O Razer Phone e iPad Pro são dois aparelhos que podem ter inaugurado uma nova tendência entre as telas de smartphones e tablets. Ambos contam com um tipo de display que funciona a 120 Hz, taxa de atualização mais rápida que em telas convencionais, de 60 Hz, presentes tanto em smartphones premium, como o iPhone X e o Galaxy S9, quanto em modelos de entrada, como o Alcatel Idol 4 e um Moto E5.
Telas em 120 Hz podem ser úteis para garantir mais qualidade gráfica em jogos ou obter efeitos mais fluidos. A seguir, o entenda o que são esses 120 Hz e quais são as suas vantagens e desvantagens em celulares e tablets.
O que são esses 120 Hz?
Qualquer tipo de tela – seja no monitor de um computador, em notebooks, em TVs ou no celular – funciona com atualização de dezenas de vezes por segundo de cada um dos pixels que as compõem. Esse processo é tão rápido que os nossos olhos não percebem a tela piscando a todo instante, o que dá a impressão de uma imagem estável.
Diferentes telas vão atualizar em ritmos distintos. No caso de displays com frequência de 120 Hz, isso significa que cada um dos pixels da tela se renovam em até 120 vezes por segundo. Telas de monitores gamers, TVs 4K mais avançadas e do Razer Phone atualizam nessa frequência, por exemplo.
Além dos 120 Hz, existem telas que com frequência de 60 Hz (ou 60 vezes por segundo), mais comuns no mercado, e telas ainda mais rápidas, de 144 Hz. Há, também, displays mais lentos, com taxas de 30 Hz.
Qual é a vantagem de uma tela que funciona a 120 Hz?
Em geral, quanto mais rápida for a tela, melhor é o tempo de resposta do display em atividades quando agilidade e precisão são importantes. É por isso que os melhores monitores gamers do mercado têm taxas entre 120 e 144 Hz, por exemplo, já que a frequência dá margem para o sistema funcionar mais rapidamente e a atingir taxas de quadros por segundo (qps) maiores.
A diferença de tela de 60 e 120 Hz pode ser perceptível especialmente em games. Nesses casos, é possível que apareça "rastro" em cenas muito rápidas. Esse "rastro" é um efeito dos pixels que não foram atualizados rapidamente pelo display em sincronia com a ação que o jogo produziu.
Para eliminar esse risco, a melhor solução é apostar em uma tela que atualize tão rapidamente quanto o jogo produz gráficos. Afinal de contas, não adianta ter uma boa placa de vídeo, capaz de rodar jogos acima de 60 qps, se o seu monitor não acompanha essa velocidade de informação gráfica.
No caso específico da Razer e outros celulares gamers que estão investindo nessa tecnologia, a ideia é a mesma: ao garantir que a tela atualize a um ritmo acelerado, o smartphone passa a oferecer tempos de resposta mais curtos, menos latência e dá ao usuário a sensação de agilidade e precisão nos controles – aspectos essenciais num produto com enfoque para jogos.
E no iPad Pro?
O tablet da Apple inaugurou a tendência de telas de 120 Hz, com a tecnologia chamada de ProMotion. Embora o tablet não seja, à primeira vista, um dispositivo gamer, os motivos para o uso dessa frequência são os mesmos.
A tela de 120 Hz deixa os efeitos e transições mais ágeis, sobretudo, em alguns tipos de atividades, que são o foco do tablet com pegada profissional. Desenhistas, com o uso da Apple Pencil, se beneficiam com a tecnologia, por exemplo, pois garante maior precisão no traço rápido.
Outro aspecto positivo, mencionado pela Apple, está em garantir efeitos mais fluídos de zoom e de deslizar a tela na hora de ler um texto, arquivo PDF, livro ou página de Internet, uma vez que a tela responde mais rapidamente aos comandos do usuário.
Aspectos negativos
Há alguns pontos negativos que precisam ser observados. O primeiro deles é o consumo de energia, já que, para funcionar em um ritmo mais rápido, a tela precisa atualizar seus pixels ao dobro da velocidade de um display convencional de 60 Hz.
Outro problema que pode surgir é o chamado “tearing” (“rasgando”, em inglês). Esse tipo de problema ocorre quando a tela e processador gráfico perdem sincronia, resultando em pequenas faixas na imagem, como se fossem rasgos de um quadro mais recente sobreposto por um quadro mais antigo.
Esse problema pode ser amenizado com uma série de cuidados, como fixar jogos e apps a uma taxa mínima de 60 Hz, suportada pela maioria das telas de smartphones disponíveis na atualidade, e liberando mais quadros por segundo apenas em dispositivos que suportem taxas maiores por conta de processadores gráficos mais poderosos e telas que rodem a velocidades maiores.
Além disso, é importante lembrar que não há muito conteúdo compatível com as telas mais velozes do Razer Phone e do iPad Pro. Desenvolvidos para rodar a, no máximo, 60 Hz, esses jogos e apps atuais não podem aproveitar todo potencial desses display. Entretanto, caso esse tipo de tela se torne uma tendência no futuro, mais aplicativos poderão a suportar a tecnologia.
Com informações de Android Authority e Phone Arena
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