Counter-Strike: Global Offensive é um jogo FPS muito popular entre jogadores casuais e pro players. Com um grande número de torneios e times em todo o mundo, o game da Valve é um dos que mais se destaca nos esports, disputando espaço com League of Legends, DotA 2 e Overwatch. Porém, o FPS já foi protagonista de polêmicas no cenário competitivo, que envolvem manipulação de resultados, abuso de bugs e utilização de cheats. Confira, a seguir, cinco polêmicas envolvendo torneios de CS:GO.

Manipulação de resultados e banimento eterno do iBuyPower

O time da iBuyPower era o favorito para vencer a final da CEVO Professional League em 2014 contra a NetcodeGuides.com, mas perdeu a competição por 16-4, o que levantou suspeitas de manipulação de resultados. O rumor foi confirmado meses depois, após investigação do jornalista britânico Richard Lewis, que trabalhava em um site de apostas de CS:GO. Lewis publicou um artigo com provas de que a maioria dos jogadores da iBuyPower havia apostado contra a própria equipe, perdendo de propósito.

Em resposta, a Valve baniu todos os jogadores envolvidos na polêmica. Dentre eles estava Braxton "swag" Pierce, jovem que se destacava pelo grande talento e ascensão rápida na época. Swag não pôde competir em torneios Minor e Major da Valve desde então, mas teve oportunidade de jogar por diversas equipes em outros campeonatos, incluindo a MIBR, na BLAST Pro Series Lisboa 2018. O player substituiu Fernando "fer" Alvarenga, que teria de realizar uma cirurgia. Após o campeonato, Gabriel "FalleN" Toledo, capitão da MIBR, apoiou a campanha "#freebrax" em seu Twitter, pedindo a liberação de Swag para atuar em todos torneios.

Boost na Overpass na DreamHack Winter 2014

Em um confronto válido pela DreamHack Winter 2014 entre a francesa LDLC e a sueca Fnatic, Olof "olofmeister" Kajbjer se aproveitou de um boost para enxergar do outro lado do mapa enquanto estava em sua base. O jogador aproveitou a altura alcançada para disparar tiros de um local inesperado pelos adversários. A jogada só foi possível graças a um bug que permitia que jogadores vissem oponentes através de texturas "invisíveis" e ficou apelidado de "olofboost".

O pro player sueco utilizou bastante a jogada durante a segunda metade da partida na Overpass e fez com que sua equipe ganhasse o mapa. Porém, após ser detectado o bug, a DreamHack pediu que a partida fosse repetida. A Fnatic alegou que a LDLC poderia ter usado da mesma falha e se recusou a jogar, perdendo o confronto e permitindo que LDLC avançasse no torneio. Posteriormente a Valve corrigiu o bug e alterou o mapa, fazendo com que os boosts não fossem mais efetivos.

BIG abusando de um bug de pulo no PGL Major Cracóvia 2017

A alemã BIG se aproveitou de um bug chamado "crouch jump" em todo o PGL Major Cracóvia 2017. O erro consistia em pular com o botão de agachamento pressionado e fazia com que o jogador pulasse sobre obstáculos para visualizar adversários sem ser visto. A falha ajudou os alemães em partida contra a FaZe Clan e também foi utilizada contra as equipes brasileiras Immortals e SK Gaming.

Immortals atrasada na final da DreamHack Montreal 2017

Finalistas na DreamHack Montreal 2017, os brasileiros da Immortals chegaram no torneio após uma ótima campanha no Major da DreamHack Winter. Porém, os jogadores se atrasaram para a grande final contra a dinamarquesa North, perdendo o primeiro mapa por W.O. A equipe brasileira chegou a jogar o segundo mapa, mas perdeu também, conquistando o vice-campeonato. Após o ocorrido, Noah Whinston, até então CEO da Immortals, desfez a line-up. Hoje, quatro jogadores da antiga equipe atuam juntos pela Luminosity Gaming.

... Jogador da OpTic India pego usando cheats

Nikhil "forsaken" Kumawat ficou famoso no cenário competitivo de CS:GO por conta de uma polêmica envolvendo trapaças. O ex-jogador da OpTic India foi flagrado usando cheats durante uma partida da Zowie eXTREMESLAND Asia 2018. Logo após o caso, a ESL confirmou que ele usava trapaças também em torneios oficiais da organização. Forsaken foi pego no anti-cheat e tentou apagar os arquivos durante a verificação, mas não teve sucesso. Após o caso, a OpTic desfez a equipe e também todos os outros times "secundários" de CS:GO, o que fez com que a equipe feminina da OpTic, composta de jogadoras brasileiras, fosse desmontada.

Via Liquipedia, Reddit



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