidade virtual. O TechTudo reuniu algumas das principais apostas em tecnologia automotiva que podem se tornar mais presentes nos próximos anos.

LSEV traz carroceria cfeita por método de impressão 3D (Foto: Divulgação/Polymaker)

1. Carro feito em impressora 3D

A indústria de carros é conhecida por automatizar o processo de fabricação com o uso de robôs. A impressora 3D deve se tornar o próximo grande passo das marcas rumo a uma melhor eficiência na produção de veículos e na redução do custo de fabricação. Já em 2019, os primeiros carros construídos por uma máquina 3D devem começar a ser vendidos.

O LSEV, modelo apresentado pela empresa Polymaker, traz uma série de vantagens em relação aos carros feitos tradicionalmente. Entre os prós está o número de peças, passando de mais 2 mil para apenas 57 componentes plásticos — vidros, motor, pneus e assentos são feitos da mesma forma que nos automóveis atuais. Além disso, o carro é mais leve, pesando 450 Kg. O preço de lançamento deve gi

... rar em torno de R$ 32 mil.

2. Realidade aumentada

Navion leva realidade virtual para parabrisa dos carros (Foto: Divulgação/WayRay)

Não é só nos celulares, no PC e no videogame que a realidade aumentada vem se tornando destaque. A tecnologia também deve chegar com força na indústria automobilística. Ela vem sendo apontada como a próxima grande tendência para os carros, até mesmo à frente dos veículos autônomos.

Vários modelos de carros vendidos atualmente já permitem a reprodução de algumas informações no para-brisa. Mas, no futuro, a realidade aumentada nos carros deve ir além: mapas, informações sobre o trânsito e dados detalhados quanto às condições do veículo devem passar de um display (smartphone ou tela embutida no painel) para exibição no vidro do carro.

A empresa suiça WayRay mostrou, durante a CES 2018, um equipamento capaz de levar a realidade aumentada aos carros – e pronto para ser vendido. O Navion é montado junto ao para-brisa e traz uma câmera. A tecnologia combina dados de localização e mostra informações úteis, como aceleração e distância até o endereço cadastrado, por exemplo. A fabricante está negociando com algumas montadoras para que o equipamento venha embarcado de fábrica.

3. Biometria

Sensor no cinto pode coletar informações sobre sinais vitais do motorista (Foto: Divulgação/Olea Sensor)

A biometria já vem sendo usada como recurso de segurança há um bom tempo em dispositivos móveis e começa a ter maior presença nos computadores. Porém, a tecnologia ainda não deslanchou nos carros. Hoje existem algumas opções de uso, como um kit que libera a partida do carro apenas com a impressão digital.

A Gentex, empresa especializada em eletrônicos, mostrou na CES 2017 um equipamento de detecção de íris para ser instalado em automóveis. O veículo só sai do lugar após reconhecimento do responsável. Porém, o uso deve ir muito além de apenas ligar ou desligar o motor. A biometria nos carros terá diferentes níveis.

A expectativa é que no futuro o carro tenha sensores capazes de detectar funções vitais do motorista. Um eletroencefalograma no encosto da cabeça pode identificar se quem está dirigindo tem sono e emitir alertas. Um sensor preso ao cinto pode monitorar dados sobre os batimentos cardíacos e respiração e dar um relatório às autoridades em caso de acidente. A Olea Sensor é uma das empresas que estão apostando no desenvolvimento dessas tecnologias.

Seguindo a mesma linha, a Subaru mostrou, durante a New York International Auto Show deste ano, um sistema de reconhecimento facial. A tecnologia, chamada de DriverFocus, monitora sinais de fadiga do motorista. Com isso, consegue emitir alertas caso o condutor esteja prestes a dormir no volante. O recurso está presente no novo Subaru Forester.

4. Inteligência artificial

App da Volkswagen usa inteligência artificial para detectar problemas no carro (Foto: Divulgação/Volkswagen)

A inteligência artificial já começa a ser incluída em alguns carros. Ainda em 2015, 8% dos veículos novos vinham com algum grau de IA e, de hoje até 2025, é esperado um aumento de 109% - os dados são da consultoria IHS. Atualmente, a China pretende ter metade dos seus veículos contemplados com a tecnologia. Para isso, quer cobrir 90% das cidades e rodovias com acesso à Internet até 2020.

A IA é a base para os carros autônomos. Sem ela, não há veículos sem motorista. Mas a tecnologia também pode ser usada para melhorar a conectividade dos carros, oferecer mais opções de entretenimento e, claro, para ajudar o motorista na tomada de decisões.

O Volkswagen Virtus é um dos primeiros modelos com IA vendidos no Brasil. O carro a utiliza para ajudar na detecção de problemas por meio de um aplicativo para celular. Você tira a foto do painel e o app diz o possível motivo para o alerta. O futuro, entretanto, caminha para que tudo seja controlado pelo próprio computador de bordo do carro.

5. Carro sem motorista

Veículo autônomo do Uber se envolveu em acidente com vítima fatal no Arizona (Foto: Divulgação/Uber)

Os veículos autônomos são o grande hype do momento. Quase todas as montadoras têm algum tipo de projeto nesse sentido. De olho no futuro, algumas empresas de tecnologia como o Google e a Apple estão fazendo pesquisas para acelerar o desenvolvimento dos carros sem motoristas.

Hoje já existem alguns modelos que exploram as características de carros autônomos; veículos que fazem baliza sozinhos são um exemplo. Porém, ver esses modelos trafegando em massa pelas ruas ainda deve demorar, a tecnologia ainda precisa evoluir muito.

Os recentes acidentes envolvendo carros autônomos da Uber mostram que os modelos precisam de melhorias. Mesmo que os investigadores do caso tenham concluído que o acidente dificilmente seria evitado por um motorista humano, os testes também foram cancelados por outras empresas, como a Toyota.

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