A Mi Band 5 está no mercado faz algum tempo com a proposta de ser uma pulseira fitness que acompanha o usuário no dia a dia. Oficialmente batizado de Mi Smart Band 5, o acessório da Xiaomi merece total atenção do consumidor brasileiro, pois é uma excelente opção a um custo mais baixo – o preço oficial fica na casa de R$ 499. Eu tenho testado a sucessora da Mi Band 4 há alguns meses e te conto os principais destaques nesta análise que vai direto ao ponto.

Simples e fácil de usar

Os chineses da Xiaomi seguem apostando na simplicidade de uso, uma marca da linha Mi Band que se renova na quinta geração. A pulseira se integra tanto ao Android quanto ao iPhone por meio do Bluetooth. É preciso instalar o aplicativo oficial Mi Fit. Na sequência, basta fazer login com a conta Mi e aproveitar os recursos.

A tela inicial pode ser personalizada com faces disponíveis na central de downloads da própria Xiaomi. Há dezenas de opções, porém sempre com pouca possibilidade de modificações. Não é possível, por exemplo, mudar os elementos de cada face, como ocorreria no Apple Watch ou Galaxy Watch Active. E tá tudo bem: esta não é a proposta do produto.

Saúde em primeiro lugar

O destaque, sem sombra de dúvida, vai para a capacidade da Mi Band 5 de te acompanhar na academia e nas atividades físicas em ambiente externo. O acessório consegue detectar 11 modalidades, dentre elas: corrida, caminhada, treino livre (musculação), elíptico, remada e pulo de corda. Os suspeitos de sempre estão aqui.

Faltam controles mais granulares, como estabelecer o tempo previsto para um treino. Ainda assim, o mostrador informa de forma acessível sobre o seu desempenho. Todas as informações são depois sincronizadas de forma passiva com o Mi Fit – ou seja, precisa abrir o app para carregar os dados, o contrário da sincronização ativa dos smartwatches.

A Mi Band 5 se mostrou uma excelente companheira na hora de suar a camisa. É possível determinar objetivos como quantidade de passos ou peso (que você registra manualmente).

Há ainda um curioso mecanismo de pontos chamado PAI. A ideia é que a pessoa realize certas atividades para ganhar pontos que seriam um indicativo do desempenho corporal. No entanto, todo o sistema me pareceu bastante obscuro. Eu parei de usá-lo, assim como a função de acompanhamento de estresse. São recursos bem-intencionados, mas que na prática não mostram a que vieram.

Bons sonhos!

O monitor de frequência cardíaca fica evidenciado pelo laser verde que de vez em quando começa a piscar em contato com o pulso do usuário. É desta forma que a pulseira estima a queima calórica e faz o acompanhamento da saúde cardíaca. A dica aqui é deixar o monitoramento ativo 24 horas, pois assim a Mi Band te avisa sobre qualquer situação esquisita.

Já o monitor de sono automaticamente entra em funcionamento quando você vai para a cama. Na manhã seguinte, a Mi Smart Band 5 te dá o relatório completo, com pontuação para seu descanso e até o período em que esteve nas camadas mais leves ou profundas do processo de dormir.

Só falta um despertador inteligente que saiba a hora de te acordar de maneira suave, sem interromper o sono pesado. Talvez a função faça falta para algumas pessoas – eu sou viciado no Sleep Cycle, devo admitir.

Pouca integração com o celular

A Mi Band 5 funciona como um aparelho à parte que de vez em quando precisa do apoio do celular para baixar atualizações e sincronizar dados. Não é possível instalar apps de terceiros, por exemplo. O consumidor fica para sempre com as funções nativas.

A integração com o smartphone também é muito básica. Dá para receber notificações diretamente na tela de 1,1 polegada (aliás, ela poderia ter mais brilho, para

... consultas debaixo do sol forte), mas não tem como ditar uma resposta para mandar via WhatsApp.

Outro ponto que merece atenção é a tradução para o português. Meses depois do lançamento, a quinta geração ainda utiliza a vertente de Portugal em vez da brasileira. Alguns caracteres especiais comuns do nosso cotidiano (como o “ã”) chegam a aparecer “quebrados” no display.

Bateria para muitos dias

Esqueça da bateria da Mi Band 5. Você vai colocá-la para carregar por alguns minutos na base magnética (sem fio) e ficar uma semana, talvez dez dias sem lembrar que este aparelho requer nova recarga. Trata-se de um período excepcional que me lembrou do Kindle: você acaba por abandonar a preocupação de ligá-lo na tomada todo santo dia.

Por outro lado, a Xiaomi promete até 14 dias de autonomia. Para tanto seria necessário desativar recursos como os monitoramentos cardíaco e de sono. Honestamente? Melhor deixar tudo ativo e tirar o máximo proveito da tecnologia.

Resumo da ópera

Em resumo, a Mi Band 5 dá conta do básico e mais um pouco. Custa pouco e ainda oferece bateria de longa duração. Se você pensa em adquirir uma pulseira ou está na dúvida sobre qual smartwatch levar para a academia, ela é uma excelente opção. A compra é mais do que recomendada.

Não custa lembrar: a Mi Band 5 vendida no Brasil não tem tecnologia NFC, aquela que permite pagamento sem fio. Há no mercado uma penca de opções por valores bastante convidativos, mas nem todas são oficiais. Você corre o risco de ficar sem a garantia da gigante chinesa.



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