O Mavic Air 2 é o drone mais recente da DJI no Brasil. O modelo chega com captura de imagens em resoluções que vão até 8K, bateria suficiente para cerca de 34 minutos de voo e promessa de fácil usabilidade até mesmo para pilotos iniciantes. O produto, anunciado pela marca em abril, começou a ser vendido no país em junho, com preço sugerido de R$ 10.200 para a versão mais simples.

Sucessor direto do Mavic Air, o quadricóptero recebeu diversas melhorias, como a própria autonomia, um controle remoto mais ergonômico e funções que podem ser interessantes para uso profissional. Nós testamos o Mavic Air 2 e você confere o review completo a seguir.

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Fácil de pilotar

Com comandos simples e um aplicativo completo, o drone cumpre o prometido em relação à facilidade de voo para usuários com pouca experiência. Ao ligar o aparelho pela primeira vez, o app DJI Fly mostra desde tutoriais básicos, ajudando a escolher o lugar para voar e também como decolar a aeronave, até as funções mais complexas, como manobras de voo pré-existentes, entre outras.

Com o controle remoto ligado ao celular, pilotar o quadricóptero é ainda mais simples. O design lembra um controle de videogame, o que deixa a experiência bastante intuitiva. O piloto "pega o jeito" bem rápido, e consegue voar com facilidade em poucos minutos. Os comandos feitos pelo controle ou pelo app de celular tiveram resposta instantânea no drone.

A segurança também é um ponto importante do quadricóptero da DJI. Com sensores tanto na frente como atrás, assim como na parte de baixo do modelo, o sistema avisa quando o drone está muito perto de um objeto, assim como em situações em que o ambiente não é próprio para decolagem. Outra tecnologia utilizada pela marca é o APAS 3.0, que mapeia cenários de alta complexidade para um voo mais estável.

Design

Com 570 gramas, 140 g a mais que o seu antecessor, o Mavic Air 2 é compacto e fácil de transportar. Com hastes móveis que abrigam as hélices, transportar o drone de um lugar a outro é bastante simples. Apesar disso, vale ressaltar que, com dimensões 180 x 97 x 84 mm quando fechado, o modelo de lançamento é maior que o Mavic Air original.

Completamente cinza, o drone tem um design simples e foca na praticidade, o que também reflete no controle remoto. Parecido com um controle de videogame, o acessório "escondeu" as antenas, visíveis no modelo anterior, e o celular agora fica na parte de cima. Dessa forma, o piloto não precisa ficar olhando para baixo ao voar e pode acompanhar melhor a areonave.

Câmera

Definitivamente, a câmera do Mavic Air 2 é o principal diferencial do aparelho. Com possibilidade de chegar a 8K para Hyperlapse, além de gravar em 4K a 60 fps, o modelo sai na frente do seu antecessor, que chegava, no máximo, ao 4K a 30 fps. Já para fotos, o drone conta com 48 MP, um grande salto em relação à versão original da linha, que oferecia 12 MP. Com isso, as imagens ficam ricas em detalhes e, caso o usuário deseje aproximar para ver algum detalhe, por exemplo, a foto não fica pixelada.

O TechTudo realizou os testes de vídeo com resolução 4K, variando de 60 a 30 fps. Para utilizar a resolução máxima, no Hyperlapse, é importante ter em mãos uma memória que processe vídeos em 8K. O modelo traz armazenamento interno de 8 GB, e o usuário pode adicionar até 256 GB por meio de um slot para cartões SD.

Com isso, o usuário tem mais possibilidades e pode aproveitar ainda melhor os recursos do drone, como o Modo Panorâmico, por exemplo, que a marca afirma contar com as tecnologias mais avançadas da DJI. Ao finalizar a captura das imagens, o sistema dá uma imagem 360º que pode ser aproximada para ver melhor cada

... detalhe.

Outra função que mostra a potência da câmera do Mavic Air 2 é o Hyperlapse. Com diversas opções de uso, é possível escolher o alvo, a duração do vídeo desejado e configurar a trajetória do drone. Após os ajustes, o quadricóptero voa durante o tempo necessário, realizando as capturas. Para um vídeo de 5 segundos, por exemplo, foram necessários cerca de 5 minutos de captação.

Considerando a capacidade de 34 minutos de voo, é um tempo significativo, mas o resultado final faz valer a pena. Para contornar a questão da autonomia, uma dica é procurar pela versão Fly More, que traz um kit com bateria extra, mais hélices, entre outros acessórios.

Um modo simples de usar e com resultados divertidos é o Quick Shot. Com ele, é possível utilizar modos de imagem pré-configurados, em que basta apertar um botão para começar. O usuário também pode escolher a trajetória do drone, para uma experiência personalizada. Também é possível baixar os resultados com edições feitas de forma automática pelo app, com filtros e músicas.

Além dos modos citados, é possível utilizar o Focus Track, em que o piloto define um alvo dinâmico e o drone o "persegue" em movimento. O usuário também utiliza a tecnologia HDR para melhorar os níveis de brilho de contraste na captura. Dessa forma, é possível criar imagens com exposição balanceada e cores ainda mais equilibradas.

Desempenho no ar

A velocidade máxima de voo do quadricóptero se manteve em relação ao modelo anterior, com um máximo de 68 km/h. Já a distância de controle é de 10 km, algo interessante para caputrar a movimentação de determinadas áreas da cidade, por exemplo, ou até mesmo acompanhar objetos em movimento. Durante todos os testes, o TechTudo não teve problemas de transmissão das imagens em tempo real para o celular.

O quadricóptero conta com 3 modos de voo: o tripod, para imagens mais estabilizadas, mas com velocidade reduzida, o normal e o sport, em que é possível alcançar velocidades maiores, mas sem a mesma fluidez do gimbal. Esses dois últimos modos tiveram cerca de 10 m/s de diferença, e a opção mais rápida perdeu a angulação em que foi configurada, já que a câmera mexeu bastante.

Desempenho de bateria

Ultrapassando o seu antecessor em 13 minutos de autonomia, o Mavic Air 2 fica no ar por até 34 minutos. É possível acompanhar o tempo de voo na tela do celular, no canto direito. Quando chega a cerca de 10% da bateria, o drone emite alertas de segurança e força a volta do aparelho para o local de onde decolou.

Já a bateria do controle dura praticamente o dobro de tempo de voo, já que consome cerca de 2 dos 4 pontos acesos no acessório enquanto o drone está no ar. Além disso, não foi um problema conectar o celular para usar junto ao controle, já que o mesmo também funciona para carregá-lo.

Um ponto negativo é a demora na recarga da bateria do drone em si. Nos nossos testes, foi necessário pelo menos 1 hora e 40 minutos para chegar aos 100% do componente de 3500 mAh. Já o controle, que não descarregou completamente em nenhum momento, ficou cerca de 40 minutos na tomada para retomar 50% da carga.

Preço e custo-benefício

Chegando ao mercado com preço sugerido de R$ 10.020, o Mavic Air 2 pode ser uma opção salgada para quem está interessado em um aparelho para começar a voar. Comparado ao modelo anterior, que chegou ao mercado por R$ 4.199, é um valor bem alto. Vale ressaltar que o Mavic Air já não é mais encontrado nos canais oficiais da empresa, mas atualmente pode ser encontrado por cerca de R$ 4.499 em sites de revenda.

No entanto, o drone oferece tecnologias de ponta, como vídeos em até 8K, maior tempo de voo e modos de gravação profissionais. Por conta dos recursos e da alta qualidade da câmera, o lançamento da DJI certamente é voltado para um público profissional, apesar da proposta de voo simples e intuitiva. Portanto, o ideal na hora de escolher um novo modelo é entender quais funções seriam utilizadas e avaliar se vale a pena o investimento.

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