Qualquer usuário que já tenha navegado pela Google Play Store ou App Store, lojas de aplicativos do iPhone (iOSAndroid, respectivamente, já se deparou com estes termos: free, lite, premium e freemium. Eles indicam o tipo de aplicativo que você está baixando e se você terá que pagar ou não por ele. Além disso, mostram de antemão se você precisará pagar obrigatoriamente ou de forma opcional.

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Entretanto, são poucos os usuários que realmente sabem a diferença entre os variados tipos de aplicativos e seus modelos de negócio. O diretor de criação da empresa Ø1 Digital, Roberto Icizuca, explicou ao TechTudo a diferença entre esses modelos de negócio entre apps.

O que é um app free?

Um aplicativo free é o mesmo que gratuito. Ou seja, você não precisa pagar nada para baixar e nem mesmo para usar o app. Alguns exemplos de apps free são os do Facebook, Instagram, WhatsApp e muitos dos apps produzidos e fornecidos pelo Google. Geralmente, eles têm uma função bem específica.

No entanto, uma parcela dos apps free, ou grátis, exibe janelas de propagandas, os famosos anúncios. Esse é o preço que você paga pelo app gratuito. O desenvolvedor do programa acaba conseguindo ganhar dinheiro por meio da veiculação de anúncios dentro do programa.

O Instagram é um exemplo de aplicativo Free (Foto: Luana Marfim/TechTudo)

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Eles podem aparecer tanto em forma de banner, que fica localizado em alguma parte da tela, ou em vídeo, entre uma fase e outra de um jogo, por exemplo. Alguns vídeos publicitários são bem curtos, já outros são mais demorados e mostram um botão para pular depois de alguns segundos.

Portanto, um app free é aquele que não cobra por seu download e nem sua utilização, mas que, comumente, pode apresentar anúncios.

O que é um app lite?

Um aplicativo lite pode ser encarado de duas maneiras: uma demonstração da versão completa ou uma versão mais leve de um aplicativo maior. Vamos exemplificar.

Imagine que um desenvolvedor possua um programa bem útil e completo mas que é pago. Entretanto, ele deseja que o seu potencial comprador conheça algumas funções de seu app antes de realmente pagar pelo produto.

Assim, ele lança uma versão lite de seu programa, que é gratuita mas que não vem com todas as funções desbloqueadas. Imagine um editor de imagem, por exemplo. A versão lite possui algumas ferramentas, como as mais simples, desbloqueadas. Porém, caso você queira usar ferramentas mais avançadas, terá de pagar por elas.

O Facebook possui uma versão Lite feita para celulares mais fracos (Foto: Divulgação/Facebook)

O outro caso é de um app ser muito pesado e não rodar bem em celulares antigos ou com hardware defasado. Um bom exemplo é o Facebook, que possui uma versão chamada de Facebook Lite feita exclusivamente para celulares com pouco poder computacional. Essa versão da rede social tem recursos limitados, não consome tanta memoria e é bem mais simples.

Desta maneira, um app lite pode ser tanto uma demonstração de uma versão mais completa do programa, como uma versão mais “Light”, mais leve de um aplicativo maior e mais completo.

O que é um app premium?

Um aplicativo premium é aquele que cobra para ser baixado. Assim, você só consegue fazer o download daquele app para seu celular mediante o pagamento único. Esse modelo de negócio funciona bem para praticamente qualquer tipo de app ou jogo.

Pixelmator para iPad é um bom exemplo de app Premium (Foto: Divulgação/Pixelmator)

Os aplicativos que mais costumam cobrar pelo download são aqueles recheados de funções ou alguns bem específicos, que atendem a um nicho pequeno

... de usuários. Um outro bom exemplo são apps infantis. A desenvolvedora prefere cobrar uma única vez por ele, ao invés de colocar anúncios ou compras dentro do app.

Portanto, os apps Premium são aqueles em que você paga apenas uma vez, na hora de baixá-lo para o seu celular.

O que é um app freemium?

Freemium é a mistura das palavras “free” e “premium”. Na prática, é a junção dos modelos de negócio free e premium, conforme vimos nos tópicos anteriores. Aplicativos que são baseados no modelo de negócios freemium são verdadeiras lojas online em forma de app.

O usuário não paga nada para baixar, mas caso queira usar alguns recursos ele precisa pagar por eles. Da mesma forma, é perfeitamente possível usar o app durante todo o tempo sem pagar nada a mais por ele. Bons exemplos de apps freemium são alguns jogos.

Plants vs. Zombies usa o modelo de negócio Freemium (Foto: Divulgação)

Um deles é o Plants vs. Zombies, da EA. O download dele é grátis, tanto na loja de apps da Apple como do Google. Porém, se você quiser usar determinados itens, como plantas mais fortes ou novos poderes, terá que comprá-los. Outros jogos só liberam fases extras se o usuário pagar por elas.

Este é um modelo de negócio mais rentável e que pode render por mais tempo. Além disso, é um claro contraste com os apps Premium, que têm potencial de lucro limitado, já que o usuário só paga uma vez.

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