Nem todo game que agrada à crítica, satisfaz ao público. Devil May Cry, Street Fighter 5, Mass Effect 3 e The Last of Us 2 são exemplos de títulos que veículos especializados amaram, mas que alguns jogadores não gostaram. Enquanto reviews valorizam modificações profundas em séries famosas, boa parte do público acaba criticando essas rupturas em franquias tradicionais. Conheça, na lista abaixo, dez jogos que são adorados por críticos, mas odiados pelos fãs.

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1. DMC: Devil May Cry

DMC: Devil May Cry foi lançado em 2013 para PlayStation (PS3) e Xbox 360. Criado como uma revisão dos jogos da franquia, o game irritou profundamente alguns fãs já existentes da série da Capcom por inúmeras razões. A empresa, na época, modificou o personagem principal, simplificou os sistemas de combate e eliminou a capacidade de travar a câmera em inimigos específicos. Além disso, na avaliação de muitos jogadores, ele chegou ao mercado com uma história fraca.

Do outro lado da discussão, a crítica enxergou mérito na reinvenção de Devil May Cry: para muitos analistas, a jogabilidade mais acessível permitia maior diversão para iniciantes. A revisão sobre a fórmula explorada à exaustão nos games anteriores foi, também, bem-vinda, já que injetava oxigênio à uma série que era vista como “mais do mesmo”.

2. Mass Effect

A trilogia Mass Effect foi sempre apresentada pela BioWare como uma série de RPG em que escolhas e navegação pela história tinham influência direta no desfecho e nas relações dos personagens. Por isso, quando Mass Effect 3 chegou ao mercado com seu final genérico que pouco considerava as trilhas levadas pelos jogadores, o resultado foi muita irritação por parte dos fãs. Nos Estados Unidos, houve até mesmo uma ação coletiva perante autoridades, em que usuários alegavam que a desenvolvedora havia feito propaganda enganosa sobre a série.

Reviews profissionais do jogo não ignoraram os problemas com o fim de Mass Effect 3, mas deram menor relevância a esses problemas, encontrando até mesmo qualidades positivas na produção. Essa enorme dicotomia entre jogadores e fãs pode ser exemplificada pelo agregador Metacritic, já que, enquanto a crítica deu 93 pontos para o jogo, a comunidade de jogadores deu 5,7 (os números considerados foram o da versão para PS3).

3. Call of Duty Modern Warfare 3

Modern Warfare 3 chegou em novembro de 2011 para PS3, Xbox 360 e PCs com reviews extremamente positivos. A crítica especializava elogiava diversos aspectos, como as novidades no multiplayer, a história com momentos bombásticos e as novas armas e mapas. O jogo, seguindo a norma da série, teve lançamento recorde: foram vendidas cerca de 6,5 milhões de cópias em apenas 24 horas.

Apesar do sucesso em vendas, bastou o game chegar às mãos dos jogadores para que uma reclamação se tornasse constante: a de que o título era basicamente o anterior (Call of Duty Modern Warface 2) com novos mapas e armas. A impressão de “mais do mesmo” dominou a discussão sobre o game na internet, e a insatisfação ficou registrada nas pontuações do jogo em agregadores, como o Metacritic. Foram 88 pontos pela crítica especializada e apenas 3,3 dos jogadores (considerando a versão para PS3).

4. Call of Duty Infinite Warfare

Call of Duty Infinite Warfare não foi uma ideia que os fãs da série receberam de braços abertos logo de cara. Enquanto o trailer era criticado e atingia números históricos de "descurtidas" no YouTube, o seu rival Battlefield 1, com ação na Primeira Guerra Mundial, atingia recordes históricos de visualização.

A má vontade com o Call of Duty de ficção científica

... continuou em seu lançamento, com fãs criticando a ambientação do jogo muito distante dos demais. Já a crítica elogiou Infinite Warfare por seus gráficos, controles e jogabilidade, com destaque para a possibilidade de jogar de forma mais acrobática para vencer adversários. Além disso, os veículos especializados viram aspectos positivos de sobra na história.

5. Spore

Lançado em 2008 para computadores, Spore foi uma criação de Will Wright, designer por trás de grandes sucessos da Maxis. No game, o usuário ficava no controle de uma criatura monocelular em todos seus graus de evolução, do mundo bacteriano até o de viagem interestelar.

Spore foi um híbrido de simulador com estratégia que gerou muita expectativa. Sua chegada ao mercado, no entanto, decepcionou bastante. Sua gameplay foi acusada de ser entediante e sem dificuldade, enquanto seu sistema de DRM, que limitava três instalações por cópia, gerou muita irritação.

A crítica, no entanto, teceu elogios à criação do designer por ver Spore como um jogo ambicioso e que fugia do comum. Para ela, o título permitia ao jogador ser criativo, e possibilitava que cada um descobrisse seu caminho e sua estratégia para sair de micro-organismo a uma espécie capaz de colonizar o espaço. No agregador Metacritic, o jogo ficou com um respeitável 84 da crítica, e 54 do público.

6. Dragon Age 2

Dragon Age 2 chegou em março de 2011, apenas 18 meses depois de Dragon Age: Origins. Para muitos, essa proximidade de datas explica o porquê do RPG medieval da BioWare ter cenários reciclados do jogo anterior, além de um sistema de combate sem graça. Para muitos jogadores, a experiência de gameplay foi muito simplificada em relação ao título anterior.

Para a crítica, no entanto, o combate mais ágil e rápido rendeu elogios, assim como a apresentação gráfica do jogo (embora fossem mencionados os cenários reutilizados também). Outro ponto de elogio foram os personagens do jogo, especialmente aqueles que formam o bando do jogador. No Metacritic, Dragon Age 2 aparece com 82 da crítica, e nota de 43 no agregado entre o público.

7. Star Wars Battlefront 2

Star Wars Battlefront 2 pode facilmente encaixar como um dos jogos mais polêmicos e odiados da história recente. Lançado em 2017 para PS4, Xbox One e PC, o game apostava em micro-transações e em um sistema de loot boxes, com elementos de sorte e azar que impunham realidades distintas aos fãs. Para ter a experiência completa, era necessário ou ter muita sorte, ou gastar muito dinheiro por fora, ou então investir uma quantidade absurda de tempo para desbloquear tudo.

O curioso é que os reviews não perceberam as nuances desse sistema e simplesmente não analisaram profundamente o design do modo multiplayer. Embora existam análises mais críticas, o tom delas em geral elogia a qualidade dos gráficos, o som de alta qualidade e o modo singleplayer integralmente online.

8. The Last of Us 2

Exclusivo do PlayStation 4 lançado em 2020, The Last of Us 2 foi um dos jogos mais aguardados da geração. Diferentemente do primeiro título, a sequência acabou irritando uma parte do público por razões variadas, que partem desde questões no enredo à outras sobre a estrutura do game. Além disso, muitos fãs se frustraram com a desenvolvedora do game, Naughty Dog, pelas promessas de que um dos personagens principais não morreria.

Para a crítica, esses aspectos não passaram despercebidos, mas foram vistos mais como pontos positivos do que negativos, já que inovavam e confrontavam o jogador com escolhas e resultados de suas ações. Outro ponto valorizado pela mídia especializada foi a alta qualidade técnica do game, que também contou com foco na acessibilidade, feito basicamente inédito em grandes lançamentos.

9. Street Fighter 5

Jogo de luta da histórica franquia da Capcom, Street Fighter V foi lançado para PS4 e PCs em 2016. As críticas do público vieram logo após sua chegada ao mercado e se referiam basicamente ao mau acabamento recebido pelo título. Sem modo single-player e sem alguns personagens queridos, o game contava ainda com um sistema online instável e propenso a quedas. Fãs mais exigentes de jogos de luta identificaram uma gameplay mais lenta e distante da agilidade tradicional da série.

Para a crítica, no entanto, Street Fighter 5 chegou como uma sólida continuação da série depois de um hiato de oito anos. Os reviews valorizam a apresentação gráfica do jogo, a direção de arte nos cenários e o combate balanceado – questões que incomodaram os fãs, como a instabilidade do modo online, não aparecem de forma recorrente nas análises.

10. Halo 4

Halo 4 chegou em 2012 como o primeiro jogo da franquia desenvolvido pela 343 Industries. O título foi recebido com desconfiança, e suas críticas começaram a aparecer quando os jogadores fãs da série perceberam diferenças na jogabilidade. Para os usuários, a gameplay se assemelhava mais a games de tiro em primeira pessoa convencionais do que ao tradicional da série, em uma tentativa clara de atrair players de Call of Duty.

Para a crítica, por outro lado, Halo 4 mereceu elogios, já que apostou em uma história envolvente, entregando uma produção de alta qualidade. As análises, embora tenham percebido a gameplay mais simples, não enxergaram nas mudanças tantos problemas assim.

Com informações de GameRant e Chaos

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