Atualmente, remasters são bastante populares no PS4, Xbox One e Nintendo Wii U , dando oportunidade dos novos jogadores conhecerem games de gerações passadas. No entanto, a popularização do termo têm confundido usuários a respeito de outras formas de relançamento como remakes e retrocompatibilidade. Veja a diferença entre cada um deles.
Resident Evil HD Remaster: confira dicas para mandar bem no jogo
O que é um Remaster?
A principal característica de um remaster, ou remasterização, é que ele traz o relançamento de um jogo levemente melhorado para alta definição. Normalmente são títulos da geração passada, mas podem ser um pouco mais antigos. A estrutura do game em si não é alterada, nada é refeito, apenas sua resolução é adaptada para televisões mais novas.
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Os remasters surgiram ainda no PS3 e Xbox 360, os primeiros consoles compatíveis com televisões de alta definição a 720p e 1080p. Antes deles, videogames como o PlayStation 2, GameCube, Xbox (original) e Nintendo Wii eram projetados para exibir seus gráficos em televisões de tubo, com resolução de 480i. Nas televisões mais modernas o visual dos jogos ficava feio e gerou demanda pelos remasters.
Por serem jogos mais antigos, remasters costumam reunir vários capítulos de uma franquia em formato de coletânea para agregar valor. Também é comum que todos os DLCs que originalmente foram vendidos separadamente sejam disponibilizados gratuitamente nas remasterizações.
Muitos remasters apenas adaptam a resolução do game, mas algumas empresas fazem um esforço extra, como no caso da Nintendo com The Legend of Zelda: The Wind Waker HD. Além dos gráficos melhorados, o game teve mudanças em seu design com a introdução de um novo item que deixava as viagens de barco mais rápidas e um trecho de caça à "Triforce" que foi simplificado, duas reclamações dos fãs sobre o jogo original.
Ocasionalmente, as remasterizações ficam piores que os originais. Algumas vezes efeitos utilizados no PlayStation 3 e Xbox 360 não são bem convertidos para o PS4 e Xbox One. Recentemente isso aconteceu com Assassin’s Creed: The Ezio Collection.
Uncharted: The Nathan Drake Collection, Batman: Return to Arkham, Assassin’s Creed: The Ezio Collection, Tomb Raider: Definitive Edition e The Legend of Zelda: The Wind Waker HD são exemplos de remasterizações.
O que é um
A palavra que em inglês significa “refazer” é a característica determinante de um remake. Diferentemente do remaster, que pega o jogo original e o adapta para que seus gráficos fiquem melhores, no remake o jogo inteiro é refeito. Isso dá a chance para os produtores atualizarem não só os gráficos, mas também jogabilidade e até mudarem um pouco o game, uma reimaginação.
A popularização do termo “remaster” fez com que muitos jogadores confundissem os dois. Até mesmo as produtoras às vezes utilizam a classificação incorretamente. Um exemplo disso são os games Call of Duty: Modern Warfare Remastered e DuckTales Remastered que não são remasters, mas remakes.
Normalmente os remakes não se limitam a refazer os gráficos do jogo, mas há casos desse tipo, como The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D e Super Mario All-Stars. Porém, o mais comum é ter mudanças mais profundas, como Metal Gear Solid: The Twin Snakes que adiciona a jogabilidade de Metal Gear Solid 2 ao game original e cenas extras.
Um exemplo de remake excepcional foi Resident Evil para o GameCube, lançado em 2002. Além de refazer o game original, foram adicionadas várias novidades como os zumbis Crimson Head, um modo em que os inimigos são invisíveis e salas que trocaram de lugar para surpreender até os veteranos do jogo original.
Em 2015, esse mesmo remake de Resident Evil teve um remaster para o PlayStation 3, PlayStation 4, Xbox 360, Xbox e PC, exatamente a mesma versão do GameCube adaptada para alta definição. Isso ilustra bem a diferença entre os dois termos.
Do PlayStation One para o GameCube, houve um remake no qual tudo foi refeito, mas do GameCube para os consoles atuais, apenas a resolução foi aumentada.
Super Mario All-Stars, Resident Evil (2002), The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D, Metal Gear Solid: The Twin Snakes, DuckTales: Remastered, Call of Dut: Modern Warfare Remastered, Castle of Illusion (2013) e Ratchet & Clank (2016) são exemplos de remakes.
O que é Retrocompatibilidade?
Por último temos a retrocompatibilidade, que é a capacidade de novos consoles rodarem jogos de gerações anteriores. Muitos se lembram de exemplos como o PlayStation 2 que permitia utilizar jogos do PlayStation One, o GameBoy Advance que era compatível com os títulos do GameBoy Color e assim por diante.
Jogos retrocompatíveis são diferentes de remasters pois não são otimizados para aproveitar o poder extra dos novos videogames. Devido a isso seus gráficos não são melhorados, tratam-se exatamente dos mesmos jogos. O único videogame da atual geração realmente retrocompatível é o Wii U, que ativa um modo “Wii” ao rodar games do antigo console como eles eram na época.
Mas e quanto ao Xbox One? A retrocompatibilidade do console da Microsoft tem sido um grande ponto de venda da empresa, e, para o usuário, o console realmente parece rodar os jogos do Xbox 360. No entanto, existe uma técnica que faz com que os jogos “retrocompatíveis” dele na verdade estejam mais próximos de remasters.
O Xbox One não é capaz de rodar os títulos do Xbox 360 diretamente, ele apenas reconhece os discos. Uma vez reconhecido, o game deve ser baixado na Xbox Live com uma versão adaptada para o Xbox One pela Microsoft. Assim como os remasters, essas versões às vezes apresentam melhorias, como uma taxa de quadros (FPS) mais estável.
PlayStation One -> PlayStation 2, GameBoy -> GameBoy Advance, Nintendo DS -> Nintendo 3DS, Nintendo Wii -> Nintendo Wii U e Xbox 360 -> Xbox One são exemplos de retrocompatibilidade.
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