Atualmente, remasters são bastante populares no PS4, Xbox One e Nintendo Wii U , dando oportunidade dos novos jogadores conhecerem games de gerações passadas. No entanto, a popularização do termo têm confundido usuários a respeito de outras formas de relançamento como remakes e retrocompatibilidade. Veja a diferença entre cada um deles.

Resident Evil HD Remaster: confira dicas para mandar bem no jogo

O que é um Remaster?

A principal característica de um remaster, ou remasterização, é que ele traz o relançamento de um jogo levemente melhorado para alta definição. Normalmente são títulos da geração passada, mas podem ser um pouco mais antigos. A estrutura do game em si não é alterada, nada é refeito, apenas sua resolução é adaptada para televisões mais novas.

Uncharted: The Nathan Drake Collection remasterizou a série do PS3 para PlayStation 4 (Foto: Reprodução/Rafael Monteiro)

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Os remasters surgiram ainda no PS3 e Xbox 360, os primeiros consoles compatíveis com televisões de alta definição a 720p e 1080p. Antes deles, videogames como o PlayStation 2, GameCube, Xbox (original) e Nintendo Wii eram projetados para exibir seus gráficos em televisões de tubo, com resolução de 480i. Nas televisões mais modernas o visual dos jogos ficava feio e gerou demanda pelos remasters.

Por serem jogos mais antigos, remasters costumam reunir vários capítulos de uma franquia em formato de coletânea para agregar valor. Também é comum que todos os DLCs que originalmente foram vendidos separadamente sejam disponibilizados gratuitamente nas remasterizações.

Muitos remasters apenas adaptam a resolução do game, mas algumas empresas fazem um esforço extra, como no caso da Nintendo com The Legend of Zelda: The Wind Waker HD. Além dos gráficos melhorados, o game teve mudanças em seu design com a introdução de um novo item que deixava as viagens de barco mais rápidas e um trecho de caça à "Triforce" que foi simplificado, duas reclamações dos fãs sobre o jogo original.

Assassin’s Creed: The Ezio Collection é um exemplo de remaster no qual os gráficos ficaram piores (Foto: Reprodução/Rafael Monteiro)

Ocasionalmente, as remasterizações ficam piores que os originais. Algumas vezes efeitos utilizados no PlayStation 3 e Xbox 360 não são bem convertidos para o PS4 e Xbox One. Recentemente isso aconteceu com Assassin’s Creed: The Ezio Collection.

Uncharted: The Nathan Drake Collection, Batman: Return to Arkham, Assassin’s Creed: The Ezio Collection, Tomb Raider: Definitive Edition e The Legend of Zelda: The Wind Waker HD são exemplos de remasterizações.

O que é um

... Remake?

A palavra que em inglês significa “refazer” é a característica determinante de um remake. Diferentemente do remaster, que pega o jogo original e o adapta para que seus gráficos fiquem melhores, no remake o jogo inteiro é refeito. Isso dá a chance para os produtores atualizarem não só os gráficos, mas também jogabilidade e até mudarem um pouco o game, uma reimaginação.

Call of Duty: Modern Warfare Remastered é na verdade um remake de Call of Duty 4 apesar de se intitular remaster (Foto: Divulgação/Rafael Monteiro)

A popularização do termo “remaster” fez com que muitos jogadores confundissem os dois. Até mesmo as produtoras às vezes utilizam a classificação incorretamente. Um exemplo disso são os games Call of Duty: Modern Warfare Remastered e DuckTales Remastered que não são remasters, mas remakes.

Normalmente os remakes não se limitam a refazer os gráficos do jogo, mas há casos desse tipo, como The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D e Super Mario All-Stars. Porém, o mais comum é ter mudanças mais profundas, como Metal Gear Solid: The Twin Snakes que adiciona a jogabilidade de Metal Gear Solid 2 ao game original e cenas extras.

Um exemplo de remake excepcional foi Resident Evil para o GameCube, lançado em 2002. Além de refazer o game original, foram adicionadas várias novidades como os zumbis Crimson Head, um modo em que os inimigos são invisíveis e salas que trocaram de lugar para surpreender até os veteranos do jogo original.

O remake de Resident Evil para o GameCube em 2002 reimaginou o game original e trouxe gráficos impressionantes (Foto: Reprodução/Rafael Monteiro)

Em 2015, esse mesmo remake de Resident Evil teve um remaster para o PlayStation 3, PlayStation 4, Xbox 360, Xbox e PC, exatamente a mesma versão do GameCube adaptada para alta definição. Isso ilustra bem a diferença entre os dois termos.

Do PlayStation One para o GameCube, houve um remake no qual tudo foi refeito, mas do GameCube para os consoles atuais, apenas a resolução foi aumentada.

Super Mario All-Stars, Resident Evil (2002), The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D, Metal Gear Solid: The Twin Snakes, DuckTales: Remastered, Call of Dut: Modern Warfare Remastered, Castle of Illusion (2013) e Ratchet & Clank (2016) são exemplos de remakes.

O que é Retrocompatibilidade?

Por último temos a retrocompatibilidade, que é a capacidade de novos consoles rodarem jogos de gerações anteriores. Muitos se lembram de exemplos como o PlayStation 2 que permitia utilizar jogos do PlayStation One, o GameBoy Advance que era compatível com os títulos do GameBoy Color e assim por diante.

A série Super Mario Galaxy e vários outros games do Wii são jogáveis no Wii U graças à retrocompatibilidade (Foto:Reprodução/Rafael Monteiro)

Jogos retrocompatíveis são diferentes de remasters pois não são otimizados para aproveitar o poder extra dos novos videogames. Devido a isso seus gráficos não são melhorados, tratam-se exatamente dos mesmos jogos. O único videogame da atual geração realmente retrocompatível é o Wii U, que ativa um modo “Wii” ao rodar games do antigo console como eles eram na época.

Mas e quanto ao Xbox One? A retrocompatibilidade do console da Microsoft tem sido um grande ponto de venda da empresa, e, para o usuário, o console realmente parece rodar os jogos do Xbox 360. No entanto, existe uma técnica que faz com que os jogos “retrocompatíveis” dele na verdade estejam mais próximos de remasters.

Call of Duty: World at War do Xbox 360 mantém uma taxa de quadros maior em sua versão "retrocompatível" do Xbox One (Foto: Reprodução/Rafael Monteiro)

O Xbox One não é capaz de rodar os títulos do Xbox 360 diretamente, ele apenas reconhece os discos. Uma vez reconhecido, o game deve ser baixado na Xbox Live com uma versão adaptada para o Xbox One pela Microsoft. Assim como os remasters, essas versões às vezes apresentam melhorias, como uma taxa de quadros (FPS) mais estável.

PlayStation One -> PlayStation 2, GameBoy -> GameBoy Advance, Nintendo DS -> Nintendo 3DS, Nintendo Wii -> Nintendo Wii U e Xbox 360 -> Xbox One são exemplos de retrocompatibilidade. 

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