O Oculus Rift e o HTC Vive são dois aparelhos de realidade virtual que custam caro, mas prometem qualidade e imersão. Atualmente, são os dispositivos mais avançados, mesmo considerando o Gear VR, da Samsung, e o PlayStation VR, que deve chegar em outubro de 2016 no mercado.
Óculos de realidade virtual: tudo que você precisa saber antes de comprar
Para descobrir qual o melhor óculos de realidade virtual para investir, confira o comparativo a seguir e veja quem ganha nos quesitos design, desempenho, acessórios, compatibilidade e preço. Além disso, descubra onde o Oculus Rift e o HTC Vive estão à venda para saber se vale a pena comprar.
Design: Oculus Rift
A análise do design, considerando apenas a aparência dos dispositivos, é injusta e subjetiva: alguns consideram o Vive mais bonito que o Rift, e outros acham o Rift mais agradável de se olhar do que o concorrente da HTC. Por conta disso, ao falar de design, nosso comparativo considera elementos mais sensíveis e objetivos, como conforto ao usar, peso e elementos correlatos.
Nesse ponto o Rift sai na frente: para começar, o óculos é mais leve, pesando 470 gramas contra 555 do Vive. E isso somando o peso dos fones de ouvido opcionais do Oculus. Menor peso é um fator importante de conforto, já que tende a causar menos cansaço no pescoço e na cabeça em uso prolongado. Em decorrência do peso inferior, o Rift é também menor, algo que torna a acomodação do dispositivo mais simples do que o Vive.
Outro aspecto positivo do design do Oculus Rift é o fato de que há headphones embutidos no headset, que se ajustam bem ao conjunto. No caso do Vive, os fones oficiais são independentes, adicionando mais peso e necessidade de acomodação para que trabalhem de forma confortável na cabeça do usuário.
Desempenho e especificações: HTC Vive
Antes de avaliar o desempenho dos dois headsets é importante lembrar que esse ponto é diretamente impactado pelo poder do PC em que qualquer um dos dois é ligado. No entanto, isso não significa que não existam diferenças de performance entre um e outro.
Apesar de extremamente semelhantes em especificações (ambos têm a mesma resolução, ângulo de visão e tecnologia de tela), os dois dispositivos têm métodos de detecção do movimento do usuário bem diferentes.
O HTC Vive usa um conjunto de sensores (por isso os buracos na parte frontal: cada um deles é um sensor) e uma câmera para identificar o movimento da cabeça do jogador. Já o Rift usa um sensor único, instalado na mesa do PC.
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No fim das contas, isso dá uma vantagem ao Vive: o equipamento da HTC permite que o usuário esteja imerso em um ambiente 3D que pode ter o tamanho de uma sala, enquanto que o Rift limita a experiência ao alcance do sensor de mesa, limitando a imersão a movimentos de cabeça, ou de sentar e levantar da cadeira.
Além disso, um triunfo da HTC são os controles específicos para a realidade virtual, disponíveis para o seu produto. O Oculus Rift passará a oferecer controles exclusivos apenas no final de 2016.
Acessórios: HTC Vive
A existência de controles já disponíveis torna o HTC Vive um produto mais completo, já que os acessórios são desenvolvidos para operar junto com o headset e aumentam a imersão em realidade virtual. Até que o Oculus Rift lance oficialmente seus controles, essa vantagem vai persistir para o modelo concorrente.
Entretanto, como ressalva, fica o fato de que o Rift conta com fones de ouvido oficiais embutidos na estrutura do headset, cujo uso é opcional por parte do usuário. O Vive tem uma solução mais tradicional, com fones que são independentes da estrutura do óculos em si.
Compatibilidade: Oculus Rift
Tanto o Rift, com a Oculus Store, como o Vive, com a SteamVR, possuem lojas de aplicativos e jogos VR exclusivos. No entanto, o Oculus tem uma vantagem nesse quesito: ao contrário do HTC, o headset de realidade virtual do Facebook pode acessar tanto conteúdo da Oculus Store como da Steam. O HTC Vive está restrito apenas ao catálogo da SteamVR.
Disponibilidade: Empate
Em termos de Brasil, a disponibilidade de ambos é um assunto complexo. A princípio, nenhum dos dois é vendido em caráter oficial no Brasil. Contudo, existem vendedores independentes em comunidades e sites de vendas na Internet que oferecem os aparelhos.
No caso do Oculus Rift, a situação é um pouco pior, já que os poucos vendedores com acesso ao produto colocam à disposição a versão protótipo do dispositivo, consideravelmente defasada em relação ao modelo atual. Como são bem difíceis de achar por aqui, esse critério acaba em empate.
Preço: Oculus Rift
Ambos são caros, mas o Oculus Rift é sensivelmente mais barato que o HTC Vive. Como nenhum dos dois é vendido oficialmente no Brasil, a comparação precisa considerar os preços praticados no mercado internacional.
Antes de medir os valores, considere que uma eventual importação por conta de qualquer um dos dois encareceria os produtos em virtude de taxas de importação e fretes. O Oculus Rift é vendido nos Estados Unidos por US$ 600 (R$ 1.963, em conversão direta). O Vive, por outro lado, custa US$ 200 a mais, ou US$ 800 (R$ 2.615).
Preço mais baixo é importante, ainda que isso não signifique, em nenhuma medida, que o Rift seja um gadget barato: além do preço elevado do óculos em si, o consumidor precisa levar em conta as despesas envolvidas em ter um PC top de linha para a realidade virtual.
Conclusão: Oculus Rift
O comparativo é bem equilibrado porque, no fim das contas, ambos os headsets têm performance bem semelhante e alguns aspectos são definidos por vantagens que podem ser momentâneas. O Rift vai ganhar controles no fim do ano e a loja do Vive pode melhorar com o tempo, por exemplo.
Entretanto, há dois fatores importantes em favor do Rift. Mais leve, o modelo da Oculus é mais confortável e fácil de guardar. Além disso, trata-se de um produto de desempenho muito similar ao concorrente, mas de preço consideravelmente inferior. Em si, a soma desses dois pontos com o fato de que a oferta de conteúdo é melhor para o Rift no momento fazem do Oculus o vencedor.
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