A empresa de biotecnologia americana Biogen anunciou um novo estudo de saúde em parceria com a Apple que irá investigar de que modo o Apple Watch e o iPhone podem ajudar no monitoramento de doenças neurológicas.
O estudo deve ser lançado ainda esse ano e usará dados dos dispositivos da Apple para identificar biomarcadores digitais. O objetivo é monitorar o desempenho cognitivo das pessoas ao longo do tempo para identificar os primeiros sinais de doenças como Alzheimer e demência.
De acordo com a Biogen, as doenças neurológicas afetam aproximadamente 15% a 20% dos adultos com mais de 64 anos. Como o início dos sintomas costuma ser sutil, como distração fácil e perda de memória, podem levar meses ou anos até que profissionais de saúde o identifiquem.
Com esse estudo, as empresas esperam que seja possível detectar os primeiros sinais de declínio cognitivo, permitindo que o tratamento adequado seja realizado mais cedo.
“Estamos ansiosos para aprender sobre o impacto que nossa tecnologia pode ter na entrega de melhores resultados de saúde por meio de uma detecção aprimorada da saúde cognitiva em declínio”, disse em nota Jeff Williams, diretor de operações da Apple.
O estudo virtual permitirá que pessoas de várias idades e níveis de desempenho cognitivo participem. O objetivo é determinar se os dispositivos da Apple podem ser usados para monitoramento de desempenho neurológico a longo prazo, pesquisa que deve levar alguns anos para ser concluída.
O trabalho será focado na privacidade, transparência e segurança de dados. Os participantes deverão preencher um formulário de consentimento detalhando todos os tipos de dados que serão coletados e como serão usados. Essas informações serão armazenadas e criptografadas, segundo garantem as empresas. Os usuários poderão desistir de participar do estudo a qualquer momento que quiserem.
O experimento deve acontecer por meio do aplicativo Apple Research, que atualmente contém pesquisas que envolvem batimentos cardíacos, movimentos do corpo, saúde feminina e níveis auditivos.
A empresa presidida por Tim Cook começou a fazer parcerias com instituições médicas em 2017, quando lançou o primeiro estudo de saúde em parceria com pesquisadores de Stanford. A pesquisa envolveu mais de 400 mil usuários do Apple Watch e levou ao desenvolvimento das notificações de ritmo cardíaco irregular.
O Apple Watch é conhecido por salvar vidas, já que conta com recursos como medidor de frequência cardíaca, monitores de respiração, lembretes para beber água ao longo do dia, oxímetro de pulso, eletrocardiograma e detector de quedas.
No mês passado, um jovem de 25 anos, portador de uma doença rara, foi alertado pelo wearable que estava com alta frequência cardíaca. E
O Apple Watch também salvou a vida de um policial que foi esfaqueado em uma ocorrência, além de um idoso de 92 anos que foi salvo pelo recurso de detecção de queda após cair de uma escada de aproximadamente seis metros.
Com informações de Apple Insider, iMore, MacRumores e 9to5Mac
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