Grandes fabricantes de celulares já passaram por polêmicas envolvendo problemas nos seus produtos. Alguns deles foram graves, como as baterias explosivas do Galaxy Note 7, da Samsung. Outros, mais leves, como os casos de Antennagate, do iPhone 4, e Bendgate, do iPhone 6 Plus, além do bug que deixou donos de celulares da Motorola sem GPS. A Sony e a LG, por sua vez, lançaram produtos inovadores, mas que, na prática, não eram funcionais para os usuários. Confira, na lista a seguir, seis casos emblemáticos envolvendo smartphones de empresas famosas.

Galaxy Note 7 explosivo

Lançado em agosto de 2016 para concorrer com o iPhone 7 Plus, o Galaxy Note 7 apresentou um grave problema na bateria, que fazia com que alguns aparelhos explodissem após um superaquecimento. A Samsung confirmou que o problema estava no projeto do componente do smartphone, que possuía encapsulamento muito fino, insuficiente para o encobrir a bateria de maneira correta, permitindo que os polos extremos entrassem em contato, causando um curto-circuito. Os casos aconteceram em todo o mundo. Apesar de anunciado no Brasil, o modelo não foi comercializado em território nacional.

Após um recall desastroso das baterias defeituosas, outros problemas surgiram. As divisórias internas que deveriam separar os polos negativo de positivo também foram desenvolvidas com falhas, causando o mesmo problema do dispositivo original. Ou seja, as novas baterias continuaram a explodir.

Depois dessa segunda falha, a Samsung resolveu encerrar a fabricação do celular poucos meses após o seu lançamento. A marca orientou os usuários a deixar o aparelho desligado e pediu que as operadoras de telefonia também suspendessem a comercialização do modelo. Os consumidores prejudicados foram reembolsados com o valor do aparelho ou com outros produtos da sul-coreana.

Bendgate da Apple

Usuários do iPhone 6 Plus notaram que seus celulares estavam entortando no bolso. Embora a falha tenha acontecido com modelos anteriores da Apple, como o iPhone 5 e iPhone 5S, e até com concorrentes, como o Galaxy S4, foi com o celular recém-lançado que o problema ganhou maiores proporções. Para consertar, o usuário teria que forçar o telefone no sentido contrário, com o perigo de quebrar a tela.

O problema estava no tamanho do iPhone 6 Plus, com tela de 5,5 polegadas e design mais fino, que resultava em uma maior facilidade de torção na área central caso houvesse pressão nas extremidades. Além disso, a falta de um chassi de magnésio também deixou o aparelho com menos resistência física, já que o aparelho era sustentado por duas finas camadas de alumínio.

O escândalo fez com que a Apple perdesse US$ 22 bilhões de valor de mercado na época.

Motorola e o apagão de GPS

Alguns modelos da Motorola apresentaram um problema na localização por GPS. O celular simplesmente não detectava o sinal, fazendo com que apps como Waze e Google Maps não funcionassem. Ao tentar utilizar os mapas, os usuários eram surpreendidos por mensagens de erro. Alguns dos aparelhos afetados foram o Moto G4 Play, Moto G4, Moto Z, Moto Z2 Force, Moto G6 e Moto G6 Plus.

A Motorola reconheceu o problema e lançou uma atualização de sistema que corrigiu parcialmente a falha de sinal em alguns aparelhos. Não se sabe quantos usuários foram afetados ao todo, mas a empresa orientou os proprietários de modelos defeituosos a procurar assistências técnicas autorizadas.

LG G5: design modular rejeitado pela própria fabricante

O LG G5 foi lançado com uma proposta curiosa: seu design modular permitia ao usuário substituir partes do celular. Através de um botão físico, a parte de baixo do aparelho se desmontava, e era possível trocar a bateria e instalar peças de acordo co

... m a necessidade, como um controlador da câmera digital ou um som em alta definição. O design não agradou tanto e a LG não lançou novos produtos com esse formato.

No Brasil, o aparelho foi lançado quatro meses após o modelo gringo e teve ainda mais rejeição, já que desembarcou por aqui numa edição menos potente: o LG G5 SE. O modelo tinha design igual ao estrangeiro, mas com um processador mais fraco e menos memória RAM.

Sony e o primeiro celular com tela 4K sem utilidade

Em 2015, a Sony inovou e lançou o Xperia Z5 Premium, primeiro celular com tela 4K. A imagem apresentava diferença em saturação, nos tons claros e escuros, no brilho e contraste. Mas, na prática, não fazia muita diferença para o usuário. A resolução 4K é interessante em TVs, a percepção de diferença é mínima num display de 5,5 polegadas. Além disso, um painel superpotente tende a consumir mais bateria, o que exigiria dos usuários um número maior de cargas. Sem falar do alto custo para o usuário final – o smartphone chegou ao mercado brasileiro custando R$ 4.699.

Antennagate

O iPhone 4, lançado em 2010, apresentou problemas na antena: ao segurar o smartphone de determinada forma, a mão do usuário bloqueava o sinal da antena, fazendo com que o celular perdesse conexão e, em alguns casos, que as ligações caíssem. O episódio ficou conhecido como Antennagate.

Na época, Steve Jobs convocou a imprensa para esclarecer o assunto e tirar dúvidas. A Apple também chegou a liberar bumpers que impediam que a mão encostasse na antena, para sanar o problema de interferência do sinal. O problema, no entanto, só foi corrigido no sucessor iPhone 4S, que manteve a antena com o mesmo design, mas não apresentou as mesmas falhas.

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