Os novos Moto Z e Moto Z Force foram apresentados recentemente pela Lenovo, dona da Motorola, durante o Lenovo TechWorld 2016. Com design todo renovado, os substitutos do Moto X apostam em elementos como tela “inquebrável”, ficha técnica poderosa e capinhas “inteligentes” para conquistar o consumidor. O preço dos celulares ainda não foi divulgado.
Testamos o Moto Z, celular da Lenovo com capinhas 'inteligentes'
Será que os smartphones top de linha da empresa têm as especificações certas para você? Veja nossa lista com alguns prós e contras em comprar um celular da linha Z.
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Motivos para amar
- Moto Snaps (MotoMods)
Assim como a LG, a Lenovo lançou os seus smartphones com design modular. Trata-se dos Moto Snaps (ou MotoMods, nos Estados Unidos), uma espécie de capinha traseira que pode ser encaixada ao telefone para adicionar novas funções. Para usá-las, é bem simples: basta encaixar o acessório no conector de 16 pinos traseiros do aparelho, sem nem precisar desligá-lo.
A Lenovo apresentou, ao todo, 14 novas capinhas que poderão ser compradas já no lançamento, com destaque para três. A primeira é a Insta-Share Projector, que vem com um projetor embutido que deve ser muito útil para fazer apresentações com o seu celular. Há ainda a JBL Sound Boost, que trazem alto falantes potentes, e a Incipio OffGRID, que vem com uma bateria interna para prolongar a duração do aparelho.
- Espessura
Os Moto X tinham uma espessura bem maior que os seus concorrentes top de linha, mas os novos aparelhos chegaram para mudar isso. O Moto Z ganhou um design metálico super fino, com apenas 5,2 milímetros de espessura, menos do que o iPhone 6S, com 7,1 mm. Em comparação ao Moto X Style, a medida além da metade.
O Moto Z Force também teve uma bela redução, embora a diferença para o modelo antigo seja bem menor: de 9,2 mm para 7 mm. Ainda assim, o telefone consegue ser mais fino do que o iPhone 6S, LG G5 SE (7,3 mm) e o Galaxy S7 (7,9 mm).
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- Ficha técnica poderosa
Os primeiros celulares da linha Z contam com um hardware de ponta para jogos e aplicativos. Ambos possuem processador quad-core Snapdragon 820 com dois núcleos de 2,15 GHz e dois de 1,6 GHz, memória RAM de 4 GB e armazenamento interno de 32 GB ou 64 GB, com entrada para cartão de 256 GB. Fora isso, há também conexão 4G, Wi-Fi, Bluetooth e NFC, além de leitor de impressões digitais.
Apesar de ambos terem tela de 5,5 polegadas com resolução QHD (2560 x 1440 pixels), o Moto Z Force conta com uma proteção especial anti-quebra. Além disso, o modelo mais avançado tem câmera traseira de 21 MP com foco misto (a laser e comum), estabilização óptica (OIS) e gravação em 4K (2160p), além de sensor frontal de 5 MP com flash. A bateria do Z Force é de 3.500 mAh.
Já o Moto Z mais simples chega com vidro Gorilla Glass 4, menos resistente, e tem a câmera traseira reduzida para 13 MP com “somente” foco a laser, estabilização óptica OIS e gravação em 4K. O sensor frontal é o mesmo de 5 MP com flash, incluindo vídeos em Full HD (1080p). Já a bateria é de 2.600 mAh.
- Moto Z Force: tela super resistente
Assim como seu antecessor, o Moto X Force, o Z Force chega com uma tela de alta durabilidade batizada de Shattershield. Trata-se de um display formado por cinco camadas de materiais resistentes e com capacidade de absorver o choque dos impactos em uma queda. Com isso, a expectativa é que o novo smartphone da Lenovo, não quebre em quedas comuns do dia a dia.
- Bateria com carregamento rápido
No evento de quinta-feira (9), a Lenovo deu grande destaque ao carregamento rápido dos telefones. O Moto Z Force chega acompanhado do carregador Turbo mais avançado já lançado, podendo ter 50% da gigante bateria de 3.500 mAh carregada em menos de 20 minutos. Segundo a empresa, é possível ter 15 horas de uso em 15 minutos de recarga. Uma promessa e tanto, embora só seja possível comprovar isso com testes.
O celular mais simples também conta com um sistema de carregamento rápido. Nas ficha técnica do smartphone, é possível encontrar uma promessa de até oito horas de uso em apenas 15 minutos de recarga, o que não deixa de ser uma bela surpresa em relação a telefones convencionais.
Motivos para odiar os novos aparelhos
- Não é compatível com acessórios antigos
Se você está pensando em comprar os novos Moto Z, é melhor pensar em renovar o seu conjunto de acessórios também. Para começar, a Lenovo abandonou a entrada de fones de ouvido de 3,5 mm (P2), algo que também é especulado para o iPhone 7. Com isso, fones que não sejam Bluetooth ou com entrada USB-C não poderão ser usados no aparelho sem adaptador.
Para minimizar o problema com os fones, a Lenovo vai incluir um adaptador de 3,5 mm para USB-C na caixa dos telefones. No entanto, isso traz à tona uma outra questão: não será possível ouvir música e carregar o telefone ao mesmo tempo, caso esse adaptador não tenha uma entrada USB-C, ou sem o uso de capinhas Moto Snaps.
A adoção do USB-C agrava ainda mais o problema com acessórios. Embora esteja se popularizando muito com a adoção de outras fabricantes, como LG e Microsoft, o padrão é bem menos usado do que o microUSB e cabos antigos também não funcionarão sem adaptador. Em compensação, a nova tecnologia é bem mais rápida e fácil de usar que a atual, uma vez que não há lado específico para o encaixe.
- Moto Z: bateria bem mais curta
Um dos problemas na grande redução da espessura do Moto Z é que ele tem uma bateria consideravelmente mais curta. Enquanto a Motorola promete que o Z Force chega a durar 40 horas com os seus 3.500 mAh, a promessa para os 2.600 mAh do telefone mais simples é de um dia. No entanto, é importante destacar que as estimativas são feitas com base em testes da empresa e que a duração, dependendo dos hábitos do usuário, pode ser bem menor.
O Moto Z tem ainda bateria com capacidade inferior ao antecessor Moto X Style (3.000 mAh) e outros concorrentes. O LG G5 SE, por exemplo, tem 2.800 mAh, enquanto o Galaxy S7 traz 3.000 mAh e o Galaxy S7 Edge tem 3.600 mAh.
- Design da câmera
Lembra dos 5,2 milímetros do Moto Z? Eles não contam a protuberância da câmera traseira do celular. Embora a empresa não tenha divulgado as medidas com o sensor, o relevo na parte traseira do smartphone é bastante notável e deve chegar a uns 2 milímetros. O mesmo ocorre com o Moto Z Force.
Apesar disso não ser incomum em aparelhos muito finos, como o iPhone 6S e o LG G5 SE, a câmera traseira saltada costuma ser um incômodo para alguns usuários. As críticas ao Galaxy S6 fizeram a Samsung diminuir o volume ocupado pela câmera no S7 e S7 Edge, por exemplo. Para quem está pensando em usar o Moto Z com os Moto Snaps, por outro lado, a diferença promete ser compensada graças ao encaixe das capinhas.
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